Rato Pov
Falei pro Chuck que ficaria de frente até ele melhorar e ele nem ligou, só agradeceu, Karen entrou pra ficar com ele e a Thayla veio logo atrás tentando falar com o Charuto que só olhava. Tô achando que ele e a Amanda estão se pegando, porque ele tá negando muita mulher e não era disso.
- Vou lá me despedir da Alyssa. - falei pro Charuto.
- Vamos contigo. - falou e assenti.
Já tinham me passado um rádio que ela e o Dado estavam lá na tia do açaí, subi na minha moto com o Orelha de garupa e fui seguido pelo Charuto, assim que chegamos ouvi uma gritaria e já desci da moto com a raiva tomando conta do meu corpo quando reconheci a voz da Rebeca.
- Está se metendo no assunto aqui porque Rebeca? - ouvi a voz da Alyssa - Só falei pra sua amiguinha que agora ele tem uma mulher em casa e não tem porque procurar na rua.
- Mulher que já passou na mão de todo mundo? - Rebeca perguntou.
Quando apareci na porta vi o Dado pronto pra dar nela, mas cheguei primeiro e dei uma banda fazendo-a só ter tempo de por a mão no chão pra não bater a cabeça com força, vi o Lc segurar o Dado junto com um cara e puxei a Rebeca pela blusa colocando-a em pé.
- Quero que tu fale quem pegou minha irmã irmã sem ser o Chuck, Dado e o Rafael! - falei e ela me olhou surpresa - Anda porra, fala aí que eu fiquei curioso!
- Se tu não cobrar eu vou cobrar e ela não vai gostar! - Dado falou apontando pra Rebeca e o olhei - Ficou atiçando essas filhas da puta aí o tempo todo pra entrar numa com a Alyssa, tu sabe o estado da tua irmã!
- Ela vai ter o que merece. - falei voltando a olhar pra Rebeca.
- Eu não fiz nada Rato. - falou e dei de ombros.
- Tu é santa né? - perguntei - Não tem Chuck certo e muito menos Karen!
Chamei uma garotos e mandei dar uma coça nas garotas que tentaram algo com a Alyssa, assistimos tudo ali de camarote, vi a Karen descer correndo junto com a Thayla e apontei pra ela negando, segurei a Rebeca pela nuca fazendo-a olhar a cena.
Dado Pov
Estava com um ódio fora do normal por essa Rebeca, eu só fui falar com o Lucas e ouvi um grito seguido de um barulho de tapa, quando entrei ela estava sendo afastada da Alyssa que tinha um lado do rosto vermelho, aquilo me fez virar um monstro, dei logo uns três tapas seguidos na cara dela.
- Dado. - ouvi a Aly me chamar baixo e tirei minha atenção da surra que as garotas levavam - Dado, eu...
- Fica calma, senta aqui. - falei colocando-a sentada na cadeira - O que tá sentindo?
Ela me olhava de um jeito indecifrável, vi seus olhos se encherem d'água e percorri meu olhar pelo seu corpo vendo que tinha um pouco de sangue em sua coxa. Meu corpo gelou, me levantei rápido pegando a chave do carro que estava com o Lucas e quando ele viu o que estava acontecendo pegou a Alyssa.
- Se alguma coisa acontecer com a minha filha! - puxei a Rebeca pelo pescoço - Eu te mato sua filha da puta, vou até o inferno, mas te mato!
- O que aconteceu? - Rato perguntou soltando ela.
- Outro sangramento. - falei e ele me olhou preocupado - Tu vai ficar aqui e dar uma lição nessa porra, não te quero no asfalto.
- Orelha vai com ele e me mantém informado! - falou e o Orelha concordou dando os bagulhos dele pro Charuto.
Entrei na parte de trás do banco e o Lucas foi dirigindo e o Orelha ao seu lado guiando. Fui pro hospital onde todos me conhecem e sempre me ajudam, falei com o doutor e ele levou ela pra fazer uns exames, já fui direto pro quarto onde ela ia ficar.
- Elas vão ficar bem. - Lucas falou fazendo os sinais.
- Tô ligado. - falei me apoiando cama vendo ele e o Orelha se sentarem no sofá.
- Te falar, fiquei surpreso quando o Rato disse que tu ia assumir. - Orelha falou e o olhei - Se fosse outro não assumiria não, talvez até falasse pra ela abortar.
- A criança não tem culpa dos erros do pai. - falei e ele me olhou - Tô agoniado.
Foram duas horas de espera, quando uma enfermeira abriu a porta trazendo empurrando uma maca a primeira coisa que fiz foi olhar para a barriga da Alyssa e sorri ao ver que o volume que tinha continuava ali, a enfermaria percebeu e deu um sorriso também.
Ajudei passar a Aly pra cama e o doutor entrou com uns papéis na mão e deu pra enfermeira que saiu acenando com a cabeça, Lucas e o Orelha levantaram e me aproximei da Aly pegando sua mão fazendo carinho da mesma, ela estava desacordada, provavelmente culpa dos remédios.
- Fala ai, minha filha está bem? - perguntei e ele me olhou surpreso.
- Ela me falou que vocês ainda não sabiam o sexo. - falou e sorri, é uma menina! Ele acabou de confirmar - Respondendo sua pergunta, sim, a sua filha está bem.
- É menina mesmo? - Orelha perguntou.
- Sim. - ele falou e o Orelha deu um grito me fazendo rir.
- Aly está bem também? - perguntei preocupado - Por que ela sangrou?
- Foi um descolamento da placenta. - falou e joguei a cabeça pro lado, coisas que peguei com ela - A partir de agora ela precisa ficar de repouso e não ter nenhum tipo de estresse.
- Pode deixar. - falei e ele me olhou - Mais alguma coisa?
- Não sei se sabe, mas pelo tempo esse bebê não pode ser seu. - falou e assenti, ele sabia do meu lance com a Vitória porque cuida do pai dela - Espera esse bebê nascer para tomar alguma atitude.
- A bebê é minha doutor. - falei e ele negou - Pode não ter meu sangue, mas tem meu coração, sou o pai dela querendo ou não.
- Tudo bem. - falou sorrindo fraco e me olhou - Será que poderíamos conversar a sós?
- Pode falar aqui. - falei e ele assentiu.
- O pai da senhora Vitória teve uma significativa melhora. - falou e o olhei - Mas ele não tem mais salvação, os médicos que cuidam dele deu mais um mês de vida.
- O velho vai morrer? - perguntei e ele assentiu.
- Não sei qual é a situação. - falou apontando pra mim e a Alyssa - Mas a Vitória irá precisar de você por perto.
- Alyssa é a minha mulher. - falei sério e ele pareceu surpreso - Vitória é passado.
- Mas ela tinha tido que vocês ainda estavam juntos. - falou e neguei - Tudo bem, não devo me meter em sua vida.
- Ela já pode ir? - perguntei.
- Pode, daqui a pouco esse hospital vai estar um inferno. - falou - Teve operação em algum lugar e ouvi que vão trazer os feridos pra cá.
- Beleza. - falei.
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Destino
Teen FictionUma menina, dois caras, uma sentença. Alyssa tem uma perigosa escolha nas mãos, escolher entre Rafael pai do seu filho, o cara que seria o amor para o resto da sua vida ou Henry mais conhecido como Chuck perigoso, ousado e dono do morro do livrament...