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Luana Pov

   Depois de ouvir a Aly falar tudo aquilo na frente de todo mundo me deu força pra lutar pela minha família. Guilherme estava passando mais tempo aqui do que na Rocinha com a gente, várias meninas me mandaram mensagens dizendo que passaram a noite com ele, ou que tinham ficado com ele.

   Muitas falaram vários tipos de coisa, mas apenas uma me magoou, em uma das mensagens era uma foto dele conversando com a Rebeca no bar do tio Luiz, aquela foto me matou, eu queria saber se ele está ou não me traindo com ela, mas preferi ficar na minha, não contei pra ninguém dessas mensagens.

- Por que está com essa carinha? - perguntou se afastando um pouco - Estava toda feliz hoje cedo.

- Não é nada. - falei e peguei sua mão apertando-a - Volta logo pra gente ta bom?

- Vocês vão ter que me aturar por muito tempo ainda. - falou sorrindo e coloquei sua mão em minha barriga.

- Estou falando de nós dois. - falei fazendo ele olhar pra minha barriga surpreso - Quero minha família completa.

- Tu está falando sério? - perguntou ainda surpreso - Luana, tu não brinca comigo não porra.

- Fiz um mês semana passada. - falei e ele deu um sorriso.

- Por que não me contou quando soube? - perguntou e dei de ombros.

- Você estava ocupado aqui, não queria te atrapalhar. - falei e ele negou.

   Senti um vazio quando ele tirou a mão da minha barriga, o vi ir pro meio da rua e por a fuzil pra cima deu uma rajada só começando a gritar me encarando, comecei a rir e neguei quando ele me pegou no colo e começou a beijar meu rosto, ali pude sentir que ele ainda era meu, só meu.

- Eu te amo tanto Luana. - falou me colocando no chão e me deu um beijo - EU VOU SER PAI CARALHO!

- Precisava de uma rajada dessa justo agora? - o Lima perguntou rindo.

- Vai se fuder filhote de cruz credo! - falou rindo - Vou ser pai porra, minha mulher ta grávida!

- E TU NÃO ME CONTOU DESGRAÇA? -Amanda gritou vindo me abraçar com a Aly.

- Mais um Castro a caminho! - Aly falou me fazendo sorrir.

- Parabéns cunhado. - ouvi a voz do Dado.

   Todos nos parabenizaram e abracei forte o Gui antes deles irem, continuamos ali na lojinha e o Jordan tinha ficado responsável por nos três. Tomamos um açaí pra tentar acalmar e vi a Rebeca se aproximando com a Karen, Thayla e mais duas meninas que começaram a rir quando olharam pra Aly, só vi a Amanda encarar elas.

- Tão rindo do que, tem algum palhaço aqui? - ela perguntou cruzando os braços, essa foi literalmente criada com o Chuck, mesma marra - Fala ai suas filhas da puta!

- Chuck já avisou que não quer ninguém arrumando confusão com elas. - Karen falou e acenou com a cabeça pra gente - Jordan depois pega a sua moto lá em casa.

- Pode deixar Karen. - ele falou e a Amanda revirou os olhos.

- Vai começar a chamar ela de mãe também? - Amanda perguntou baixo pro Jordan que negou.

- Mãe só tive uma e ela já morreu. - falou e olhou pra Alyssa - Mas ai Deus colocou essa mãezona aqui na minha vida.

- Vem cá meu filhote. - o chamou abraçando-o - Estou orgulhosa hein, só elogios lá no curso.

- Aprendi com a melhor. - ele sorriu dando um beijo na bochecha dela.

- Impressão minha ou a Rebeca está de peruca? - perguntei e vi a troca de olhares entre a Aly e o Jordan - Aconteceu algo que não ficamos sabendo?

- Quando eu parei no hospital, foi por causa dela. - Aly falou e a Amanda virou a cabeça igual a menina do exorcista - Ela e aquelas duas meninas ficaram falando de como era bom transar com o Dado.

- Meu amor, se a Thayla fala umas merdas dessa pra mim do meu Charutinho. - Amanda falou nos fazendo rir - Eu quebro ela em duas Thayla.

- E o que a peruca tem haver com isso? - perguntei.

- Aquelas duas apanharam feio dos caras. - Jordan falou pras meninas que estavam com elas - Já a Rebeca o Rato espancou pra valer, bateu nela como se estivesse batendo em homem.

- Gui não tem pena quando é por causa da família. - Amanda falou e concordei.

- O meu pai mandou machucar mais e raspar a cabeça. - ele completou e o encarei.

- O que o Guilherme fez? - perguntei já me preparando pra ouvir a resposta.

- Raspou a cabeça dela e deu dois tiros, um na coxa e o outro no pé. - falou e a Aly olhou pra cima - Enjôo mãe?

- Nervoso mesmo. - falou.

- Mais que merecido. - Amanda falou e neguei.

- Vamos pra casa? - perguntei.

- Vamos, vou chamar o Lucas. - Aly falou se levantando.

- Ai Karen, to indo pra rocinha. - Jordan falou chamando atenção não só da Karen como das outras - Quando o meu pai chegar fala que fui pra casa da minha mãe.

- Pode deixar, toma cuidado. - ela falou e acenou pra gente.

- Vem cá, o que rolou com ela? - Amanda perguntou.

- Meu pai mandou a real. - Jordan deu de ombros.

- Que real? - perguntei.

- Que ele ainda ama a minha mãe. - falou e neguei rindo - Mas que ele quer ter uma boa relação com ela por causa do bebê.

- Vamos gente. - Aly falou e entramos no carrro.

   Fomos o caminho todo em silêncio, Lucas chegou até a ligar o rádio. Acha bonito a confiança que o Dado tem no primo, principalmente depois que ele quase morreu e a Aly o salvou. Chegamos na rocinha e ficamos lá em casa, contei para a tia Lore do novo bebê a caminho e ela começou a me mimar.

- Eu acho que vou pra casa. - Aly falou olhando pro Lorenzo - Estou precisando descansar um pouco.

- Você me deixou muito orgulhosa hoje. - Amanda falou chamando a atenção dela - Sério eu não conseguiria passar por tudo o que você passou, na situação atual e ir lá enfrentar o Chaminé pra ajudar o Rafa.

- Ele foi um bom marido e é um bom pai. - falou e massagiei minha barriga - E de qualquer forma não posso abandoná-lo.

- Eu faria o mesmo. - falei - Mas não teria sido com a coragem que você teve.

- No dia que você ou esse bebê for ameaçados, você vai entender. - falou me olhando e neguei.

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