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Um mês que estou morando na casa do Dado, já estou com três meses e o médico falou que está tudo certo com o meu bebê e ele realmente é do Chuck, o que deixou o Rafael triste. Eu e o Dado criamos uma amizade muito legal, ele me ajuda bastante com os meninos e se preocupar bastante com a minha gravidez.

Jordan sempre que tem tempo livre vem me ver, assim como as meninas e a minha mãe. Estou morrendo de saudades do meu irmão, do Charuto, do Orelha, Lupa e até do Chuck, principalmente ele, mas parece que está bem com a Karen, assumiu e tudo, fazer o que né?

Semana passada teve uma reunião deles aqui, eu me tranquei no quarto com os meninos e ficamos a tarde toda vendo desenhos, sem ninguém perceber o Gui, Charuto e o Orelha vieram aqui no quarto um de cada vez me ver, Chuck até tentou me procurar, mas desistiu no quarto dia.

- Olha o que comprei pro bebê. - Dado falou entrando no quarto com uma bolsa.

- Não vem me dizer que comprou outro ursinho. - falei e ele começou a rir.

- Dessa vez não. - falou e me entregou - Tu vai gostar, abre aí.

Tem duas semanas que o Dado vem comprando coisas pro bebê, até começou uma obra em um quarto que estava desocupado aqui para quando ele nascer, tirei a caixa da boca e abri tirando os papais de cima, dei um sorriso assim que vi o que era, um conjuntinho rosa bebê, ele e os meninos falaram que é menina.

- E se for menino? - perguntei e ele deu de ombros.

- Qual o problema dele usar rosa? - perguntou e sorri - Eu gostei mais do azul que tinha lá, mas a minha tia gostou desse.

- Obrigada Dado. - falei e ele balançou a cabeça.

- Nada Aly. - falou e ficou me olhando - Pessoal do morro começou a falar que eu tô de fiel e que tá vindo um herdeiro.

- Também né Dado, você todo dia compra alguma coisa pro bebê. - falei dando de ombros - Deixa falarem.

- Sabe que ele assumiu a Karen né? - perguntou e assenti sem olhar para ele - Sabe também que ela está grávida?

- Eu não sabia. - falei dessa vez olhando para ele que me olhava concentrado - Eles se merecem.

- Sabe também que tu não vai ser mãe solteira né? - perguntou e o encarei confusa - Vou assumir o bebê, conversei com o seu irmão e ele falou que se você aceitar sou bem vindo.

- Não precisa fazer isso. - falei e ele pegou o sapatinho.

- Vou adorar ter uma menininha me chamando de pai. - falou mexendo os dedos com os sapatinhos e sorri - Tô gostando de você, parei até de ficar com uma menina que eu pegava.

- Não precisa fazer isso. - falei e ele me olhou.

- Eu não sou o Chuck. - falou e assenti - Eu fui sincero com ela, falei que ia continuar ajudando porque o pai dela tá doente, mas que não quero ter mais relação com ela.

- Atrapalhei sua vida né? - perguntei e ele negou sorrindo.

- Deixa eu te falar. - falou de sentando do meu lado - Tem uns três anos que eu te vi lá no camarote brigando com o Rato, fiquei interessado.

- Se estávamos brigando era porque ele não me deixava dançar no meio do povo. - falei e ele começou a rir passando o braço envolta da minha barriga.

- Soube que tu era casada e foi como um balde de água fria nos meus planos, até que te vi lá no churrasco do Chuck e eles falaram que tinha se separado nossa. - falou fazendo carinho no pouco volume que minha barriga tinha - Aí fiquei sabendo que tu estava com o Chuck e quando aconteceu tudo aquilo eu quis ajudar, em nenhum momento pensei com maldade.

- Eu sei Dado. - passei a minha mão em cima da dele - Obrigada por tudo.

- De nada Aly. - deu um beijo no meu ombro.

Ficamos um tempo assim abraçados e conversando, guardei a roupinha na gaveta que separei para ir colocando as coisas e ouvi os gritos dos meninos, Lucas leva e busca eles na escolinha aqui perto do morro. Dado pegou os dois levando pro banheiro e deu um banho neles.

Essa era a nossa rotina, ele ia pra boca cedo, voltava no almoço e passava a tarde lá, voltava antes das dez da noite. Quando ele precisava ir nos morros dos outros vinha aqui avisar e nunca demorava, por isso muita gente começou a falar sobre ele ter fiel.

Guilherme já comentou comigo que antes o Dado sempre ficava depois das reuniões e até chegava a ficar com umas meninas, mas desde que vim morar aqui ele chega, resolve as coisas e vem embora o que fez os meninos começarem a desconfiar que ele arrumou uma fiel.

- Mamãe o que vamos comer? - Lorenzo perguntou subindo na cama já arrumado.

- Também quero saber. - Du falou sentando do lado do Lorenzo.

- Pensei em fazer pipoca. - falei e eles fizeram careta.

- De novo não. - falaram.

- E se o tio Dado comprar pizza? - ele perguntou entrando no quarto - Frango com catupiry e outra de calabresa.

- EU QUERO! - gritaram.

- Olha só, você está deixando eles muito mal acostumados! - falei séria, mas ele sabia que era brincadeira.

- Vai falar que a Alyssa número dois aí não quer? - apontou pra minha barriga.

- Ela quer. - falei começando a rir.

- Então eu vou lá comprar. - falou vindo até mim e me deu um selinho - Suco de maracujá?

- Eu faço. - falei sem graça e devolvi o selinho.

- Tô indo. - falou e quando olhei para os meninos eles faziam caretas.

- O que foi? - perguntei cruzando os braços.

- Vou falar pro meu irmão que você tá assim com ele. - Du falou e o Lorenzo olhou pra ele.

- Minha mamãe é solteira. - falou e sorri - Você tá com ele agora mamãe?

- Sim filho, vocês gostam do tio Dado, não gostam? - perguntei e eles sorriram.

- Ele joga bola com a gente. - Du falou.

- E me dá comida. - Lorenzo falou me fazendo negar.

- Você só pensa nisso Lorenzo? - perguntei.

- Tem coisa mais importante do que comida? - perguntou e comecei a rir.

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