Rato Pov
Minha mãe tinha ido pro quarto e pelo visto não ia voltar tão cedo, ela foi a que mais sofreu as consequências depois que meu pai foi embora, ela também estava grávida e foi foda segurar a barra, ela e Alyssa grávidas ao mesmo tempo foi osso.
Ainda não estava totalmente envolvido, o Rafael estava viajando quando a Aly foi ter o Lorenzo então eu fiquei o tempo todo ao lado dela na hora do parto e depois com a minha mãe, ela detesta que o Du me chame de pai, mas eu sou a única referência.
Cuidei e cuido dele como pai mesmo, sei que sou o irmão, mas depois que minha mãe teve depressão depois do parto eu que cuidei do Du, Henry até me deu licença paternidade, pq além de cuidar do Du ajudei a Aly, foi uma barra cuidar dos dois, mas deu tudo certo.
- Ei, vamos comer? - Aly me olhou.
- Tô sem fome. - respondi.
- Vamos meninos. - ela chamou.
Foram pra cozinha e peguei meu celular vendo algumas mensagens dos caras e das putas, incrível como chove mulher depois que você se envolve. Alyssa virando a nova médica da enfermaria vai dar uma merda do caralho, porque vão dar em cima dela, as garotas vão querer ir pra cima, vai ser um inferno.
Quando ela estava casada com o Rafael só ficava em casa, era raro sair, ir pra baile eu colocava ela no camarote, mas era ela com as amigas e eu na minha. Minha maior preocupação é com o Henry, ele sempre foi afim dela e quando contei que ela estava grávida do Rafa ficou louco.
- Os meninos estão comendo. - falou se sentando ao meu lado - O que foi?
- Só to preocupado. - falei pegando sua mão - Vai me contar do caô entre você e o outro não?
- Coisa nossa. - respondeu e assenti - Desculpa, é que o assunto é pessoal.
- Relaxa, eu entendo. - falei vendo-a sorrir fraco.
- Acha que ele vai trazer eles? - perguntou e encarei a porta.
- Não sei, minha única irmã é você e meu único irmão é o Du. - falei e ela sorriu - Vocês são os únicos na minha vida.
- Vocês também. - me abraçou com cuidado - Vamos trocar os curativos?
- Aí porra. - falei ouvindo sua risada - Esse caralho dói.
Voltou do quarto com uma maleta e separou as coisas, os garotos estavam quietos na cozinha e isso me assustava, quando eles não estavam caindo na porrada estavam aprontando, eles são dois terrorista, quero eles virando doutores, não quero essa vida pra eles.
Aly começou a refazer os curativos e a encarava imaginando vários jeitos de torturá-la, porque isso não é cuidado, é tortura, arde pra caralho essa merda que ela passa pra não inflamar. Depois do almoço ela colocou as crianças pra dormir e veio ficar comigo vendo filme.
Minha mãe tinha descido pra comer algo e voltou pro quarto, ignoramos, era sempre assim quando o assunto era o meu pai. Já passava de onze horas quando bateram na porta, Aly Se levantou na hora e subiu, quando voltou estava com uma arma na mão e a encarei surpresa.
- Desde quando tu sabe usar essa porra? - perguntei baixo e ela fez sinal pra ficar quieto.
Foi até a porta com calma e bateram de novo, ela colocou a mão com a arma para trás e abriu a porta devagar, de onde eu estava não conseguia ver muita coisa, só vi uma sombra e ela colocou a arma nas costas como fazia, ela vai precisar me explicar muita coisa.
- Não pensei que o "estou voltando" fosse sério. - falou e peguei meu rádio - Por que trouxe eles?
- Sai da frente logo, estou cansada! - uma garota falou e neguei.
- Guilherme. - me chamou e fiz sinal pra deixar entrar.
Logo o vi entrar com uma menina no colo enquanto a garota entrava com um menininho, revirei meus olhos, quando soube, não acreditei que ele tivesse trocado minha mãe por uma garota que poderia ser filha dele, a garota nos encarava vitoriosa.
