Paula acordou e viu que o namorado não estava ao seu lado, já era a quarta noite seguida que isso acontecia e ela já estava em pânico e quase perdendo a confiança nele. Ela se levantou da cama irritada e foi tomar um longo banho. Depois que ela saiu do banheiro que reparou que tudo estava fechado. Breno, sempre que acordava mais cedo, deixava as janelas abertas pois sabia que a namorada amava a claridade da manhã, mas dessa vez não havia nada aberto. Ela foi até a janela para abrir, mas a mesma estava trancada e não conseguiu abri-la de jeito algum. Se antes já estava irritada, agora estava irada!
A morena vestiu uma roupa e saiu do quarto vendo a casa inteira fechada. Ela entrou no quarto de cada um de seus filhos e ficou brava ao ver que eles não abriram as janelas, mas depois ficou confusa ao reparar que a deles também estava travada. Ela desceu as escadas pisando firme e encarou as cinco pessoas presentes na mesa.
- Posso saber por que a casa tá toda fechada?- ela sequer deu 'bom dia'.
- Bom dia pra você também, mor- Breno falou sarcástico e deu um sorriso para ela- Hoje não é dia de abrir janela.
- Posso saber o porquê?- Paula se sentou ao lado de Gabriel e deu um beijo em sua testa.
- Porque hoje todos vamos sair!- ele anunciou trocando olhares cúmplices com os filhos.
- Não to com humor pra fazer nada hoje- ela retrucou logo bebendo um grande gole do café amargo.
- Paulinha, não estraga os meus planos por favor- ele pediu mais sério.
- É, mãe, deixa de birra- Luiza retrucou.
- Birra?- a jovem se arrependeu profundamente do que falara ao ver o olhar da mãe- Eu vim aqui pra me divertir com a minha família e tirar umas férias, mas tudo que eu to recebendo é um namorado que sozinho sem explicações, mente e fica falando o tempo todo com sabe-se lá quem no telefone- após acabar o desabafo ela apoiou os cotovelos na mesa e o rosto nas mãos.
Paula havia chego ao seu limite, estava se sentindo enganada e frustada, e os hormônios da menstruação a fazia ficar sensível demais.
- Mor- Breno falou após um tempo de silêncio- Eu tava preparando uma surpresa- ele não queria que ela chegasse a esse estado que ele estava vendo.
A morena estava irritada, frustrada e com olheiras demonstrando o seu cansaço pela situação.
- Que surpresa, Breno?- ela perguntou não acreditando em suas palavras e com os olhos cheios de lágrimas.
- Crianças, podem nos dar licença?- Breno se levantou e pegou a mão da morena a levando até a cozinha- Paula- a frase que ele falaria foi interrompida pelo choro da morena- Não chora- ele a abraçou e ficou acariciando seu cabelo enquanto ela desabava em lágrimas.
- Eu to irritada, Breno- ela apertou os dedos na camisa dele- Eu me sinto mal de desconfiar de você e isso me mata por dentro.
- Vamos fazer assim- ele se separou dela e limpou as lágrimas do rosto da namorada- Vai lá encima, toma um banho, lava esse rosto lindo e se veste como se fosse à festa mais importante da sua vida.
Paula respirou fundo e deu alguns selinhos nele.
- Te amo- ela sussurrou e o namorado falou a mesma coisa.
A morena subiu para o seu quarto e fez o que o namorado pediu. Ela pôs um vestido rendado rosa claro que ia até os pés, deu uma leve ondulada no cabelo e prendeu uma pequena parte ficando com o resto solto. Fez uma maquiagem bem leve, vestiu um sapato de salto e saiu do quarto procurando o restante e não achando ninguém.
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All These Years
FanfictionPor conta de uma gravidez na adolescência, Paula e Breno criaram um laço que nem mesmo o "ódio" que sentiam um pelo outro poderia romper.