- Vamos ver como se sai sem os seus amiguinhos. - Murmurou em alto e bom tom para ela ouvir. - A propósito, você está com uma coisa que me pertence e eu irei levá-la.Ao ouvir os passos dele indo em sua direção, Spencer olhou para Emma e não viu outra escolha.
- Escuta... - Sussurrou - Eu vou distraí-lo, e você precisa correr até o meu carro. Sabe dirigir não sabe? - Questionou e ela apenas assentiu. - Ligue o carro e saia daqui o mais rápido possível.
- Mas e você? Eu não vou deixar você aqui com ele. - Indagou baixinho.
- Precisa deixar. - Murmurou destravando a arma e atirando contra Matteo por cima da pedra.
- Wow... Essa foi quase em, que audácia a sua Spencer. - Comentou ele ao correr para outra pedra que havia ali.
- Vai Emma, vai... - Ordenou disparando mais uma vez para mantê-lo ocupado. Emma selou os lábios de Spencer rapidamente e saiu abaixada em direção ao carro dela. - Precisamos de armas para resolver isso? - Questionou ela em alto e bom tom para Matteo.
- Gosto de resolver os assuntos de uma vez, sem enrolação. - Respondeu ele disparando uma vez contra ela que escondeu-se a tempo, usando a pedra como escudo. - Eu estava indo muito bem Spencer, por que você apareceu? Hãm? Quando te vi pela primeira vez já sentia que algo estava errado. Mas você até que fingiu bem. - Ele ouviu mais um disparo, e logo sentiu seu braço arder. Havia pegado de raspão. - Que merda! Agora você me deixou muito bravo, esse era o meu terno favorito! - Exclamou arrancando um pedaço do pano e tentando amarrá-lo em seu braço.
Spencer aproveitou o silêncio e seguiu na direção dele sorrateiramente, sabia que provavelmente ele estaria tentando estancar o sangramento. Emma entrou dentro do carro e fechou a porta, ao ouvir o som da porta batendo Matteo virou-se para olhar, mas deu de cara com a arma de Spencer apontada para sua cabeça.
- Precisamos de armas para resolver isso? - Murmurou erguendo os braços em rendição após fazer a mesma pergunta que ela havia feito há minutos atrás.
- Gosto de resolver os assuntos de uma vez, sem enrolação. - Respondeu usando as mesmas palavras que ouvira contra ele. - Jogue sua arma para longe. - Ordenou. Ele acatou sua ordem.
- Não quero te machucar Spencer. - Disse a olhando.
- Você já me machucou há muito tempo. - Debateu o fazendo ficar confuso. - Tirou o meu mundo de mim, tirou a minha vida.
- Do que está falando? - Questionou confuso.
- O que estão fazendo aqui? - Vociferou ela repetindo as mesmas coisas que ele havia dito na noite em que seus pais foram assassinados. - Estão no apartamento errado seus imprestáveis! - Exclamou deixando o ódio dominar seu peito. Matteo logo lembrou-se daquela noite. Pois havia sido a única em que havia matado inocentes por erros dos seus capangas. - Ela viu demais, apaguem... - Murmurou entre os dentes.
- Eu sabia que seu rosto era familiar, só não me lembrava de onde. - Comentou a olhando. Pôde ver perfeitamente o rosto da mulher que implorava por sua vida antes de morrer. - Você se parece muito com ela Spencer. - Observou. Emma olhava a tudo do carro, estava em prantos por ouvir tudo. Seu pai havia realmente matado os pais de Spencer e isso lhe doía muito. - Você não terá coragem de atirar em mim, sabe por que? Você não é assassina. - Agora ele tentava mexer com seu psicológico. - Antes de sair daquela casa eu vi um retrato da sua família, aqueles idiotas não notaram isso, mas eu sabia que em algum lugar daquela casa, havia uma fedelha escondida. - Spencer sentia ainda mais ódio com suas revelações. Ele então ergueu-se ficando frente a frente com ela que acompanhou cada movimento com sua arma ainda apontada para ele. - Eu teria te procurado, se não tivesse tão pouco tempo para isso, mas pensei que uma fedelha qualquer jamais me atrapalharia. Só não imaginava que se tornaria o que é hoje e acabaria com todos os meus negócios. Devia ter te matado quando tive a chance.
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A Escolha (Um Romance Lésbico)
RomanceSinopse: Deixa Eu me apresentar, Spencer Coleman, é o meu nome e eu perdi os meus pais quando tinha 5 anos, mesmo com a pouca idade aquela noite jamais saiu da minha mente, muito menos algo que me faria reconhecer o culpado por isso. 17 anos se pass...