- Vai querida, me mostre o meu quarto. - falou sorrindo e a encarei.
- Primeiro que essa casa é minha, a casa de vocês é bem longe daqui. - falei chamando a atenção deles e o encarei - Tu sabe o caminho da tua casa, o que veio fazer na minha?
- Não sabia que tinham se mudado. - ele falou me olhando com atenção.
- Precisávamos de espaço. - falei e ele riu.
- A casa é bem maior que essa aqui. - falou e o encarei.
- Mas não era nossa, essa já é. - falei e Aly toda hora olhava pra escada - Tua casa tá lá, suas coisas também e se quiser teu dinheiro eu te dou também, por que aqui ninguém precisa dessas porra não.
- Gui, não vale a pena. - Aly falou e sorri.
- Vocês são uns ingratos! - a garota falou - Ele da tudo do bom e do melhor e tratam o pai de vocês assim?
- Ela me chamou de ingrata? - Aly perguntou e a encarei - Quem você pensa que é pra falar assim comigo dentro da minha casa?
- Alyssa, os garotos. - falei e ela olhou pra escada.
- Metem o pé daqui! - ela falou encarando-os - Vamos, saiam daqui!
- Quero ver sua mãe e o Eduardo. - ele falou e o encarei.
- Tu quer ver o caminho da tua casa. - falei.
- Aquilo é passado. - ele falou e neguei.
- Tu nunca deu um oi pro Du, nunca viu o moleque, sempre ignorou por causa da nova família! - falei e a garota me encarou com raiva - Eu e a Alyssa entendo, eu apontei uma arma pra você e ela vacilou, mas o Du tava na barriga ainda!
- Mamãe. - ouvi a voz do Lorenzo.
- Droga! - falei tentando me levantar.
- Sentado! - Aly apontou pra mim e o pegou no colo - Fala meu amor.
- Quero o papai. - falou olhando para meu pai e as crianças.
- Vem com o tio. - falei e ela colocou ele no meu colo - Amanhã tu vê o papai.
- Du acordou também? - Aly perguntou.
- Tá com a vovó. - respondeu e vi meu pai sorrir olhando para o Lorenzo.
- Ela realmente não abortou. - a garota falou encarando Lorenzo que me apertou.
- Que inferno, que inferno! - Aly falou e bateram na porta de novo.
- Abre aí Aly! - ouvi a voz do Charuto.
- Pode entrar irmão! - falei alto e ele abriu a porta encarando meu pai de primeira - Pequeno olha pro tio.
- Tá fazendo o que aqui Terror? - perguntou indo pra cozinha esconder o fuzil - Tudo tranquilo por aqui?
- Oi tio. - Lorenzo falou quando ele voltou.
- Fala meno. - bateu na mão dele me fazendo rir.
- Alyssa, mostra um quarto pra ela. - meu pai apontou pra garota - As crianças estão cansadas.
- Tua casa tá lá no mesmo lugar. - Charuto falou apontando pra cima.
- Por favor. - falou.
- Aqui eles não ficam! - Aly falou.
- São seus irmãos! - a garota falou e neguei encarando-a.
- Meus irmãos são a Alyssa e o Eduardo! - falei e ela me olhou horrorizada - Na verdade só a Aly, porque o Eduardo é meu filho.
- Bora, vou mostrar o caminho. - Charuto falou e meu pai riu.
- Não vou sair daqui. - falou.
- Charuto, leva o Lorenzo pra minha mãe e não deixa eles descerem. - Alyssa pediu e me olhou - Passa no quarto do Gui também.
- Tem certeza? - perguntou.
- Faz o que estou pedindo. - falou sem olhar para ele.
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Destino
Teen FictionUma menina, dois caras, uma sentença. Alyssa tem uma perigosa escolha nas mãos, escolher entre Rafael pai do seu filho, o cara que seria o amor para o resto da sua vida ou Henry mais conhecido como Chuck perigoso, ousado e dono do morro do livrament...