- Essa cidade é maravilhosa!- Maria Olívia falou enquanto todos almoçavam.
Já havia se passado uma semana desde a chegada deles em Bogotá e Luiz e Kelly já haviam voltado para o Brasil por causa da empresa.
- É mesmo, tem cada homem gato!- Bruna suspirou- Você viu, Paula?
- São bonitos mesmo- era nítida a falta de entusiasmo no assunto.
- Você tá namorando, filha?- mesmo com a distância, MO sempre teve um grande carinho pela morena, principalmente por causa da forma como ela criou seus netos.
- Não, não tenho tempo para isso- ela sorriu.
- Não namora porque não quer!- Luzia se meteu- Tem um tanto de homem atrás dela, inclusive os pais dos meus colegas.
- Luiza!- Paula a repreendeu.
Breno observava tudo calado e com certo desconforto com o assunto.
- Linda desse jeito, não me impressiona- Bruna sorriu para a mãe de seus sobrinhos.
- Obrigada- foi tudo o que a morena disse.
- E o seu namorado, Lulu?- Bruna perguntou para a jovem.
- Eu não tenho namorado.
- E aquele menino? O que era?
- A gente tava só ficando.
- Não sou obrigado- Breno falou ao ouvir a frase.
- Até parece que você não faz isso, né, pai?- Luiza o olhou com as sobrancelhas arqueadas.
- Faz demais até- MO repreendeu o filho com o olhar- Eu queria que ele sossegasse e me desse mais um neto, mas pelo visto só vou ficar com dois mesmo já que a Bruna não quer ter filhos.
- Casamento não é pra mim, mãe- o loiro falou- E eu não quero mais ter filhos.
- Eu quero ser pai- Pablo disse.
- Bem mais tarde, né, moço, só tenho trinta anos e não quero ser avó- Paula se manifestou.
- Você não pensou nisso quando fez a gente- Luzia sempre afrontosa.
- Isso se chama imaturidade e falta de informação, minha filha, mas eu converso com vocês sobre tudo, acredito que não cometeriam a mesma besteira que eu.
- Você pensa em ter mais filhos, Paulinha?- Sérgio perguntou para a morena.
- Não quero e nem posso- disse.
- Por quê?- Maria Olívia questionou curiosa.
- Quando eu ganhei o Gabriel a obstetra disse que o meu útero estava fino e que eu não conseguiria segurar uma gestação, e se conseguisse, eu e o bebê correríamos risco durante o parto- ela explicou.
- Você era minha esperança pra mais um sobrinho- Bruna suspirou e Paula e Breno a olharam com os olhos arregalados- O que foi gente? Vocês implicam tanto um com o outro que eu consigo até imaginar como descontam o ódio- ela os olhos com um olhar malicioso.
- O que? Eu... não!- Paula se atrapalhou com as palavras.
- Tudo bem, podem manter em segredo.
Paula e Breno se olharam com expressões enojadas, mas mudou completamente quando os olhos fizeram contato.
- É nojento vocês falarem essas coisas na nossa frente. São nossos pais!- Luiza exclamou.
- Você nem sabe do que eu to falando, menina!
- Eu não sou boba, tia!
Eles terminaram de almoçar e então combinaram de ir à praia.
- Vamos, mamãe!- Gabriel implorou pois Paula não queria ir.
- Filho, eu não gosto de mar.
- Mãe, deixa ele ir, a gente cuida dele- Pablo propôs.
- E se alguma coisa acontecer?
- Não vai acontecer nada, Paulinha, a gente promete que fica de olho nele- Bruna quem tomou a frente.
- Tudo bem- ela suspirou e o restante comemorou- Mas se comporta, Gabriel, não vai pro mar sozinho- Paula se abaixou ficando de frente para o filho.
- Tá bom, mamãe!- ele sorriu e beijou o rosto da mãe.
Todos já estavam com roupas de banho então apenas partiram para a praia.
- Essa água é boa demais!- Breno estava dentro do mar na companhia de sua irmã Bruna.
- E bem clara!
- E as mulheres são muito gatas!- ele olhava para as colombianas e até mesmo umas estrangeiras que passavam.
- Vai se divertir?- questionou o irmão.
- Não posso, eu to aqui com meus filhos- constatou.
- É um mês e meio, irmãozinho.
- Relaxa que eu vou dar meu jeito- ele piscou e Bruna riu.
Eles continuaram se divertindo na praia até que Breno disse que iria até a casa para pegar o protetor solar que havia esquecido. Ele entrou no local e começou a procurar Paula pela casa pois ele não fazia a mínima ideia de onde ficava o protetor e havia esquecido de perguntar para as pessoas que estavam na praia com ele.
- Diabo da Tasmânia!- ele começou a chamar enquanto andava pela casa- Onde essa mulher se meteu?
Ele olhou por cada canto e não achou, então decidiu ir até o quarto que ela dividia com Gabriel.
- Tá aí?- ele bateu na porta varias vezes e não obteve resposta- Vou entrar!
Breno abriu a porta e olhou para alguns cantos do quarto procurando a morena e não achou, mas logo olhou para a cama e se deparou com algo que fez seu corpo inteiro arrepiar e tensionar. Paula estava dormindo deitada de bruço em sua cama enquanto vestia apenas uma minúscula calcinha preta. Breno já imaginava que o corpo dela era bonito, mas não sabia que tanto. Na época que eles se relacionaram, o corpo dela era muito diferente, até mesmo quando tinham 18 anos e rolou um remember, Paula tinha um corpo magro e quase livre de curvas, mas agora estava diferente. As pernas douradas estavam muito bem tonificadas devido à academia, sua bunda não estava tão grande, mas era bem empinada e perfeita para as mãos do loiro. Suas costas tinham algumas tatuagens que ele não havia visto e sua perna continha uma sexy flor que Breno nunca havia prestado muita atenção.
- Gostosa- ele sussurrou não conseguindo tirar os olhos daquele corpo.
Breno se aproximou mais da cama e, por impulso, fez menção de tocar nas coxas de Paula, mas se deteve a tempo e saiu do quarto desnorteado.
- Que mulher- ele mordeu o lábio lembrando da vista- Eu vou ficar com ela nem que seja uma vez só- ele deu mais uma espiada dentro do quarto e então fechou a porta- Acho que vou ter que tomar um banho frio!
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All These Years
FanfictionPor conta de uma gravidez na adolescência, Paula e Breno criaram um laço que nem mesmo o "ódio" que sentiam um pelo outro poderia romper.