Rato Pov
Dado estava cheio de ciúmes, dava pra ver na cara dele. Falei de novo pra ele ir lá pra casa e foi, Jordan apareceu cuidando dos outros feridos e quando parou veio pro lado do Chuck, falou umas coisas e ficou olhando pra ele. Chuck estava sendo o pai que ele não teve.
- Ele vai ficar bem. - falei e o Jordan me olhou - Só vacilou com a gente, mas é forte.
- Dado está cuidando da Aly. - falou e assenti - Vou ajudar o Charuto.
- Quero tu no meio não. - falei e ele me olhou - Vai ficar com o Dado e a Aly.
- Quero ajudar. - falou e neguei.
- Ajuda ficando longe dos negócios. - falei e ele concordou.
- Tudo bem. - falou antes de sair.
Vários vapor me passaram rádio falando as coisas, perguntando se o Chuck estava mesmo bem e se era eu que estava de frente agora. Respondi que ele precisava de um tempo e que sim, eu estava de frente até ele melhorar.
- Vou ter que ir na boca, vou num pé e volto no outro. - falei olhando pra ele que estava pálido - Nos dois vacilou, mas tu é meu irmão porra, vai embora assim não.
Sai da enfermaria indo em direção a boca, geral me olhava meio preocupado e os protegidos do Chuck que colaram nele pra tentar algo se levantaram, se vierem de caô vão conseguir, porque quem manda nessa porra agora sou eu e só quem me tira daqui é o Chuck.
- Orelha avisa o Chaminé e o Bubu. - falei e ele assentiu ainda me olhando - Lupa quero tu lá na enfermaria, não sai de perto dele e não deixa ninguém chegar!
- Beleza mano. - falou subindo na moto dele e foi.
- Pessoal do Dado, ele está lá em casa Charuto vai levar cês lá. - falei e eles se levantaram - Pode geral ficar lá na área da piscina, bebem um pouco e relaxem.
- Estamos de plantão. - uns falaram.
- Aqui fiquem relaxados, Dado vai concordar comigo. - falei e eles fizeram toque comigo antes de irem.
- Tu não manda aqui não! - um dos protegidos do Chuck falou - Tem que ser quem ele confia, quem ele queria.
- Depois de mim ele colocou alguém como sub? - perguntei e os que me conhecem mesmo negaram - Então baixem a bola e me engulam!
- Cês nem são daqui mais! - outro falou e o Orelha bateu com o cabo na arma na cara dele.
- Fala de novo filho da puta! - meteu a ponta da fuzil na cara dele - VAI PORRA, FALA QUE NOS NÃO É DAQUI, FALA CARALHO!
- É VERDADE, ELE ESCULACHOU VOCÊS! - gritou e o Orelha meteu o cabo no nariz do cara de novo.
- Quem manda nessa porra é nós! - Orelha falou apontando prós menor com a fuzil - Quem tá desde o início sabe que aqui é irmandade, foda-se se ele esculachou a gente, se mandou nos meter o pé, metemos a cara, peitamos e fazemos a porra toda pelos nossos!
- Tá de vacilação, se não fosse eles esse morro estava morto! - um lá de trás falou e começou a falação.
Cada um falava de algo que se não fosse nos três apoiando o Chuck o morro estava na merda, os protegidos logo colocaram os rabinhos entre as pernas e ficaram na deles. Comigo essas porras não se criam, só tenho amizade com os da antiga e são poucos por que a maioria rodou ou tá morto.
Resolvi o que tinha que resolver ali e voltei pra enfermaria, o clima estava estranho, dava pra sentir. Os moradores estavam caídos, Chuck não deixava faltar nada pra eles e saber que o cara que deu vida, deu uma razão pra eles nesse estado deve dar algo estranho. Cresci com esse merda, estamos brigados e estou aqui cheio de medo.
Karen Pov
Levantei passando a mão na minha barriga e peguei meu celular, tinha muita gente me mandando mensagem, principalmente as meninas perguntando como eu estava. Eu estou normal, eu gosto do Chuck de verdade, mas não a ponto de amá-lo.
Na verdade acho que eu gosto do poder que tenho com ele, de ter as coisas e do pouco carinho que ele tem comigo. Estou preocupada com ele, estamos juntos e ele é o pai do meu filho, não estou preparada pra ser mãe solteira.
Eu fiz um inferno na vida dele com a Alyssa só pra ter ele e quando vi a cara de desespero dela quando o viu ali no chão me fez perceber que mesmo ela estando com o Dado ela ainda o ama, o que eu sinto pelo Chuck não chega nem perto do que ela sente.
Tomei um banho, me arrumei e fui tomar café, escovei meus dentes e respondi algumas mensagens, todos estavam com medo do Chuck morrer, espero que isso não aconteça. Rebeca me falou que o Rato estava de frente e era raro sair da enfermaria.
- Oi Lupa. - falei quando entrei na enfermaria.
- Vou avisar logo, Alyssa está aí porque deu merda e o Rato não quer tu fazendo escândalo. - falou me olhando e assenti - Tentaram falar contigo, mas tu não atendeu ninguém.
- Eu tomei remédio. - falei, eu realmente tinha tomado remédio para dormir.
Quando me aproximei de onde ele estava, vi a Alyssa com metade dos braços sujos de sangue, Dado estava ali com ela enquanto o Rato, Charuto e o Orelha estavam do outro lado, me aproximei deles, o Charuto acenou de leve e prestei atenção no que ela fazia.
Parte do peito dele estava aberto, ela fazia as coisas com rapidez e com uma facilidade que me surpreendeu, Dado limpou os braços dela quando terminou e pegou umas coisas, provavelmente para fazer o curativo, quando terminou ela se apoiou no Dado.
Fiquei observando o carinho que eles tem um com o outro e neguei, Chuck nunca teve ciúmes de mim, dos aliados dele o único que não peguei foi o Chaminé porque ele nunca deu confiança, mas o Dado e o Bubu, já aproveitei muito, mas o Dado também só me comia e nem dava dinheiro só o Bubu.
- Pode ir lá resolver as coisas. - ouvi ela falar pro Dado - Jordan daqui a pouco chega e o Rato vai ficar aqui também.
- Eu to despreocupado. - falou abraçando-a - Confio na mulher que tenho.
- Que bom. - deu um beijo nele.
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Destino
Teen FictionUma menina, dois caras, uma sentença. Alyssa tem uma perigosa escolha nas mãos, escolher entre Rafael pai do seu filho, o cara que seria o amor para o resto da sua vida ou Henry mais conhecido como Chuck perigoso, ousado e dono do morro do livrament...