- Onde está? – ela gritou, me assustando quando colocava o sabão na máquina de lavar. Alarmado, a observei andar pela lavanderia e começar a jogar as roupas para todo lado. As roupas começaram a chocar-se com meu corpo. Claro que não me machucaram, mas a ferocidade por trás de sua ação fazia com que eu me encolhesse.
– O que você fez com ela? – exigiu.
– O quê? – perguntei baixinho.
– A porra da toalha – ela gritou. – A toalha que você estragou. Que porra você fez com ela?
– Não sei do que você está falando – menti. Tinha jogado a toalha suja de sangue que usei para estancar meu machucado fora. Mas como ela sabia?
– Você sabe exatamente do que estou falando, seu pedaço inútil de merda.
Ela continuou jogando as roupas em minha direção. Parecia ridícula em sua onda de raiva, criando uma tempestade de roupas espalhadas pelo porão. Fiquei ereto, sem me acovardar, e olhei pela primeira vez para a mulher patética. Meu estômago revirando com ódio e repulsa. A sua ira irracional me alimentava.
– É apenas uma toalha – minha voz elevou-se a seus gritos. Ela parou, chocada pela força em meu tom.
– O que você disse? – ela sibilou. Olhei de volta, inflexível, mesmo ante ao seu olhar de "como se atreve". Fiquei parado, a encarando de volta, de repente ficando ciente de quão mais alto eu era. Sorri ante à lembrança de minha covardia.
– É apenas uma toalha – repeti calmamente, mas com uma confiança que mantinha acima dela. Virei-me para fechar a porta da máquina de lavar.
– É apenas uma toalha? – ela grunhiu, enfiando o pote de amaciante em minha barriga quando me virei. Expeli o ar, me inclinando enquanto segurava meu estômago. Ela levantou o pote novamente e o bateu em meu ombro, me jogando no chão. Queria correr em direção às escadas, mas fui atingido novamente no meu braço esquerdo e caí contra a máquina de lavar.
– Nunca mais ouse falar assim comigo de novo, porra.
– Angelina – Phillip gritou do patamar da escada –, está aí embaixo? Sua mãe está ao telefone.
Angelina foi em direção a escada, dizendo:
– Limpe isso tudo, antes de subir.
Caí no chão, ainda respirando com dificuldade por ter perdido o fôlego com o golpe. Meus punhos cerrados, minhas unhas enfiadas na palma de minhas mãos. Inspirei fundo para me acalmar. Não desapareceu completamente, mas foi o suficiente para me recompor e começar a arrumar a bagunça que ela fez.
– Louis – Phillip bateu em minha porta –, Harry está aqui.
Engoli em seco: ele estava na minha casa? No que ele estava pensando?
– Tá bom – balbuciei, incapaz de achar minha voz. – Já vou. – Algo revoltou-se dentro de mim enquanto pegava minha jaqueta e ia em direção ao hall de entrada.
– Oi – disse de olhos arregalados. Ele ignorou minha ansiedade e sorriu de volta.
– É um prazer finalmente conhecê-lo – Angelina declarou em meio a um sorriso amplo. Era torturante testemunhar.
– Digo o mesmo – Harry respondeu educadamente.
– Bem... É melhor irmos. – As palavras escaparam de minha boca em um único fôlego.
– Dez horas, tá bom? – Angelina confirmou com seu tom doce. Encolhi-me ao som de sua voz.
– Sim. – Tentei forçar um sorriso que pareceu mais com uma careta.
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uma razão para respirar - l.s version
RomansaÉ UMA TRILOGIA E O SEGUNDO LIVRO SE ENCONTRA EM HIATUS!!!! Na cidade de Weslyn, Connecticut, onde a maioria das pessoas se preocupa em ver e ser vista, Louis Tomlinsom preferia não ser percebido de forma alguma. Ele está mais preocupado em fingir p...