Trecho do jornal The Shields Gazette, repórter Chelsea Briggs
Allyson Brooke, 16 anos, Ally, uma aluna que havia recebido medalha de honra ao mérito por suas notas altas, estava se despedindo de amigos antes de correr para as aulas do primeiro período quando o primeiro disparo foi feito. De acordo com testemunhas, Allyson parecia ser um alvo deliberado, pois Jed Elliot se abaixou para atirar nela quando ela se agachou atrás de uma mesa.
"Ela estava gritando 'ajude-me, Vero! "quando ele se abaixou e apontou a arma para ela", afirmou a aluna do terceiro ano Veronica Iglesias. "Mas eu não sabia o que fazer. Não sabia o que estava acontecendo. Nem mesmo ouvi o primeiro tiro. E tudo aconteceu tão rapidamente. Só sei que vi a professora Luna gritando para que nos escondêssemos debaixo da mesa e cobríssemos nossas cabeças, e assim fizemos. E aconteceu de eu me esconder debaixo da mesma mesa que ela. E ele a acertou. Não disse nada para ela. Apenas se abaixou, apontou a arma para o rosto dela, disparou e foi embora. Ela ficou muito quieta depois que ele a acertou. Ela não me pediu mais para ajudá-la e eu achei que tinha morrido. Ela parecia morta". A mãe de Allyson não foi encontrada para comentar o incidente. O pai da aluna, que vive no Texas, descreveu o ocorrido como "a pior tragédia que um pai pode imaginar". Ele também disse que irá se mudar de volta para o Reino Unido para ajudar a filha a passar pela extensa cirurgia plástica que os médicos afirmaram ser necessária para reconstruir o rosto da estudante.
***
— Então sua mãe voltou a trabalhar hoje? — perguntou Danielle. Estávamos na fila do almoço. Havíamos acabado de sair da aula de inglês e graças a Deus, não teve muito conflito. Assim que entrei a professora Nicole, umas das poucas professoras que assinou a carta de agradecimento do colégio, me cumprimentou com um aceno de cabeça, esperou que eu me acomodasse e continuou a aula. Seus olhos ficaram um pouco úmidos e eu acho que ela estava quase feliz por me vê ali. O lugar de Allyson estava vazio e duas meninas ficaram trocando bilhetes o tempo todo, mas fora isso, foi sem muitos desastres.
— É — respondi a Danielle. Ela estava um pouco mais a frente, com os olhos fixos na bandeja. Quem olhasse para nós não teria certeza se ela estava realmente comigo ou se só teve o azar de ficar perto de mim na fila. Acho que ela estava contando com isso.
— Minha mãe ligou para a sua esses dias — disse ela
— Eu não sabia. Como foi? — perguntei
— Ah, você sabe como é minha mãe — ela deu de ombros — Ela não quer que nossa família tenha contato com a sua. Ela acha que sua mãe não sabe educar os filhos. — disse como se não fosse nada demais. Na mesma hora me senti culpada pela minha mãe. Não era justo com ela. — Sua mãe mandou a minha se danar — completou ela
— Nossa! — foi tudo que disse. Era bem a cara da mamãe falar isso, mas tenho certeza que depois, ela foi chorar no quarto. Ela e a senhora Peazer, eram amigas há 14 anos.
— Pois é — disse Danielle. Ela terminou de colocar salada no seu prato.
Danielle foi até a mesa de condimento enquanto eu a seguia. Colocou mostarda e ketchup no seu prato e eu fiz o mesmo, embora não tivesse nada na minha bandeja que combinasse com aquilo. Eu só não queria ter que olhar ao redor e vê todos me encarando.
Fomos em direção a mesa e logo avistei Niall, Liam e Jordan sentado na mesma mesa ao fundo. Eu costumava me sentar com eles no almoço. Chegava, dava um beijo no Jed e depois me sentava entre Danielle e Liam. Passávamos todo o almoço rindo, conversando.
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A Lista Negra - Jerrie
RomansaDizem que devemos ter cuidado com o que desejamos, mas e se ao deseja a morte de uma pessoa isso acontecesse? O namorado de Jade Thirlwall, Jed Elliot, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-l...