Me levantei daquele sofá cansada de ficar esperando notícias do Rafael e fui até a recepção, já são duas da tarde e até agora não tive uma notícia dele. Dado ligou perguntando e falou que eles ainda estavam lá no morro do Terror resolvendo umas coisas e que se eu precisasse era só ligar.
- Boa tarde, eu gostaria de saber sobre o paciente Rafael Garcia. - falei para a moça que sorriu.
- Só um segundo senhora. - falou e assenti - É mãe dele?
- Não, eu sou ex sogra. - falei e ela me olhou surpresa.
- Se fosse o meu ex minha mãe desejaria a morte. - falou me fazendo rir baixo.
- Ele foi um bom marido pra minha filha e além de tudo é pai do meu neto. - falei e ela assentiu logo se levantou me olhando.
- Pelo o que estou vendo ele está em cirurgia, foi constatado a quebra da perna esquerda além de duas costelas. - falou e coloquei a mão na boca assustada - Também teve ferimentos no peito e abdomên, um dos cortes perfurou um orgão, por isso ele está passando por cirurgia.
- Ai meu Deus, ajude ele. - pedi já começando a orar por ele.
Quando a Alyssa me contou tudo eu tive um aperto no peito tão grande, ela ainda não sabe que ele está no hospital, Dado pediu pra não contar, ele queria fazer isso porque por incrível que parece ele era o único que conseguia acalmá-la, estou tão orgulhosa por ela ter encontrado alguém como o Dado.
- Quer uma água? - a moça saiu de trás do balcão - Vem, senta aqui um pouco.
- Ele tem chances de sobreviver? - perguntei.
- Nosso dever é ir até o final para salvar. - falou do mesmo jeito que a Aly fala - Ele se recuperar e vai brincar muito com o seu neto.
Alyssa Pov
Dei o lanche da tarde para os meninos e a Luana apareceu aqui em casa, já tinha feito vinte e quatro horas que os meninos saíram e até agora nada, minha mãe saiu de madrugada dizendo que uma amiga estava passando mal, mas eu senti que ela estava mentindo.
- Como está os meninos? - Luana perguntou se sentado ao meu lado no sofá.
- Lorenzo não para de perguntar e chamar pelo pai. - respondi olhando para ela - Du está lá tentando fazer meu bebê brincar com ele.
- E a nossa menina? - perguntou olhando pra minha barriga.
- Ansiosa, não consegui dormir essa noite. - falei e ela deitou a cabeça no sofá - Ele sempre conversa com ela antes de dormir, hoje ela estava inquieta.
- Ela já reconhece ele né? - perguntou e assenti sorrindo.
- Ela parece acordar quando escuta a voz dele ou sente a mão na minha barriga. - falei e ela sorriu - Ela só faz isso com ele, o Enzo e o Du, nunca fez comigo.
- Sabe o que isso significa? - perguntou e neguei.
- Que ela não gosta de mim? - perguntei fazendo ela rir.
- Não sua doída, significa que ela já está aprendendo a ganhar eles pra depois passar a perna quando crescer. - falou e comecei a rir - Escreve o que estou te dizendo, tudo bem que o Dado vai ser o pai, mas tendo o sangue de quem tem, vai passar muita perna em vocês, sabe disso.
- Meu maior medo é ela se parecer muito com ele em tudo. - falei e ela negou.
- Pelo menos vai ter educação. - falou - Vejo isso pelos meninos, eles já começaram a perceber as cosias, agora sabem o que é certo e errado graças ao Dado que pega no é mesmo.
- E esse bebê ai? - perguntei vendo-a passar a mão na barriga que só tinha um pequeno volume - Tudo bem com ele e a mamãe?
- Com ele tudo bem, já com a mamãe. - falou balançando a cabeça.
- O que houve? - perguntei.
