Capítulo 64

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  Paula acordou e se virou para abraçar o namorado, mas a cama estava vazia. Ela olhou para os lados o procurando, porém não o encontrou. A morena se levantou da cama e foi até o banheiro lavar seu rosto e logo trocou de roupa descendo as escadas e vendo seus quatro filhos na mesa tomando café da manhã.

  - Bom dia!- ela beijou a testa de cada um.

  - Bom dia!- eles responderam.

  - Cadê o pai de vocês?- ela questionou servindo café em uma xícara e tomando sem adoçar.

  - Ele saiu depois de pôr a mesa do café para nós e disse que voltaria em breve- Luiza informou.

  Paula suspirou controlando a sua vontade de ligar para o loiro e perguntar onde ele havia se enfiado. Todos terminaram de comer e então Paula os convidou para irem até a praia. Eles foram trocar de roupa e ela trocou a dela e a de Vítor, logo estavam lá embaixo novamente passando o protetor solar.

  - Oi, mor!- Breno entrou pela porta e deu um selinho na morena.

  - A gente tá saindo- ela falou e desviou dele para sair com Vítor nos braços.

  - Vão na praia?- ele perguntou.

  - Sim- foi a única coisa que ela falou.

  - Espera que eu vou junto!- ele largou as coisas e foi para a porta com eles- Não vai me obrigar a passar o protetor?- ele estranhou.

  - Você tem trinta e três anos, Breno, não três-aquelas palavras demonstraram a irritação da morena com ele.

  O loiro não queria que aquilo acontecesse, mas era necessário, não iria deixar de fazer o que queria só porque a namorada ficaria brava.

  Eles foram até a praia e então tiraram a roupa fincando apenas de roupa de banho. O mar era bem calmo, então Luiza, Pablo e Gabriel foram para um lado e Breno e Paula, que tinha Vítor nos braços, foram para o outro.

  - Ainda bem que a praia é vazia se não eu não deixaria você sair com esse biquíni- ele olhou para o biquíni fio dental que a morena usava.

  - Até parece- ela desdenhou sem olhar para ele.

  - Você tá brava, mor?- ele resolveu arriscar recebendo apenas uma fuzilada apenas com a olhada que Paula o deu- Por quê?

  - Eu não to brava- ela pressionou os dentes fazendo sua mandíbula ficar ainda mais marcada do que já era.

  - Não é o que isso aqui demonstra- ele encostou no local e ela desviou o rosto da mão dele- Achei que tínhamos vindo para nos divertir.

  - E você não tá se divertindo?- ela rebateu virando o rosto e olhando para ele.

  - Claro que sim, mas estaria muito mais se minha namorada me deixasse tocar nela- ela falou.

  - Eu deixo, a gente transou todos os dias até agora.

  - Eu não quero te tocar só na cama- Breno sabia que estava mexendo com fogo e que poderia acabar se queimando, mas queria muito ver a morena reagindo.

  - Pode tocar, não te impedir de nada- ela respondeu calma e se abaixando um pouco com Vítor na água.

  - Você não está nem um pouco brava?

  - Por que você quer tanto que eu esteja brava?- o encarou- Você não quer conhecer a minha fúria, Breno.

  - Na verdade eu queria.

  - Então é por isso que você tá me testando?

  - Te testando? Como assim?

  - Vai a merda, Breno!- ela começou a caminhar para fora do mar com Vítor que reclamava pedindo para voltar.

  - Mor, volta!- ele começou a ir atrás dela.

  - Eu to prestes a ficar menstruada, to de TPM, não me irrita, por favor- ela pediu quando chegaram na areia.

  - Quanto tempo dura sua menstruação mesmo?

  - Cinco dias, Breno, por quê?- ela deixou Vítor brincando na areia e se sentou em uma cadeira embaixo do guarda-sol.

  - Nada não- ele tentou disfarçar a frustração.

Eles passaram a manhã toda na praia se divertindo e logo foram até um restaurante para almoçar depois de tomarem banho e se arrumarem.

- Oh comidinha boa- Pablo elogiou- Você poderia aprender esses pratos aqui né, mãe?

- Uai, é só você aprender- ela respondeu séria.

- Eita, ela tá de TPM!- Luiza exclamou rindo da cara do irmão.

Quando voltaram para a casa, Paula e Breno ficaram na sala enquanto os filhos foram se divertir na piscina e Vítor dormia no sofá.

- Posso deitar no seu colo?- Breno pediu.

- E desde quando você pede?

- Desde que você está de TPM e querendo matar todo mundo.

A morena deu um sorriso para o namorado e apoiou uma almofada nas pernas, logo o loiro deitou e deu um pequeno beijo na barriga dela.

- Seu carinho é o melhor- ele falou sentindo os dedos dela enrolarem o cabelo dele.

- Não é o único?- perguntou parando o que fazia.

- É o único, mor, é só modo de falar- ele riu e pôde sentir ela voltar a acariciar seu cabelo- Posso te contar um segredo?- ele sussurrou quase pegando no sono.

- Claro que pode- Paula respondeu.

- Eu te amo muito- Breno levantou um pouco da blusa dela e deu um beijo direto em sua barriga.

Paula sorriu olhando para o namorado, mas resolveu não responder já que ela ainda estava incomodada com a questão das ligações e as saídas misteriosas dele.

- Você não me ama mais?

- Não tá merecendo, mas eu amo sim.

- Vai pagar língua- ele zoou dando uma risadinha.

- Por quê?- perguntou confusa.

- Só vai saber daqui há alguns dias.

- Seu filho da mãe!- ela o xingou dando um tapa em seu braço.

- Eu só quero que você confie em mim, é tudo que peço- ele abriu os olhos e olhos nos castanhos- Você confia em mim?

- Eu devo?- ela questionou.

- Sim!- ele transmitiu segurança fazendo o coração dela se acalmar.

- Eu confio em você- Paula confirmou sentindo a calmaria em seu coração.

- Você me faz o homem mais feliz do mundo- Breno pegou a mão dela que não fazia carinho em seu cabelo e entrelaçou os dedos aos dela- Eu não imagino mais a minha vida sem você.

- O que foi, amor? Você vai morrer por acaso?- ela perguntou preocupada com aquele assunto.

- Não, sua doida!- ele começou a rir- Apenas aceite o fato de que eu amo você e nossos filhos mais que tudo!




•Penúltimo capítulo•

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