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Alyssa Pov                                      

   Dei outro beijo no Dado e ele saiu, o Gui ficou o tempo todo perto de mim, Jordan apareceu e os meninos foram resolver umas coisas. Karen ficou só cinco minutos ali com o Chuck e foi embora, fiquei umas três horas ali fazendo exames em meia e meia hora.

- Aly, Aly. - ouvi o Jordan me chamar.

   Quando me virei o Chuck estava olhando em volta e parou em mim. Senti uma pontada na barriga, igual quando senti quando o Dado se despediu de mim antes de vir pra cá, me aproximei dele na hora e o vi abrir a boca, mas não saia nada.

- Está tudo bem Chuck. - falei, ele levantou a cabeça e voltou a deitar fazendo careta - Estou cuidando de você, logo volta a rotina.

- Dá mais esse susto na gente não pai. - Jordan falou pegando a mão dele.

- Vou deixar cês não. - falou me fazendo sorrir.

- Vou passar um rádio pro Gui. - falei e o Jordan pegou ele dá minha mão.

- Eu passo, vê se está tudo bem com ele mãe. - falou se afastando e me aproximei.

- Sente alguma coisa? - perguntei.

- Meu peito dói e a cabeça também. - falou e assenti pegando o remédio - O que tu tá fazendo aqui?

- Dado me chamou pra cuidar de você, a outra tinha te dado como morto. - falei olhando-o - Salvei sua vida Henry, cuide dela.

- Então eu te devo uma né? - perguntou pegando minha mão - Obrigado doutora.

- Não me deve nada. - falei e ele fez carinho na minha mão.

- Tu salvou minha vida. - falou e puxei minha mão - Quando precisar só falar.

- Não vou precisar. - falei e ouvi uma gritaria.

- Cadê o filho da puta? - Charuto perguntou.

- E isso aí, cadê o cuzão? - Orelha veio logo atrás.

   Dado e o Gui vinham logo atrás, ele não tinha ido pra Rocinha? Me afastei deixando-os conversarem e fui pra porta da enfermaria, Karen, Rebeca e a Thayla estavam do outro lado sentadas na calçada, passei a mão na minha barriga sentindo uma dor e me apoiei na parede.

- Lupa, chama o Dado. - falei e ele me olhou preocupado - Por favor.

- É a bebê? - perguntou baixo e assenti - Vou chamar.

   Essas dores são normais, mas hoje está mais forte. Dado apareceu já colocando a mão na minha barriga e fazendo uns carinhos, parece reconhecer a voz, o toque dele. Gui apareceu metendo a mão na minha barriga também preocupado e a dor parou, ficou os dois competindo pra ver quem ia ficar ali fazendo carinho.

- Sai mano, é minha afilhada. - Gui falou e o Dado riu.

- Tu não é o padrinho e é a minha filha. - falou calmo e comecei a rir.

- Quem vai ser o padrinho? - perguntou.

- Orelha junto com a Amanda. - falei.

- Por que não dá pro Charuto? - perguntou.

- Pode ser uma boa. - Dado falou me olhando.

- Precisamos fazer outro filho, porque eu quero que o Orelha seja padrinho de um filho meu. - falei olhando para o Dado e eles me olharam surpresos - O que foi, não quero um time de futebol, mas quero um trio.

- Vamos providenciar logo. - Dado falou sorrindo.

- Mãe depois me passa tudo o que ele vai precisar. - Jordan falou de aproximando - Vou voltar pra cá, ajudar ele até melhorar.

- Tudo bem Jordan. - falei e olhei pro Gui - Vai ficar de frente mesmo?

- Até o Chuck ser liberado por você. - falou e assenti - Quando tu liberar eu volto pra Rocinha.

- Os meninos vão ficar? - perguntei.

- Só o Orelha, Charuto vai ficar lá contigo. - falou e olhei pro Dado.

Dado Pov

   Meu plano era voltar pra Rocinha, mas quando sai da enfermaria a Karen veio logo atrás falando várias merdas no meu ouvido, falando que a Aly ia voltar pro Chuck, que ela poderia me apresentar a uma amiga ou que eu deveria voltar pra Vitória, isso me deixou puto.

   Quando ouvi a Aly falar que temos que providenciar mais um bebê, travei. Ela quer ter outro filho e dessa vez o filho terá meu sangue, não que a bebê não será minha, mas saber que ela quer um meu, um com o meu sangue me deixou em choque, valeu a pena esperar por ela.

- Vamos. - falou parando ao meu lado - Deixei tudo anotado pro Jordan.

- O que precisar tu me liga. - falei pro Jordan que assentiu - Aí eu trago ela aqui pra resolver.

- Tudo bem. - falou abraçando a Aly - Vou sentir sua falta mãe.

- Eu também Jordan. - falou retribuindo o abraço.

- Cuida direito aí do parceiro. - falei fazendo toque com ele.

- Pode deixar Dado. - falou sorrindo.

- Lucas está vindo. - falei pra Aly que me olhava sorrindo - O que foi?

- Você está com um brilho nos olhos. - falou e olhou para as garotas que não tiravam os olhos dela - Vamos tomar um açaí?

- Agora? - perguntei e ela jogou a cabeça pro lado - Vamos, precisamos começar a escolher o nome.

- Nem fala. - falou e peguei sua mão apertando - Podemos conversar quando chegar em casa?

- Sobre? - perguntei.

- Nós dois. - respondeu e concordei.

   Paramos em uma lojinha de açaí e comecei a rir da cara que a menina fez quando a Aly pediu o de um litro, colocou o que queria e fiquei ali na porta vendo alguns nos meus homens se aproximarem e ficarem envolta da loja, muita gente que passava ficava olhando.

- Eu preciso ir no banheiro, paga meu açaí. - Aly falou me dando dinheiro e saiu correndo.

   Fiquei olhando a menina terminar de preparar o açaí e coloquei o dinheiro da Aly no bolso pegando minha carteira, ela pensou nas crianças não. Pedi outro de um litro com o que eles gostam e paguei, logo entrou umas garotas junto com a Rebeca e sentaram próximo de onde eu estava.

- Aqui está, mais alguma coisa? - a menina do açaí perguntou.

- Me vê um médio só com granola. - falei e ela assentiu.

- Então esse que é o famoso Dado? - ouvi uma das meninas perguntar.

- Ele mesmo, já peguei. - outra falou, nem lembrava dela - Gostoso em todos os sentidos e mete bem a beça.

- Quero. - outra falou fazendo elas rirem.

- Dado, Lc chegou. - ouvi um dos seguranças falarem.

- Boa. - falei colocando a bolsa com os potes na bancada e olhei pra menina que tinha me entregado o açaí - Pode por no freezer pra mim?

- Claro. - falou e dei o dinheiro do meu açaí e uma gorjeta.

- Quando minha mulher voltar fala que estou ali fora. - falei e ela assentiu sorrindo.

- Pode deixar senhor Dado. - falou e fui pra frente da loja.

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