Epílogo

336 20 14
                                    

O desequilíbrio de minha vida, experimentei o amor e a perda; mais perda do que pensava ser capaz de lidar. Mas o amor foi inesperado. Quase o perdi, com muito medo e sem ter certeza de dar uma chance.

O amor me ajudou a viver em vez de apenas sobreviver. Desafiou-me a resolver, provando que era mais forte do que achava possível. O conforto dele curando minhas feridas e acarinhando minhas cicatrizes. Deu-me confiança para ser maior do que os centímetros de minha estatura. Na escuridão, busquei por ele, saudoso de sua presença, apenas para descobrir que estava sozinho.

Não conseguia sentir a dor de meu corpo dilacerado. Não conseguia ouvir as batidas de meu coração falhando dentro de meu peito. Não conseguia ouvir as súplicas agonizantes enquanto ele me apertava contra ele. Era tudo silencioso. Tudo o que restava era... Eu.

No silêncio havia paz. Uma paz que veio cedo demais, mas achei refúgio em sua libertação. Libertação da dor, do caos e do medo. Ser confortado pela calma não familiar exigia um sacrifício que eu não queria fazer; mas não sabia se tinha força para lutar.

Sabia que o tempo passava. Não podia mais ignorar o pulso diminuindo. As batidas lutando para continuar no compasso. A escuridão me chamava. Havia uma facilidade em me deixar levar; ceder ao silêncio e descobrir a resolução do vazio. Fui puxado para a resignação. Tentei me prender nas memórias do meu sacrifício; o calor, as palpitações, a verdade em seus olhos. Seria a vida uma escolha?

No equilíbrio entre o amor e a perda, seria o amor que me faria lutar para... Respirar

uma razão para respirar - l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora