Capítulo 60

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- Mãe, a gente podia ir viajar pra Bogotá de novo no nosso aniversário, né?- Luiza sugeriu enquanto tomavam café da manhã.

- Eu posso ver se eu consigo férias- ela falou.

- Mor, você não tirou férias nesses dois anos, é mais do que merecido!- Breno disse enquanto pegava um pedaço de bolo.

- Eu sei, amor, mas fazer a contabilidade pública é bem complicado, cada semana uma coisa diferente. Mas prometo tentar- ela sorriu.

- E eu vou vendo as passagens e as casas pra não ficar encima quando você decidir- Pablo falou.

- Por isso que eu te amo- a morena fez um coração com as mãos para o filho.

- Oh, mãe, a vó Maria Olívia perguntou se a gente pode ir passar o dia com ela hoje- Luiza informou o que sua avó havia dito em uma ligação mais cedo.

- Claro que pode- Paula respondeu- E vai ser até bom porque eu e o Breno vamos lá no apartamento pegar as coisas.

- Que coisas?- Gabriel perguntou para a mãe.

- Eu vou vir morar aqui!- Breno falou animado fazendo todos os filhos comemorarem, inclusive Vítor que não estava nem entendendo.

- Sério? Quando essa decisão foi tomada?- Pablo sorriu.

- Ontem a mãe de vocês fez o convite e eu não vi o porquê de recusar sendo que o que eu mais quero é morar com a minha família.

- Você é tão fofo, pai!- Luiza se levantou e abraçou o homem com força.

- A gente vai ir se arrumar!- os três deram um beijo nos pais e foram para o quarto.

- E a mamãe vai arrumar esse baby aqui- Paula foi até Vítor que começou a chamá-la e jogar os braços para ela rindo- Trenzinho mais lindo.

- Mor, precisa de ajuda?

- Não, eu só vou vestir ele e preparar a mochila- falou pegando o menino.

- Então eu vou tirar a mesa.

Paula subiu e arrumou Vítor, logo arrumando sua mochila e voltando para o andar de baixo.

- Será que a gente precisa trocar de roupa?- Breno perguntou olhando para a bermuda de moletom preta e a regata cinza que vestia.

- Não, amor, a gente vai arrumar as coisas não para uma festa- Paula brincou fazendo o loiro dar um pequeno tapa no final de suas costas e beijar sua boca.

- Mama!- Vítor exclamou empurrando o rosto do pai.

- Parece que temos um ciumento aqui- Breno falou rindo ao se separar da morena.

- Não pode beijar o papai, filho?- Paula olhou para o pequeno que tinha a sobrancelhas franzidas e um bico- A cara igual a sua quando fica bravo, amor.

- Esse não nega que é meu filho- acariciou os cabelos loiros do menino.

- Nenhum nega que é seu filho, se não é igual na aparência é na personalidade.

- Menos o Gabe, ele é você garoto, menos a aparência.

- Às vezes ele é terrível também.

- E você é santa né, Paula Carolina?- ele olhou para ela com os olhos semicerrados.

- Eu sou um amor- deu um sorrisinho fofo.

- Conheço a peça!- eles riram- Mor, você tem malas pra me emprestar.

- Tenho sim, mas como foi que você levou tudo?

- Na verdade eu fiz mais de uma viagem pra levar minhas roupas, mas não queria fazer isso agora.

- Pega lá encima.

Todos se arrumaram e foram para o carro novo de Breno. O homem havia trocado de carro para poder carregar toda a família já que cinco lugares já não eram suficientes. Eles foram até a casa de Maria Olívia e deixaram os filhos lá, logo partindo para o apartamento.

- Tivemos ótimas memórias nesse lugar- Breno falou olhando para o seu quarto.

- Sexo de todos os tipos- a morena completou.

- Aquele dia foi bom, viu?- ele olhou para ela de canto de olho.

- Que dia?

- Uai, a primeira vez que a gente ficou junto aqui- falou como se fosse óbvio.

- Todas as vezes foram ótimas, amor! Sempre é ótimo com você.

- Eu sou o seu tipo?- ele brincou a abraçando pela cintura.

- Sabia que você nunca fez meu tipo de homem?- ela falou e ele riu- Eu gostava de homens negros, mas namorei dois branquelos.

O loiro encostou a testa na dela enquanto riam. Breno se sentia mais leve com o assunto "Joaquim" e já não tinha mais crises de ciúmes, e isso aconteceu depois da conversa que teve de reconciliação com a morena.

- Já você sempre foi o meu tipo- ele revelou.

- Sério?

- Sim- ele aproximou a boca do ouvido dela- Sempre gostei de morenas gostosas.

Paula riu e deu um pequeno tapa no braço dele se afastando.

- Vamos arrumar isso aqui logo.

Eles começaram a dobrar todas as roupa de Breno e guardar dentro das malas.

- Para de ser fresco!- ela falou rindo ao ver ele arrumar as roupa por cor na mala- Eu quero só ver como você vai se achar no meu quarto.

- Por você eu faço esse sacrifício que é ver aquela bagunça- Paula jogou uma almofada nele ao ouvir a frase.

- Eu só não quebro essa sua cara porque eu te amo e preciso de você ainda, quando os trabalhos forem finalizados eu realizo meu desejo.

- Vai demorar muito ainda pra nós "finalizarmos os trabalhos"- ele fez aspas com os dedos- E nem assim você vai conseguir ter coragem de acabar comigo.

- To guardando diariamente suas brincadeiras- ela o olhou com os olhos semicerrados.

- Vingativa! Acho que você tem coração escorpiano.

- Vai a merda com esses signos- ela falou rindo.

Eles seguiram arrumando tudo até que acabaram e se jogaram na cama.

- O que acha de nos despedirmos daqui da melhor maneira possível?- Breno puxou a morena fazendo seu corpo ficar encima do dele.

- Eu acho ótima ideia.

Paula jogou os cabelos para o lado e ficou olhando para o rosto de Breno com as mãos apoiadas no peito dele.

- Você é tão lindo- ela sussurrou analisando o rosto dele- Desde adolescente eu sempre te achei lindo.

- Por isso que você resolveu ter sua primeira vez comigo?- ele acariciou a perna dela.

- Eu me apaixonei por você depois do beijo, por isso resolvi ter a minha primeira vez com você- revelou fazendo Breno a olhar surpreso.

- Sério?

- Sim, nem eu sabia direito o que eu havia sentido até me apaixonar por você novamente.

Breno sorriu com a revelação e puxou a morena a beijando com paixão e logo se entregando a última noite de amor deles naquele quarto que tinha ótimas memórias que nunca seriam esquecidas por nenhum dos dois.

All These YearsOnde histórias criam vida. Descubra agora