24 Queda

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Avisem se tiver erros!!

Xx

-Louis! – Angelina gritou da cozinha. Minha mão ficou parada em cima de minha mochila, segurando o suéter que estava prestes a guardar. O pânico se assentou conforme eu tentava descobrir o que podia ter feito. Meu peito estava travado quando entrei na cozinha.

– Sim? – respondi cautelosamente, minha voz presa em minha garganta.

– Sabe com quem eu estava ao telefone? – ela gritou, revelando uma veia em sua testa. Olhei em volta, percebendo que Phillip e as crianças não estavam em casa. O medo apertava meu coração e minha cabeça rodava. Chacoalhei minha cabeça.

– Claro que não sabe, né? Porque você nunca faz nada de errado, né? – Já nem tentava mais entender suas perguntas ilógicas e me preparei para sua ira. – Era uma pessoa de Stanford...

Ah, não! Meus olhos se arregalaram à menção do nome da escola.

– Ah, então você sabe do que se trata? – acusou, ainda fervilhando de raiva. – Sabe como me senti uma idiota quando esse homem começou a falar sobre sua visita na primavera e eu não tinha ideia do que se tratava?! Como ele conseguiu nosso telefone?! – Permaneci em silêncio. – Você não achou realmente que eu deixaria você voar até a
Califórnia, né? Como você o convenceu a convidá-lo? Você o chupou?

Fui assolado pelo choque.

– Você acha que é muito melhor do que eu, né? Que pode fazer a merda que quiser?!

– Não – sussurrei.

– Exatamente; não na minha casa! Você fez sua mãe virar uma bêbada e agora ela é uma puta inútil. Não vou permitir que você destrua minha família também. Você é uma viado inútil. Qual escola o aceitaria?

O rosto de Angelina estava vermelho e o tom de sua voz ficava cada vez mais alto:

– Como você espera pagar por essas escolas? Você não é tão especial ao ponto de eles o deixarem estudar de graça. – Ela esperou, como se quisesse uma resposta. – Então…

– Eles têm bolsas de estudo – disse em voz baixa. Ela fez pouco caso. – Estava pensando em usar o dinheiro do seguro social de meu pai.

– Ah. Você acha que eu o deixaria morar aqui sem ganhar nada com isso? – deixou escapar uma risada de escárnio. Olhei para ela, a raiva se esgueirando sorrateiramente por baixo de minha pele. Esse dinheiro só existia porque meu pai morreu muito cedo e ela tiraria a última conexão que eu tinha com ele?! Estava tão furioso, não conseguia pensar direito. Virei as costas com a mandíbula travada.

Então ouvi o som de metal e sua raiva amplificada:

– Não vire a porra das costas para mim!

Um flash de luz penetrante passou por minha cabeça quando algo duro atingiu a base de meu crânio. Cambaleei para frente e busquei apoio na parede, mas não consegui chegar até ela a tempo. Minhas pernas cederam e caí no chão.

– Você está acabando com a minha vida – rosnou entredentes. – Você vai desejar nunca ter botado os pés nesta casa. – Apoiei minhas mãos trêmulas no chão para me levantar enquanto tentava me focar através do borrão. Deixei escapar um gemido quando meu peito foi forçando contra o chão de madeira e meus braços cederam sob mim quando ela me atingiu de novo. As investidas repetidas, bem como a dor insuportável no alto das minhas costas me deixavam sem ar. A sala oscilava em um borrão ao meu redor enquanto procurava o caminho de meu quarto, sabendo que precisava chegar até lá para escapar dela. Ainda ofegante, tateei o chão, impelindo meu corpo para frente enquanto engatinhava.

uma razão para respirar - l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora