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Alyssa Pov

   Acordei primeiro que o Dado e fui ver os meninos, os dois já estavam acordados e sentados em suas camas, Du coçando os olhos e o meu pequeno com bico de quem quer chorar, fui direto nele o abraçando e pareceu ter sido que ele precisava pra começar a chorar.

   Me sentei na cama e ele sentou no eu colo chorando muito, aquilo me doia, ver o meu filho assim me deixava triste. Queria poder chorar juntinho com ele, mas deveria ser forte, Du pulou da cama dele pra do Enzo e o abraçou também.

   Tentei acalmá-lo e nada, ouvi passos rápidos e o Dado apareceu na porta com uma glock na mão e escondeu quando viu o que estava acontecendo, ele sai dali e voltou se sentando ao meu lado, Du sentou em seu colo e olhava preocupado pro meu pequeno.

- Eu quero o meu papai. - ele falou soluçando - Ele precisa de mim mamãe.

- Seu papai está bem. - Dado falou, ele ainda não tinha conversado comigo - A vó Lorena está com ele.

- Eu quero ver o meu papai tio Dan. - falou e o Dado me olhou.

- Ei filho, logo você vai ver o seu papai. - falei e ele assentiu tentando parar de chorar.

- O papai Gui ta bem? - Du perguntou.

- Ele está com a tia Lua. - respondi e balançou a cabeça - Sabem quem está lá embaixo?

- Quem? - perguntou, olhei para o Lorenzo e ele continuava chorando.

- Tio Chuck. - falei e o Dado levantou colocando o Du no chão.

   Ele desceu correndo e o Dado pegou o Lorenzo no colo falando que o Rafa está bem, que vai ver com a minha mãe quando vamos poder ir lá ver ele e foi assim que meu bebê se acalmou descendo atrás o Du, abracei o Dado e lhe dei um beijo.

- Vamos conversar depois. - falou e assenti - Vamos acordar seus irmãos?

- Vamos. - falei.

   Fomos pro antigo quarto do Dado e a menina já estava acordada, a mesma passava a mão no cabelo do menino que dormia tranquilo, nos olhou um pouco assustada e o Dado sentou na cama, continuei em pé olhando para eles.

- Eu sou a Alyssa, irmã de vocês. - falei e ela concordou - Vocês vão ficar um pouco aqui, até minha mãe voltar.

- Eu quero meu pai. - ela falou e o Dado me olhou.

- Seu pai está preso. - falei e ele me olhou meio assustado - Vocês estão seguros aqui.

- Está com fome? - perguntei.

- Sim. - falou e Dado se levantou.

- Bora lá pra baixo comer. - falou chamando ela pro colo e negou.

- Tenho que cuidar dele. - falou e neguei.

- Pode ir, eu cuido. - falei e ela concordou.

   Eles desceram e fui até o menino balançando-o, ele abriu os olhos e ameaçou chorar, mas logo o peguei no colo ninando ele e logo estava sorrindo, perguntei quantos anos ele tinha e fez sinal de dois com os dedos, lavei o rosto dele e descemos.

- Qual o nome de vocês? - perguntei pra menina.

- Maísa e o dele é Marcos. - falou e assenti.

- Lorenzo, Eduardo vamos pra cozinha. - falei e eles vieram pra perto de mim.

- Quem é ela mamãe? - Lorenzo perguntou e vi a cara feia que o Du fazia.

- Eles são filhos do Terror. - falei e o Du me encarou.

- Ele me trocou por causa deles. - falou cruzando os braços.

- Ei, eles não tem culpa. - falei e o Du continuou de braços cruzados - E outra, seu pai é o Guilherme, pai é quem cria.

- Então o tio Dan também é meu papai? - Lorenzo perguntou na hora que ele entrou na cozinha com o Chuck e o Lima.

- Sim pequeno, tio Dan também é seu papai. - falei e o Dado sorriu pra mim.

- Eu quero comer. - Du falou descruzando os braços.

   Fiz um café da manhã reforçado e pedi pro Dado chamar todo mundo, eu tinha acostumado com a casa cheia, chamei até os seguranças que ficam aqui no portão, eles tinham se tornado meus grandes amigos, nos bailes então, enquanto o Dado resolvia algumas cosias eu colava neles e nas mulheres deles.

   Deixei todos lá tomando café e fui pra piscina sendo seguida pelo Dado, me sentei na mesa com o meu café e ele se sentou de frente pra mim, ficamos bons minutos ali sentados, tomando nosso café e um encarando o outro, eu queria saber do Rafa e ele uma hora ia ter que me contar.

- Chegamos a tempo lá. - falou e o olhei séria - Mas o Coringa fez um estrago nele em pouco tempo.

- Ele está bem? - perguntei e ele negou.

- Sua mãe falou que ele passou por duas cirurgias. - falou e soltei o garfo - Ele vai ficar bem, transferi ele pro hospital onde eu possa te levar.

- Tem riscos dele morrer? - perguntei.

- Não mais, agora ele está instável. - falou e assenti passando a mão na minha barriga - Desculpa não ter avisado quando pude, Chaminé estava resolvendo as coisas lá no morro.

- Eu te entendo. - falei e sorri ao sentir Débora se mexer.

- Ela está mexendo? - ele perguntou animado e concordei.

- Vem logo papai. - falei.

   Ajoelhou-se na minha frente passando as mãos por onde ela mexia, vi a Lua vir em nossa direção com o povo e o Gui a abraçou por trás também passando a mão em sua barriga, nos arrumamos ali e deixei as crianças irem pra piscina.

- Vou falar, tô doido pra sentir isso aí. - Gui falou fazendo todo mundo rir - Deve ser mó legal.

- Você sentiu a do Lorenzo e do Du. - falei e ele sorriu.

- Agora é diferente né, minha cria. - falou e sorri.

- Meu filho ainda não mexeu comigo. - Chuck falou e o Dado parou o carinho na minha barriga.

   Sei que ele não gostava desse assunto, mas desde que o Chuck se reaproximou o Dado se fechou, sempre que o assunto era filho entre eles o Dado era o primeiro a cortar o assunto, talvez seja medo do Chuck descobrir e tentar tirá-la de nós, mas ele não seria capaz disso.

- Não te vi tomar a vitamina. - Dado falou se levantando - Volto rápido.

- Por que ele está assim? - Amanda perguntou baixo.

- Ainda não conversamos, mas tenho certeza que é por causa do Chuck. - falei e ela negou - Você sabe, sobre a Dê, todos aqui sabem que ela é do Chuck.

- Ele não precisa se preocupar. - falou passando a mão no rosto.

- Mas acontece. - falei.

   Nunca mais tivemos notícias do Coringa, minha mãe aceitou bem a ideia de cuidar dos filhos do Terror, tratava eles como se fossem dela. Enzo e o Du já tinham se acostumado, minha mãe tentou pegar o Du para morar com ela, mas ele preferiu ficar comigo e o Dado.

   Me sentei no sofá ligando a TV e fiquei ali por um bom tempo até a porta ser aberta, vi o Dado entrar todo suado e apontei pra escada, quer jogar bola e vir me abraçar todo suado? Não mesmo. Ouvi sua risada e desliguei a tv indo atrás dele, essa semana ainda não tínhamos transado e estava com saudades.

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