29 Palpitação

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Qualquer erro avisem e FINALMENTE!!!!!!!!!!!!!!

xx

– Ainda não consegue fazer um bom trabalho para sumir – ouvi sua voz vindo de trás de mim.

O pincel parou em minha mão no meio do caminho e começou a tremer. Meu coração parou em meu peito. Não sabia se conseguiria virar-me para encará-lo.

Forcei minhas pernas a girarem para o outro lado da banqueta.

– Oi – ele sorriu. Meu coração começou a palpitar.

– Oi – sussurrei, me obrigando a respirar.

– Quando não lhe achei na cantina, achei que ou encontraria aqui, ou na sala de Jornalismo.

Só consegui anuir, buscando minha voz.

– O que está fazendo aqui? – forcei as palavras por minha boca. Minha pergunta praticamente inaudível já que não respirava corretamente.

– Procurando você – respondeu com seu sorriso maroto familiar. Meu coração acelerou, enchendo minhas bochechas com um rubor. Tudo o que conseguia fazer era olhar dentro de seus olhos verdes, com medo de desviar o olhar e ele sumir. Por favor, que eu não estivesse alucinando.

– Sinto muito pelo time de basquete ter perdido nas semifinais – disse casualmente. Ele estava falando sobre basquete? Eu definitivamente não estava alucinando.

– Obrigado – disse, forçando meus lábios a sorrir. Vamos lá, cérebro, não falhe agora: Diga alguma coisa!

– Não sabe o que dizer, né? – Ele sorriu, contente com minha inabilidade em dizer uma sentença com sentido.

– Estou feliz que posso... – Joguei minhas mãos para cima, esquecendo que segurava um pincel, a tinta verde escorreu em sua camiseta cinza. Ele olhou para a sujeira de olhos arregalados. Segurei a respiração, pressionando os lábios. Uma risada escapou de minha boca. Então comecei a rir descontroladamente. – Isso é engraçado, né? – Mordi meu lábio inferior, ainda rindo.

– Vamos ver se você acha isso engraçado. – Ele se inclinou em direção à minha mesa e sujou a mão de tinta azul. Percebendo sua intenção, pulei da banqueta para escapar da retaliação.

– Harry, não – implorei.

Corri para o canto da sala, em direção ao quarto escuro, quando ele me segurou pela cintura, deixando marcas azuis de mãos em minha camiseta. Ele me segurou e não soltou. Harry me virou para encará-lo. Ainda sorrindo, olhei em seus olhos verdes, sem saber que ele estava me puxando para mais perto. Pouco antes que registrasse o que estava acontecendo, meu coração acelerou, palpitando freneticamente. Minha cabeça rodou em um turbilhão. Ele colocou sua mão suja em minha bochecha e se inclinou em minha direção.

Uma descarga paralisante perpassou meu corpo quando seus lábios firmes tocaram os meus. Inalei seu cheiro refrescante, permitindo que o formigamento me assomasse. Quando ele se afastou vagarosamente, seus olhos buscaram os meus cautelosamente. Pisquei, afastando o torpor, tentando me recompor.

– Louis? – ouvi a voz de Srta. Mier do outro lado da sala.

Harry levantou a sobrancelha surpreso então passou por mim, em direção ao quarto escuro. Tentei me recompor antes de responder:

– Olá, Srta. Mier – minha voz entrecortada, saindo do canto da sala para encontrá-la. Meu rosto estava rubro de vergonha.

– Ah, oi – ela disse em meio a um sorriso surpreso. Com o sorriso ainda no rosto, pegou alguns papéis em sua mesa. – Preciso pegar algumas coisas. Você pode, por favor, trancar tudo aqui depois que for embora?

uma razão para respirar - l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora