Alfas diferentes

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Ai ai, oi pessoal, só calma que eu ainda to extasiada pelo sorriso mais lindo que alguém poderia ter, pqp, que mulher SEM OR!

Agora sim, olha quem chegou mais cedo, auuuuii, olá, tudo bom com vocês?

Bem, to aqui apenas pra mais um capítulo e voltarei vocês sabem quando. As coisas parecem estar dando certo pra mim e de tanto revisar e ler coisas dos outros é sempre bom escrever seu próprio lance. Minhas aulas começam segunda então AAAAFFF! Aqui estamos.

Boa leitura!

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Camila

E até hoje eu acredito que, na maior parte do tempo, o amor é uma questão de escolhas...

- Erguei as mãos e daí glória a Deus, erguei as mãos... – Era o que se escutava em minha casa nesse momento.

Isso é o que acontece quando você se atrasa e não saí de casa quando se já nem devia estar lá, você encontra sua mãe nos afazeres domésticos enquanto escuta sua rádio preferida.

- Oh hija... Finalmente acordou. O que aconteceu? Por que ainda está em casa? – Foi o que Sinuhe me perguntou assim que a cheguei á cozinha e a vi limpar as mãos em seu avental.

- Perdi a hora... – Ela fez logo uma careta. Passei por Mama sem de fato encará-la e comecei a preparar café pra mim, pegando algumas bolachas em cima do balcão enfeitado de cruzes e santos.

- Você nunca perde a hora... – Constatou. – E seu lance de monitora? Não será prejudicada por isso? – Estanquei no lugar com a caneca de café em mãos. Uh, eu havia me esquecido disso!

- N-não... – Engoli em seco tentando fazer minha voz soar calma. – Não vai ter hoje. – Droga, agora vou ter que ficar em casa. Ok, talvez isso não seja ruim, preciso refletir sobre um monte de coisas que andam acontecendo.

- Então se quiser pode escutar ao padre Marcelo Bosi comigo. – Ela sorriu com os olhinhos brilhando. Ok, eu preferia estar vendendo água no metrô. – Ainda tem uma hora de programa.

- Mama, a senhora sabe que pode procurar no seu celular, ou até mesmo nesse rádio que compramos, e sintonizar pra a hora que quiser e pra o programa que quiser, não precisa esperar pela a hora do programa. – Expliquei pacientemente metendo a mão no pacote de bolacha e tirando algumas de lá só pra enfiá-las de uma vez em minha boca.

- Sei sim, mas não gosto dessas coisas modernas, você sabe. Por causa disso vou descer e pintar um quadro contra o uso de celulares. – Ela desligou o rádio, emburrada. Aquela senhora não tinha jeito!

Mama tinha uma espécie de ateliê em nossa garagem, dessa forma podia fazer sua arte sem causar mais problemas na casa e até conseguia vender alguns quadros no trabalho do meu pai. Pode não parecer mais os clientes prestam atenção às decorações dos consultórios médicos e perguntavam sobre o quadros, papa dizia que sua esposa os fazia, bum, mama os vendia.

– Mas agora vamos falar de algo sério. – Tomei meu café esperando que as bolachas fossem engolidas porque creio que coloquei muitas na boca. – Você perdeu a hora, você nunca perde a hora porque sempre está focada demais com suas coisas... – Abri minha boca. – Nós convivemos com você, Kaki. – Logo a fechei. – Você está comendo sem nenhum modo... – Apontou pra meu pijama cheio de farelo de bolachas. – E são 10h, você ainda está de pijama e sem cueca... – Desceu seu dedo até os meus shorts de pijama do Harry Potter, um que eu tinha muito lindo cheio de óculos e raios, uma graça.

Mas bem, ela estava certa, a primeira coisa que eu fazia desde que tive meu primeiro cio e minha família passou a analisar meu pênis, até mesmo Sofi, era trocar de roupa antes de descer, ou ao menos colocar uma cueca pra que ninguém ficasse... Encarando.

Una Alpha en el MetroOnde histórias criam vida. Descubra agora