6 Um planeta diferente

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Enquanto nos aproximávamos da porta de entrada, vimos Niall e Michael sentados na calçada, apoiados em um muro de pedras. Estavam envolvidos em uma conversa com copos vermelhos em suas mãos, distantes da festa que acontecia lá dentro.

– Hey, Niall – disse enquanto me aproximava, desviando sua atenção.

– Lou, estava esperando por você! – ele exclamou conforme levantava e vinha me abraçar, mas se segurando quando sentiu minha tensão pelo abraço.

Sentindo que Niall não estava pronto para abrir mão de sua conversa com Michael, falei:

– Vamos entrar. A gente se vê lá dentro mais tarde.

– Tá bom – ele respondeu com um sorriso brilhante, que só podia significar que eu não o veria por um tempo.

Estava tão envolvido em minha ansiedade que não percebi que Harry segurava minha mão ao entrarmos na casa cheia e barulhenta; não até que ele estivesse me guiando através do mar de corpos. Não retirei minha mão enquanto nos apertávamos entre as pessoas, com medo de ficar perdido se o largasse. Olhos arregalados me encaravam – evidentemente nem todos aqui estavam no jogo de futebol ou receberam informações sobre a fofoca.

A casa era a propriedade típica que caracterizava Weslyn, com o primeiro andar aberto, que era perfeito para uma grande festa. Havia apenas dois cômodos na frente da casa, que eram adornados com paredes de pedras: uma sala de jantar formal e outro cômodo com um grande piso de madeira, que parecia estar trancado.

Fomos em direção à parte de trás da casa, onde encontramos a cozinha. A ilha da cozinha tinha uma fileira de garrafas coloridas de bebidas alcoólicas e refrigerantes, com uma grande pilha de copos vermelhos ao lado.

– Quer beber algo? – Harry gritou, ainda segurando minha mão.

– Qualquer coisa diet – gritei de volta.

Ele me deixou esperando do lado para pegar as bebidas, sendo instantaneamente sugado pela multidão dentro dos poucos metros que nos separavam das bebidas.

– Puta merda! Louis Tomlinson?!

Ouvi alguém gritar do outro lado do cômodo. Fiquei estático, com medo de olhar. Sua exclamação chamou a atenção de algumas outras pessoas; elas estavam evidentemente dentre as poucas que não ouviram que eu estava na festa, já que não paravam de me encarar. Observei um cara da minha aula de química, enquanto ele abria caminho pela multidão, separando os corpos com seu copo vermelho.

– Oi, Ryan.

– Não acredito que você está aqui! – ele exclamou, jogando seus braços ao meu redor em um abraço apertando, o álcool exalando de seu hálito. Ótimo, ele estava bêbado. Fiquei tenso, impossibilitado de reagir à invasão de meu espaço pessoal até que ele finalmente se afastou.

– Uau, isso é ótimo – ele disse, com um sorriso ridículo em seu rosto. – Esperava vê-lo hoje. Ouvi que você foi ao jogo. Quer uma bebida?

– Hey, Ryan – ouvi Harry dizer de trás de mim. Virei-me para ele com uma expressão de pânico, mas ele não entendeu. Em vez disso, ele me entregou um dos copos que segurava.

– Harry! – Ryan gritou, em um volume muito alto para alguém que estava tão perto dele. Ele colocou seus braços e me puxou ao seu encontro, de forma zelosa, fazendo com que eu derrubasse minha bebida; ele estava completamente entorpecido:

– Harry, você conhece Louis Tomlinson, né? Ele é a pessoa mais legal daqui. – Olhei para Harry com meus olhos arregalados em desespero; ele arqueou suas sobrancelhas e finalmente entendeu.

uma razão para respirar - l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora