35 Sabotado

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Falta só mais 3 capítulos + epílogo pra terminar!!


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- Não esqueça de me enviar as mensagens de texto – Niall insistiu pela vigésima vez quando me deixou em casa após a corrida do sábado. Acenei em confirmação e rolei os olhos conforme andava em direção à minha casa.

Preparei-me para o que quer que me esperasse lá dentro quando subi os degraus do deck. A sala de jantar borbulhava com vozes. A voz de Angelina chegava à cozinha enquanto conversava com Phillip, em um tom mais calmo que o costumeiro.

– Louis! – Fui recebido por Emma que envolveu minhas pernas antes que eu pudesse abaixar para abraçá-la.

– Deixe suas coisas em seu quarto – Angelina instrui passivamente. – Estamos prestes a nos sentar para comer.

A amenidade em sua voz me fez travar. Olhei em torno, tentando entender se ela estava realmente falando comigo. Obedeci apreensivo.

– Como foram seus dias com Niall? – ela perguntou, olhando em minha direção quando me sentei no meu lugar onde um prato de espaguete a bolonhesa já estava servido.

– Ótimos – respondi apreensivo, ainda desconfortável com sua atenção.

– Que bom. – Ela sorriu. A expressão parecia não combinar com seu semblante, já que nunca a vi sorrir verdadeiramente para mim antes disso.

Esperei que algo catastrófico acontecesse. Mas não aconteceu nada. Angelina redirecionou a conversa de volta para Phillip. Eles falavam sobre a ida a uma floricultura no dia seguinte para comprar flores e arbustos para o jardim da frente.

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Havia tantos alarmes tocando em minha mente no segundo em que entrei pela porta na noite anterior, mas não havia como eu ter sabido, ou mesmo suspeitado de tanta crueldade. Mesmo quando ficou óbvio o que ela fez, ainda era difícil entender o que realmente aconteceu.

– Bem, acho que você não está em condições de ir à casa de seu namorado hoje à noite, né? – Angelina zombou, espreitando pela porta do banheiro na manhã seguinte. Fechou a porta atrás de si e me deixou a sós com minha desgraça.

Um filete de suor frio atravessou minha testa e desceu pelas minhas costas, pouco antes de meu estômago convulsionar. Meu corpo tremia ante à exaustão na noite. Caí no chão, implorando pela morte, ou pelo menos pelo sono. Como ainda podia haver algo em meu estômago após ter ficado aqui a noite toda?

– Deveria ligar para eles e avisar que não conseguirá ir – Angelina gritou através da porta. Olhei de forma contemplativa para a porta fechada, desejando que ela caísse de um penhasco.

Obriguei-me a sentar-me na banheira, cobrindo meu rosto com as mãos trêmulas. Levantei-me do chão e gemi quando todos os músculos de meu corpo gritaram em agonia.

Meu estômago revirou-se novamente e me inclinei sobre o vaso sanitário. Nada aconteceu, então me apoiei na parede para andar até o telefone na cozinha.

O esforço para me mover era insuportável. Minha cabeça girava em meus ombros conforme eu me arrastava através da cozinha, segurando meu estômago. Quando cheguei ao telefone, percebi que não havia decorado o número de Harry. Gemi ante ao pensamento de ter que o pegar em meu quarto, então notei um pedaço de papel no balcão escrito "Styles" com a letra dela. O número do telefone estava logo abaixo. Como ela tinha o número deles?

Pressionei as teclas, antecipando a voz do outro lado da linha. A ansiedade agitava meu estômago; apertei-o com meu braço livre quando ele voltou a revirar. O telefone tocou várias vezes antes de ser atendido.

uma razão para respirar - l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora