- Mãe, a gente podia ir viajar pra Bogotá de novo no nosso aniversário, né?- Luiza sugeriu enquanto tomavam café da manhã.
- Eu posso ver se eu consigo férias- ela falou.
- Mor, você não tirou férias nesses dois anos, é mais do que merecido!- Breno disse enquanto pegava um pedaço de bolo.
- Eu sei, amor, mas fazer a contabilidade pública é bem complicado, cada semana uma coisa diferente. Mas prometo tentar- ela sorriu.
- E eu vou vendo as passagens e as casas pra não ficar encima quando você decidir- Pablo falou.
- Por isso que eu te amo- a morena fez um coração com as mãos para o filho.
- Oh, mãe, a vó Maria Olívia perguntou se a gente pode ir passar o dia com ela hoje- Luiza informou o que sua avó havia dito em uma ligação mais cedo.
- Claro que pode- Paula respondeu- E vai ser até bom porque eu e o Breno vamos lá no apartamento pegar as coisas.
- Que coisas?- Gabriel perguntou para a mãe.
- Eu vou vir morar aqui!- Breno falou animado fazendo todos os filhos comemorarem, inclusive Vítor que não estava nem entendendo.
- Sério? Quando essa decisão foi tomada?- Pablo sorriu.
- Ontem a mãe de vocês fez o convite e eu não vi o porquê de recusar sendo que o que eu mais quero é morar com a minha família.
- Você é tão fofo, pai!- Luiza se levantou e abraçou o homem com força.
- A gente vai ir se arrumar!- os três deram um beijo nos pais e foram para o quarto.
- E a mamãe vai arrumar esse baby aqui- Paula foi até Vítor que começou a chamá-la e jogar os braços para ela rindo- Trenzinho mais lindo.
- Mor, precisa de ajuda?
- Não, eu só vou vestir ele e preparar a mochila- falou pegando o menino.
- Então eu vou tirar a mesa.
Paula subiu e arrumou Vítor, logo arrumando sua mochila e voltando para o andar de baixo.
- Será que a gente precisa trocar de roupa?- Breno perguntou olhando para a bermuda de moletom preta e a regata cinza que vestia.
- Não, amor, a gente vai arrumar as coisas não para uma festa- Paula brincou fazendo o loiro dar um pequeno tapa no final de suas costas e beijar sua boca.
- Mama!- Vítor exclamou empurrando o rosto do pai.
- Parece que temos um ciumento aqui- Breno falou rindo ao se separar da morena.
- Não pode beijar o papai, filho?- Paula olhou para o pequeno que tinha a sobrancelhas franzidas e um bico- A cara igual a sua quando fica bravo, amor.
- Esse não nega que é meu filho- acariciou os cabelos loiros do menino.
- Nenhum nega que é seu filho, se não é igual na aparência é na personalidade.
- Menos o Gabe, ele é você garoto, menos a aparência.
- Às vezes ele é terrível também.
- E você é santa né, Paula Carolina?- ele olhou para ela com os olhos semicerrados.
- Eu sou um amor- deu um sorrisinho fofo.
- Conheço a peça!- eles riram- Mor, você tem malas pra me emprestar.
- Tenho sim, mas como foi que você levou tudo?
- Na verdade eu fiz mais de uma viagem pra levar minhas roupas, mas não queria fazer isso agora.
- Pega lá encima.
Todos se arrumaram e foram para o carro novo de Breno. O homem havia trocado de carro para poder carregar toda a família já que cinco lugares já não eram suficientes. Eles foram até a casa de Maria Olívia e deixaram os filhos lá, logo partindo para o apartamento.
- Tivemos ótimas memórias nesse lugar- Breno falou olhando para o seu quarto.
- Sexo de todos os tipos- a morena completou.
- Aquele dia foi bom, viu?- ele olhou para ela de canto de olho.
- Que dia?
- Uai, a primeira vez que a gente ficou junto aqui- falou como se fosse óbvio.
- Todas as vezes foram ótimas, amor! Sempre é ótimo com você.
- Eu sou o seu tipo?- ele brincou a abraçando pela cintura.
- Sabia que você nunca fez meu tipo de homem?- ela falou e ele riu- Eu gostava de homens negros, mas namorei dois branquelos.
O loiro encostou a testa na dela enquanto riam. Breno se sentia mais leve com o assunto "Joaquim" e já não tinha mais crises de ciúmes, e isso aconteceu depois da conversa que teve de reconciliação com a morena.
- Já você sempre foi o meu tipo- ele revelou.
- Sério?
- Sim- ele aproximou a boca do ouvido dela- Sempre gostei de morenas gostosas.
Paula riu e deu um pequeno tapa no braço dele se afastando.
- Vamos arrumar isso aqui logo.
Eles começaram a dobrar todas as roupa de Breno e guardar dentro das malas.
- Para de ser fresco!- ela falou rindo ao ver ele arrumar as roupa por cor na mala- Eu quero só ver como você vai se achar no meu quarto.
- Por você eu faço esse sacrifício que é ver aquela bagunça- Paula jogou uma almofada nele ao ouvir a frase.
- Eu só não quebro essa sua cara porque eu te amo e preciso de você ainda, quando os trabalhos forem finalizados eu realizo meu desejo.
- Vai demorar muito ainda pra nós "finalizarmos os trabalhos"- ele fez aspas com os dedos- E nem assim você vai conseguir ter coragem de acabar comigo.
- To guardando diariamente suas brincadeiras- ela o olhou com os olhos semicerrados.
- Vingativa! Acho que você tem coração escorpiano.
- Vai a merda com esses signos- ela falou rindo.
Eles seguiram arrumando tudo até que acabaram e se jogaram na cama.
- O que acha de nos despedirmos daqui da melhor maneira possível?- Breno puxou a morena fazendo seu corpo ficar encima do dele.
- Eu acho ótima ideia.
Paula jogou os cabelos para o lado e ficou olhando para o rosto de Breno com as mãos apoiadas no peito dele.
- Você é tão lindo- ela sussurrou analisando o rosto dele- Desde adolescente eu sempre te achei lindo.
- Por isso que você resolveu ter sua primeira vez comigo?- ele acariciou a perna dela.
- Eu me apaixonei por você depois do beijo, por isso resolvi ter a minha primeira vez com você- revelou fazendo Breno a olhar surpreso.
- Sério?
- Sim, nem eu sabia direito o que eu havia sentido até me apaixonar por você novamente.
Breno sorriu com a revelação e puxou a morena a beijando com paixão e logo se entregando a última noite de amor deles naquele quarto que tinha ótimas memórias que nunca seriam esquecidas por nenhum dos dois.
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All These Years
FanfictionPor conta de uma gravidez na adolescência, Paula e Breno criaram um laço que nem mesmo o "ódio" que sentiam um pelo outro poderia romper.