10 Noite de jogo

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Quando paramos no estacionamento da escola, presumi que Harry fosse me deixar lá e voltar mais tarde para o jogo. O time júnior não atraía muitos espectadores além dos pais e da equipe do colégio. Mas ele fechou o carro e saiu:

– Você vai ficar? – perguntei, pegando minha mochila no carro.

– Tudo bem?

– Claro – respondi. – Não há muitas pessoas por aqui, mas você que decide.

– Posso me sentar com você e Niall?

– Geralmente nos sentamos com o time, mas não vejo por que não poderia. Tenho que avisar: ouço música para bloquear todos e continuar focado. Não vou conversar com você.

– Tá bom. Vou procurar algo legal para você ouvir. – Ele pegou o iPod de minhas mãos e começou a olhar a seleção de músicas.

– Hey, Niall – chamei quando me aproximei da primeira fileira da arquibancada. Ele não notou nossa aproximação, já que prestava atenção no jogo e conversava com um dos garotos.

– Oi – ele exclamou animado quando me viu. – Como foi... – Então ela notou Harry e sua pergunta transformou-se em um sorriso que se demorou um pouco demais. Sabia que tinha milhares de perguntas sobre a tarde, então estava aliviado por Harry estar comigo, permitindo que eu evitasse o interrogatório até a volta para casa. – Oi, Harry – ele cumprimentou calorosamente.

Harry sentou-se ao lado de Niall para poderem conversar e eu me perdi em pensamentos enquanto ouvia minhas músicas – bem, de Harry. Ele selecionou uma banda que eu conhecia, o que permitiu que me perdesse na energia das batidas enquanto observava silenciosamente o jogo no campo. Não olhei para Harry e Niall e mantive o volume alto, assim não os ouvia.

As arquibancadas começaram a encher com o restante do time quando a primeira metade do jogo terminou. Cumprimentaram-me com um aceno, e acenei de volta. Meus colegas de equipe estavam acostumados com meu ritual e não me incomodavam, tentando interagir.

De pouco em pouco tempo, Harry enfiava a mão no bolso da minha jaqueta e tirava o iPod para achar outra seleção de música. Quando a sua mão entrou pela primeira vez em meu bolso, meu coração parou; na verdade, minha respiração também. Assim que percebi o que ele fazia, continuei a ignorá-lo e olhar o jogo.

O time júnior estava com dificuldade em mover a bola devido ao campo molhado e aos buracos criados pelo jogo. A grama voava, chuteiras ficavam presas no campo e os corpos escorregavam na lama. A chuva parou no final do primeiro tempo, mas o dano já estava feito.

Quando o jogo dos júniores terminou com os meninos do Weslyn perdendo de dois a um, nos juntamos na pista para nos prepararmos para a corrida de aquecimento. Enquanto corríamos, as arquibancadas seguiam enchendo-se de espectadores. Não chequei os bancos para ver quantas pessoas vieram apesar do tempo frio – não tinha nada a ver com o jogo.

Quando o apito marcou o início do jogo, estava em transe. Minha mente estava vazia de qualquer outro pensamento que não fosse onde a bola estava, para onde ia e quem estaria lá para recebê-la. A bola não se movia com velocidade. Houve muitos chutes perdidos, tentativas de drible ou passe, juntamente com momentos quando a bola ficava rodando no mesmo lugar. No intervalo do primeiro tempo, estávamos empatados, mas todos cobertos de lama.

O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro. Após um tempo, se tornou evidente que a melhor maneira de movimentar a bola era chutando alto. Houve muitas colisões pelas brigas por posições para receber a bola. Acabou se tornando mais um jogo físico do que um jogo de controle de bola, com muitos cartões amarelos como resultado.

uma razão para respirar - l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora