Capítulo 13

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Breno despertou sentindo seu corpo coberto por suor, tanto que até as roupas de cama estavam molhadas. Ele se sentou, passou a mão nos cabelos sentindo a umidade e então se recordou do motivo do suador. Além de ser o álcool saindo de seu corpo, outro motivo foi o sonho que teve com Paula. Breno sorriu ao relembrar do que havia acontecido na noite anterior, confessou para si mesmo que a morena não era aquilo que ele imaginava, muito pelo contrário, ela era ótima no que fazia, tinha uma língua ágil e mãos determinadas, muito diferente de quanto era uma adolescente inexperiente.

O loiro se sentou na cama e resolveu ir tomar um banho frio, logo depois, escovou os dentes e foi até a cama tirando o lençol que estava molhado de suor e desceu as escadas encontrando quase todos na mesa do café.

- Bom dia- ele falou para a família.

Como já estava acostumado com a ingestão quase que diária de álcool, Breno não sofria muitos efeitos colaterais, apenas o suador.

- Bom dia, filho, como tava a festa?- Maria Olívia serviu uma xícara de café e entregou para ele.

- Muito boa- imediatamente veio a imagem de Paula, com os lábios inchados, o olhando com aqueles olhos castanhos intensos.

- Foi boa mesmo, tanto que até derrubou a Paulinha- Bruna comentou e riu juntamente com o restante.

- Cadê ela?- perguntou curioso.

- Tá dormindo com o Gabriel- Luiza explicou- Ele acordou de manhãzinha e foi para a cama dela.

Breno engoliu seco ao ouvir a frase e imaginou o que aconteceria se tivesse rolado algo a mais e ele ainda estivesse no quarto quando Gabriel chegou. Seria catastrófico!

Eles ficaram mais um tempo tomando café e então Paula desceu as escadas vestindo uma camiseta larga e short de moletom com óculos escuros no rosto e Gabriel ao seu lado.

- Bom dia- ela disse baixinho e com a voz rouca.

- Bom dia!- Breno falou alto pois sabia que seria doloroso.

- Poderia abaixar o tom, infeliz?- ela sequer virou o rosto na direção dele, apenas fez cara de dor.

- Quer que eu pegue um remédio pra você, mãe?- Pablo ofereceu.

- Eu agradeceria muito- seu tom de voz era bem baixinho.

- Foi derrubada, hein, Paulinha?- Bruna riu.

- Eu não sou acostumada a beber tanto assim- a morena disse pressionando as têmporas com os dedos.

- Fraca- o loiro implicou.

- Toma- Pablo deu o remédio para a mãe e lhe alcançou um copo de água.

- Obrigada- ela tomou o remédio e a água- Até isso dói.

- Voltaram muito tarde?- Sérgio perguntou.

- Na verdade eu nem lembro de ter voltado- Paula comentou- A última coisa que lembro é de ter tomado um drink de morango.

Naquele momento Breno se sentiu frustrado, Paula só havia tomado o drink de morango uma vez e havia sido no início da festa, ou seja, ela não se lembrava do que havia rolado entre eles quando chegaram em casa.

- Não lembra de nadinha?- Bruna questionou.

- Nada! Até me assustei quando senti o braço do Gabe na minha cintura- Paula tentou rir, mas parou ao sentir a forte dor na cabeça.

- Acho que tava muito bem acompanhada, mãe?- Luiza riu.

- Só eu sei das besteiras que faço quando bebo demais- ela olhou para Breno pois sabia que ele não enxergaria seus olhos devido ao uso dos óculos escuros.

All These YearsOnde histórias criam vida. Descubra agora