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Alyssa Pov

   Hoje estava a maior confusão, Luana foi pro hospital e estou aqui na recepção junto com a minha mãe e a Amanda que estava quase entrando em trabalho de parto também, porque só Jesus, a bicha está mais nervosa que a Luana, minha mãe tentou se informar a nada.

   Guilherme me liga de cinco em cinco segundos, já mandei tomar no cú e ele manda de volta, pedi pros meninos acalmarem ele e cadê que o filho da minha mãe sossega? Quando o médico que estava atendendo a Lua se aproximou a Amanda apertou minha mão pra nunca mais soltar.

- Alyssa, socorro. - falou devagar e vi que ela sangrava um pouco.

   O médico já chamou um enfermeiro e nem falou com a gente, já levou a Amanda e encarei minha mãe desesperada enquanto ela começou a rir de nervoso. Minha cabeça estava; ligo pros meninos avisando da Amanda ou não? Uma hora e pouquinha depois o médico voltou.

- Acompanhantes de Luana Dias e Amanda Dantas? - perguntou e concordamos - Parabéns, os bebês nasceram saudáveis.

- Que bebês? - minha mãe perguntou.

- O filho da Luana e a filha da Amanda mãe. - falei e ela olhou pro médico assustada.

- Meu deus, mas a Amanda ainda estava de cinco meses. - falou e o médico concordou.

- Sim, ela nasceu prematura, já está na incubadora. - falou e o olhei - Fizemos exames e está tudo certo com a bebê.

- E o bebê da Luana? - minha mãe perguntou - O meu neto, ele está bem?

- Sim, ele está bem e é um bebê gordinho. - falou e ela me olhou sorrindo.

- Já podemos vê-los? - perguntou.

- Por enquanto só o menino. - respondeu.

- O nome dele é Danilo. - falei e ele assentiu.

- E o da menina? - perguntou.

- Olívia. - respondi.

- Tudo bem, me acompanhem, vou levá-las para conhecer o pequeno Danilo. - falou e sorri pra minha mãe.

- Seu irmão vai morrer do coração. - falou e concordei.

   Ele nos levou até onde os bebês ficam e a enfermeira logo trouxe o Danilo pra perto do vidro que dava para o berçário, carequinha ele, estava de bico e minha mãe começou a falar que é igual ao Gui, porque quando ele nasceu também fazia esses bicos.

- Ele tem a cara de joelho mais linda desse bercário. - falei e minha mãe me deu um tapa no braço.

- Respeita seu sobrinho! - falou e comecei a rir.

- Meus filhos também nasceram com cara de joelho e ele me zoou. - falei e ela revirou os olhos - Por que eu não posso zoar o filho dele?

- Falei que não pode zoar? - perguntou - Eu falei pra respeitar a criança, fala que ele é lindo e na frente do Gui fala que parece um joelho.

- Certo. - falei voltando a olhar meu afilhado lindo - Aquela deve ser a Olívia.

- Poderiam deixar a gente entrar né? - perguntou.

- Poder podem, mas vamos esperar. - falei e ela concordou.

   Visitamos a Luana e a Amanda, já que elas estavam no mesmo quarto, falei que os bebês estão bem e a Amanda começou a chorar com medo da Olívia não conseguir aguentar, mas tendo ela e o Orelha como pais, claro que a pequena vai sair dessa.

- Ela está na incubadora, mas o médico falou que está tudo bem. - falei abraçando a Amanda - Ela precisa ficar um bom tempo para ter tudo o que precisa pra ficar cem porcento.

- Vocês viram ela? - Amanda perguntou.

- Está sendo bem cuidada. - minha mãe falou - Não pudemos entrar, mas a vimos na incubadora.

- E o Danilo? - Lua perguntou animada - Ele está bem?

- Como o Gui falou quando viu o Lorenzo. - falei fazendo a pose dele - "Mó cara de joelho".

   Com essa imitação barata eu consegui fazer a Amanda rir, nem eu ou a minha mãe avisamos ninguém, Luana só iria receber alta amanhã e a Amanda já avisou que só sai daqui com a Olívia no colo, médico assinou em baixo, deu uma de doido.

   Cheguei em casa e levei um susto vendo aquele tanto de homem levantar ao mesmo tempo, Orelha e o Charuto começaram a perguntar o que tinha acontecido, perguntaram onde a Amanda estava, o Gui só faltava cair duro pra saber sobre o pequeno.

- Fiquem calmos! - pedi com as mãos pra frente.

- Fica calmo filho. - Chuck falou pro Orelha que colocou a mão no peito.

- Vai Alyssa, fala o que aconteceu. - pediu.

- O parto da Lua foi um sucesso, Danilo nasceu saudável e gordo. - falei e o Gui começou a chorar igual bebê recebendo parabéns deles - Tem a mesma cara de joelho do pai.

- E cadê a Amanda? - Charuto perguntou.

- Eu já ia chegar ai. - falei e eles se olharam - Amanda teve um pequeno sangramento, começo de um aborto.

- Ela perdeu a bebê? - perguntaram tristes.

- Olívia nasceu saudável, mas precisa ficar na incubadora para receber todos os nutrientes necessários até atingir o peso certo. - falei e eles me olharam confusos - Ela nasceu prematura como a Dê, não consegui chegar perto para ver e a Amanda falou que só sai daquele hospital junto com ela.

- E a Luana? - Gui perguntou.

- Recebe alta amanhã. - falei e ele sorriu.

- Eu tô tão feliz. - falou voltando a chorar - Meu primeiro filho porra.

   Depois dali foi só alegria e comemoração, abracei o Dado que ria da reação deles, ele quando pegou a Dê no colo pela primeira vez chorou muito e depois ficou "é, agora eu realmente sou papai", foi muito engraçado a reação dele com tudo o que ela fazia.

- Deixou sua mãe em casa? - perguntou.

- Deixei, ela não quis vir. - falei vendo os meninos zoarem os novos papais do pedaço - Não sabia que eles estavam aqui.

- Eles chegaram quase junto contigo. - falou e o olhei - Vamos lá dormir, vou expulsar eles.

- Beleza. - falei.

   Subi e assim que entrei no quarto vi que a Débora estava acordada, brinquei um pouco com ela e fui pro banho, tirei aquele cheiro de hospital e coloquei meu pijama, antes de deitar vi o Dado entrar com os meninos no colo e colocar na cama com a gente.

- Coloca a Dê nesse bercinho do teu lado. - pediu - Eles tinham pedido pra dormir aqui e não consegui negar.

- Tudo bem. - falei.

(2/5).

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