olá, de novo :)
Maio de 2015
Fazia quase duas semanas que eu estava no hospital. Minha perna não doía tanto, mas eu ainda não podia andar sem ajuda, seja de muletas ou cadeira de roda. O detetive Reid ainda vinha me encher de perguntas, ele ainda não estava convencido na minha inocência.
Eu estava sentada na cadeira de roda enquanto tomava café da manhã. Mamãe havia acabado de chegar segurando uma pequena maleta.
— Trouxe algumas coisas que talvez você precise — falou ela enquanto colocava a maleta na poltrona ao lado
— Você acha que vão demorar a me dá alta? Me sinto muito melhor — falei enquanto colocava um pedaço de bacon na boca — Você bem que poderia dizer a eles que eu já posso voltar para casa, mamãe .
— Você vai ficar o tempo que for necessário, Jade. Tenha paciência.
— Não aguento mais esse hospital. Nem aquele detetive vindo aqui me torturar.
— O detetive Antonio Reid é muito simpático, filha. Ele só está tentando descobrir a verdade.
— Mãe, ele acha que eu sou culpada. Alias você também deve achar isso, e papai também, por isso nunca vem me visitar. Ele me odeia.
— Querida, seu pai não te odeia. Você é filha dele. Ele só está ocupado trabalhando — disse ela e me dei conta que ela não negou que sou culpada.
Eu estava terminando meu café quando vejo um senhor de cabelo grisalho e óculos fundo de garrafa entrar no quarto. Ele estava acompanhado da enfermeira que cuidava de mim. Ele usava um jaleco e logo presumir ser algum medico.
— Bom dia, Jade. Como está se sentindo hoje? — perguntou ele
— Me sinto bem melhor, na verdade me sinto melhor que nunca. — respondi na tentativa de receber alta
— Isso é muito bom, Jade. Queremos que você saia daqui totalmente curada — disse ele enquanto pegava a prancheta com informações medicas atrás da cadeira de roda — A propósito. Sou o doutor Dave Poter, chefe da ala de psiquiatria do hospital. Olhei para mamãe, mas ela encarava os sapatos.
— Certo — respondi — Mas o que isso tem a ver comigo?
— Devido aos últimos acontecimentos, Jade, achamos que seria melhor você participar do nosso programa de terapia para jovens, aqui no hospital — olhei para mamãe e ela continuava encarando os malditos sapatos.
—Você quer me internar? Eu não sou louca! — falei, mas acho que saiu mais como um grito, pois o doutor Poter se afastou de mim
— Não acho que você seja louca, Jade. Mas queremos evitar que você possa cometer algum dano a si mesma. Não queremos que se machuque. — falou enquanto ajustava os óculos. Ele tinha uma cara de medo, não de mim, mas da vida.
— Você acha que eu vou cometer suicídio? Mãe, isso é ridículo. Estou bem, sério. — minha mãe finalmente me encarou, havia quase uma suplica nos seus olhos para que eu aceitasse esse programa.
— Jade, é por pouco tempo. Duas semanas no máximo. — disse ela
— Exatamente, Jade! Queremos que você se cure física e emocionalmente. — falou o doutor estranho. De jeito nenhum eu vou ser internada.
— Não! Eu não vou a lugar algum! — tentei me levantar da cadeira de rodas, mas as muletas estavam longe de mim — Estou bem!
O doutor Poter olhou de mim para a enfermeira que saiu em seguida, trazendo dois brutamontes vestidos de branco. Eles me seguraram na cadeira enquanto eu me debatia. A enfermeira tentava se aproximar com uma seringa na mão. Provavelmente iriam me dopar
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A Lista Negra - Jerrie
RomanceDizem que devemos ter cuidado com o que desejamos, mas e se ao deseja a morte de uma pessoa isso acontecesse? O namorado de Jade Thirlwall, Jed Elliot, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-l...