Quando ela me contou a história das mensagens eu quis matar o Guilherme, como ele pode fazer isso com ela? Ele fez todo aquele escândalo por causa do Chuck e agora se igualar a ele? Jordan desceu a escada de bermuda e os meninos estavam de sungas.
- Vou na piscina um pouco com eles. - falou e assenti.
- Meninos, pegaram as boias? - perguntei.
- Eu sei nadar mamãe. - Lorenzo falou meio triste e assenti.
- Mamãe ama vocês. - falei e os três sorriram.
Luana já tinha voltado pra casa e nada de eu ter notícias dos meninos e o principal, do Dado. Quando deu dez e pouca da noite eu ouvi vozes vindo da sala e me levantei rápido, peguei a glock que o Dado deixa na gaveta do criado mudo e desci devagar, no último degrau apontei pra quem estava ali.
- Abaixa isso filha da puta! - vi um Bubu com a mão no peito e vi que todos estavam reunidos ali, até mesmo o Chuck - Abaixa Alyssa.
- Abaixa o caralho! - falei fazendo eles me encararem - Eu estou grávida sabiam, eu estava preocupada com vocês seus merdas, nem uma ligação "estamos bem, vadia" eu recebi!
- Nossa Alyssa. - Lima também colocou a mão no peito.
- Nossa a puta que pariu! - falei colocando a glock na mesinha - Não saiam daqui!
Fui na cozinha e peguei a garrafa d'água, bebi quase metade dela e peguei um pedaço da torta de limão para comer, voltei pra sala e eles estavam do mesmo jeito de quando sai, só que agora eles conversavam baixo, reparei que tinha um espaço ocupado no sofá e vi os filhos do Terror com aquela puta.
- Por que eles estão aqui? - perguntei baixo vendo que os dois estavam dormindo.
- Precisamos conversar. - Gui falou e apontei pra cozinha - Me da um pedaço ai.
- Vai dar minha mão na sua cara. - falei me sentando no balcão da cozinha - Por que eles estão aqui?
- Milena morreu na invasão. - falou e deixei o prato cair - Porra Alyssa, ai eu podia ter comido esse pedaço!
- Vou por eles no meu antigo quarto. - ouvi a voz do Dado e encarei o Gui.
- O que você disse? - perguntei.
- Isso ai que tu ouviu, a Milena está morta. - falou de novo e continuei olhando para ele - Eles estão sozinhos Aly.
- Como você acha que a mamãe vai receber eles? - perguntei - Guilherme ela não vai gostar nem um pouco disso.
- Por isso o seu marido falou que eles podiam ficar aqui. - falou e o encarei - Até eu conversar com ela, levei um papo com o Dado e Aly, eles não tem culpa de ter o mesmo pai que a gente.
- Eu sei Guilherme. - falei e sai do balcão - Vou cuidar deles, não se preocupa.
- Obrigado, sabia que teu coração de mãe não ia deixar eles sozinhos. - falou e dei um sorriso fraco.
- E o Rafael, vocês conseguiram achar ele? - perguntei e ele ajeitou a postura.
- Dado vai conversar com você. - falou e assenti - Tem problema do Chuck cair aqui?
- Sofá é todo dele. - falei, ouvi a risada dele e voltamos pra sala.
- Falei que o Bubu pode cair lá em casa. - Charuto falou olhando pro Gui - Eu e o Orelha dormimos com a Amanda.
- Beleza, sobrou o quarto de hospedes, se você quiser Chaminé. - falou e o Chuck o encarou.
- Dado aqui tem alguém quarto vago? - Chaminé perguntou.
- O único vago eu coloquei as crianças. - ele respondeu.
- E o outro está em reforma. - falei e me olharam - Sabem né, o quarto da nossa princesa.
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Destino
Teen FictionUma menina, dois caras, uma sentença. Alyssa tem uma perigosa escolha nas mãos, escolher entre Rafael pai do seu filho, o cara que seria o amor para o resto da sua vida ou Henry mais conhecido como Chuck perigoso, ousado e dono do morro do livrament...