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   Pegou o Lorenzo no colo e subiu com ele, meu pai nos olhava atento e a garota foi para trás dele agarrada no menininho que tinha acabado de acordar, enquanto a menina dormia profundamente no colo do meu pai, Aly tirou a arma segurando a mesma e Charuto voltou com a minha fuzil me entregando.

- Vão meter o pé ou vão levar bala? - perguntei e ele me encarou incrédulo.

- Você não tem coragem. - falou e ouvi um tiro, olhei para o buraco próximo a eles e encarei Alyssa que o encarava com raiva.

- Vai por bem ou por mal? - perguntou e meu pai a olhou.

- Eu só quero conversar com vocês. - falou ainda olhando-a assustado - Eu só vim por causa de vocês.

- Não deveria ter trago eles! - Alyssa falou - Você me esculachou tanto que pegou uma garota da minha idade, pedófila sabia?

- Puta merda. - Charuto falou depois de ficar encarando o buraco - Tu que ensinou Guilherme?

- Não tenho nada haver com isso. - falei e ele olhou para Aly que apontava a arma para eles.

- Eles são a minha família também. - meu pai falou e ri - Eles queriam conhecer os irmãos.

- Eles não tem irmãos. - falei.

- Charuto ajuda o Guilherme a ir pro quarto. - ouvi a voz da minha mãe.

- Estou resolvendo isso. - falei e ela me encarou sem expressão nenhuma - A senhora está bem?

- Passa um rádio pro Henry, quero ele aqui agora. - falou e Charuto o chamou - Gui, vai pro quarto.

Alyssa Pov

   O clima estava tenso, se o Henry aparecesse ia ficar pior. Gui se recusou a ir pro quarto, minha mãe mandou a  garota ir pra cozinha e só obedeceu quando meu pai falou algo no ouvido dela, depois de anos estávamos ali, reunidos.

   Henry chegou rápido e já entrou com a fuzil pronta pra atirar, se fosse outro momento eu estaria rindo, sempre que alguém falava "treta na casa do Rato" ele vinha pronto pra matar, chegava a ser engraçado, mas no momento não era nem um pouco.

- Fala tia. - ele se aproximou da minha mãe abraçando-a - Tá se sentindo bem?

- Guilherme não está em condição de resolver esse assunto. - apontou para o meu pai - Resolva com a Alyssa, por favor.

- Pode deixar, Guilherme vai pro seu quarto. - falou e olhou pro Charuto - Ajuda ele, fica lá em cima, só desce quando eu chamar.

- Pode deixar. - falou ajudando Gui a subir e ficaram por lá.

- Olá Henry, bom te ver. - ele falou, Henry se apoiou no braço do sofá com a fuzil pra frente e sorriu - Então quer dizer que você está ajudando a minha família?

- Guilherme trabalha pra sustentar eles, teu dinheiro tá bem guardado se quiser. - falou, ele que ajudava Guilherme a guardar o dinheiro que recebíamos - Tá querendo o que com eles Terror, não tem mais nada aqui que te interessa, voltou porque?

- Queria ver a minha família. - respondeu e neguei.

- Sua família está ali na cozinha. - apontei pra mesma e Henry me olhou.

- Tu teve coragem de trazer aquela puta pra casa da Lorena? - perguntou com raiva - Ta fumado porra, tá comendo merda?

- Tu não deveria estar aqui! - falou encarando o Henry - Meu assunto é com eles e não contigo!

- Tu sumiu, abandonou a tia grávida e foi morar com os alemão com aquela puta que já tinha uma filha contigo. - Henry falava encarando-o - Quer meter marra pra cima de mim, era eu e os garotos que tavamos aqui dando apoio pra ela e pra Alyssa, tu abandonou duas grávidas e pouco se importou de vim ver a porra do teu filho e do teu neto!

- Tá pegando elas seu merda? - encarou Henry e tive um ataque de riso.

- Se eu tiver o problema não é seu. - respondeu e minha mãe riu, pela primeira vez ela riu sobre isso - Pelo menos sou homem né Terror.

- Tu é um merda! - falou e Henry riu.

- Eu não bato em velho. - falou e a garota voltou pra sala.

- Felipe, vamos pra sua outra casa. - falou abraçando-o - Amanhã você vem aqui, por favor.

- Ele só tem aquela casa, já falei que essa daqui é minha. - falei e ela me encarou.

- Cala a sua boca piranha! - falou e me assustei com o tapa que minha mãe deu nela.

- Olha como você fala com a minha filha, sua vadia! - falou séria - Única piranha aqui é você por ter se envolvido com homem casado e ter tido filho com ele!

- Terror, pro seu bem mete o pé! - Henry falou e ele me olhou.

- Eu volto amanhã. - falou.

- Só entra se vier sozinho. - falei e ele assentiu.

- Vamos Milena. - falou.

   Quando eles saíram eu respirei fundo jogando a arma no sofá e encarei minha mãe que parecia estar em choque, ela me olhou por um tempo e subiu a escada, sentia o olhar do Henry em mim e desejei estar sozinha para poder chorar.

- Não acredito que ele teve coragem de fazer isso com a minha mãe. - falei e o senti se aproximar.

- Vou deixar ele vir de caô pra cima de vocês não. - falou me abraçando - Aqui aquela puta não entra mais, os caras tão de olho.

- Vou pedir pro Rafael ficar com o Enzo. - falei e ele negou.

- Vai afastar teu filho por causa daquele merda? - perguntou negando - Se vier de caô coloco vocês lá na minha casa, moro sozinho mesmo.

- Não, acho que ele não seria capaz de fazer algo com a gente. - falei e ele me soltou.

- Aly, ele colocou a puta da Milena aqui dentro, teu pai é capaz de tudo. - falou e assenti - Vamos cuidar de vocês, geral tá ligado já.

- Passa um rádio pro Charuto. - pedi.

- Que mané rádio, tô aqui filha. - falou descendo - Onde tu aprendeu a atirar?

- Até minha mãe sabe. - falei - Por que eu não saberia?

- Por que tu é tu. - falou como se fosse óbvio - Quem te ensinou?

- Não interessa. - respondi.

   Rafael tinha me ensinado a atirar, me levou onde ele foi treinado e tudo. O medo dele de descobrirem sobre ele ser policial era enorme e queria que eu soubesse me defender se algo acontecesse com ele, até ensinou alguns golpes pro Lorenzo.

DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora