Capítulo 65(final)

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  Paula acordou e viu que o namorado não estava ao seu lado, já era a quarta noite seguida que isso acontecia e ela já estava em pânico e quase perdendo a confiança nele. Ela se levantou da cama irritada e foi tomar um longo banho. Depois que ela saiu do banheiro que reparou que tudo estava fechado. Breno, sempre que acordava mais cedo, deixava as janelas abertas pois sabia que a namorada amava a claridade da manhã, mas dessa vez não havia nada aberto. Ela foi até a janela para  abrir, mas a mesma estava trancada e não conseguiu abri-la de jeito algum. Se antes já estava irritada, agora estava irada!

  A morena vestiu uma roupa e saiu do quarto vendo a casa inteira fechada. Ela entrou no quarto de cada um de seus filhos e ficou brava ao ver que eles não abriram as janelas, mas depois ficou confusa ao reparar que a deles também estava travada. Ela desceu as escadas pisando firme e encarou as cinco pessoas presentes na mesa.

  - Posso saber por que a casa tá toda fechada?- ela sequer deu 'bom dia'.

  - Bom dia pra você também, mor- Breno falou sarcástico e deu um sorriso para ela- Hoje não é dia de abrir janela.

  - Posso saber o porquê?- Paula se sentou ao lado de Gabriel e deu um beijo em sua testa.

  - Porque hoje todos vamos sair!- ele anunciou trocando olhares cúmplices com os filhos.

  - Não to com humor pra fazer nada hoje- ela retrucou logo bebendo um grande gole do café amargo.

  - Paulinha, não estraga os meus planos por favor- ele pediu mais sério.

  - É, mãe, deixa de birra- Luiza retrucou.

  - Birra?- a jovem se arrependeu profundamente do que falara ao ver o olhar da mãe- Eu vim aqui pra me divertir com a minha família e tirar umas férias, mas tudo que eu to recebendo é um namorado que sozinho sem explicações, mente e fica falando o tempo todo com sabe-se lá quem no telefone- após acabar o desabafo ela apoiou os cotovelos na mesa e o rosto nas mãos.

  Paula havia chego ao seu limite, estava se sentindo enganada e frustada, e os hormônios da menstruação a fazia ficar sensível demais.

  - Mor- Breno falou após um tempo de silêncio- Eu tava preparando uma surpresa- ele não queria que ela chegasse a esse estado que ele estava vendo.

  A morena estava irritada, frustrada e com olheiras demonstrando o seu cansaço pela situação.

  - Que surpresa, Breno?- ela perguntou não acreditando em suas palavras e com os olhos cheios de lágrimas.

  - Crianças, podem nos dar licença?- Breno se levantou e pegou a mão da morena a levando até a cozinha- Paula- a frase que ele falaria foi interrompida pelo choro da morena- Não chora- ele a abraçou e ficou acariciando seu cabelo enquanto ela desabava em lágrimas.

  - Eu to irritada, Breno- ela apertou os dedos na camisa dele- Eu me sinto mal de desconfiar de você e isso me mata por dentro.

  - Vamos fazer assim- ele se separou dela e limpou as lágrimas do rosto da namorada- Vai lá encima, toma um banho, lava esse rosto lindo e se veste como se fosse à festa mais importante da sua vida.

  Paula respirou fundo e deu alguns selinhos nele.

  - Te amo- ela sussurrou e o namorado falou a mesma coisa.

  A morena subiu para o seu quarto e fez o que o namorado pediu. Ela pôs um vestido rendado rosa claro que ia até os pés, deu uma leve ondulada no cabelo e prendeu uma pequena parte ficando com o resto solto. Fez uma maquiagem bem leve, vestiu um sapato de salto e saiu do quarto procurando o restante e não achando ninguém.

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