A Vendedora de Água

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Oi meus amores, que saudades.  Agora sim...

Boa leitura! :)

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Lauren

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa...

Vidros fechados e escuros em um carro estacionado na rua. O suor começava a escorrer por meu pescoço, mas era sugado pelo homem a minha frente sem nenhuma relutância da parte dele. Minhas unhas cuidavam dos seus dreads enquanto minha outra mão passeava por debaixo de sua camisa social até chegar ao seu peitoral definido e que eu sabia ser cheio de tatuagens.

- Você podia parar de usar essas calças apertadas, Lauren. – Ouvi Ty falando entre sussurros em meu ouvido enquanto tentava adentrar com seus dedos grandes em minha calça que não facilitava o trabalho pra ele.

- Eu gosto de usá-las. – Rebati autoritária, fechando os olhos ao sentir sua língua brincar com meu pescoço.

- Elas atrapalham tudo... – Reclamou outra vez após finalmente conseguir abrir os botões.

Estávamos em uma rua nem tão movimentada neste horário, era 21h15min e eu tinha acabado de sair do trabalho quando fui praticamente intimada por este negro tatuado para alguns amassos dentro do carro. Encontrava-me no banco do motorista do meu Corolla Granito, com ele próximo a mim, estando no banco do passageiro.

– Hm! – Ty gemeu de leve quando arranhei sua barriga, próximo o bastante de onde ele queria que eu chegasse.

Seus dedos conseguiram chegar até minha calcinha e ele brincou um pouco com a região. Sabia que estava tentando me deixar excitada e por mais que estivéssemos em meio a beijos quentes por alguns minutos, bem, eu não estava muito no clima para tal coisa.

- Espera! – Espalmei minha mão em seu peito, o levando para trás quando percebi uma movimentação atrás de nós. Encaramos o vidro traseiro vendo um homem de cabelos bem arrumados e roupas alinhadas passar pela porta da Editora em que eu trabalhava. – É o Austin. Vamos sair daqui! – Declarei. Ty me olhou incrédulo como se eu estivesse falando em outra língua.

- Sério isso? – Perguntou quando me viu ajeitar minha blusa social branca e começar a subir os botões da minha calça que depois de tanto tempo ele conseguira abrir.

- Super sério! Não vamos deixar que ele nos veja aqui. – Olhei-me no espelho vendo que meu batom estava um pouco borrado e meu cabelo mais ou menos amassado. Droga!

- Por que não? – Não era surpresa que Ty começasse com esses tipos de perguntas, mas nesse momento eu não estava com muita paciência.

Vi Austin entrar em seu carro do outro lado da rua. Não queria dar tempo de ele passar por meu carro estacionado um pouco mais a frente do seu, então o liguei o mais rápido possível e saí dali.

- Por que ele trabalha na Editora? – Perguntei como se não fosse óbvio.

- E? – Ty insistiu me fazendo revirar os olhos. Ás vezes ele podia ser bem insistente.

- E que você e eu também trabalhamos lá. – O encarei séria, mas mantendo a atenção na estrada. – Não pega bem.

- Você não parecia pensar nisso quando começamos. – Ele rebateu com um sorrisinho malicioso.

De fato, dar uns amassos em meu carro em frente no lugar onde eu trabalhava parecia algo arriscado e muito excitante, mas a cena em si, protagonizada por nós dois, não me deixou tão no clima como em minha mente.

Una Alpha en el MetroOnde histórias criam vida. Descubra agora