- Mãe, você tem certeza mesmo que tá bem?- Pablo perguntou pela terceira vez enquanto a morena estava sentada em uma cadeira e bebendo água.
- Tenho sim, filho- ela sorriu para ele.
Paula, como fazia todas as manhãs, havia ido até a escola largar Gabriel já que os gêmeos estavam com Breno, mas algo diferente aconteceu naquele dia. Ela deixou o filho em sua sala, beijou o rosto dele como despedida e, enquanto se dirigia até o outro lado da escola para poder sair, ela sentiu uma forte tontura e apenas não caiu pois foi amparada por um dos estudantes que a ajudou a se sentar e chamou a diretora e seus filhos mais velhos.
- Não acha melhor ir ao médico?-Luiza perguntou enquanto a mãe se levantava.
- Não, filha, eu tenho que ir trabalhar. Isso não foi nada demais, eu só tenho que começar a usar meu óculos de grau- ela tentou achar uma explicação.
Paula já havia iniciado os seus serviços no outro emprego e queria chegar logo para não se atrasar.
- A senhora tem certeza? Não quer que eu chame alguém para levá-la embora?- a diretora quem se meteu dessa vez.
- Não, tá tudo bem mesmo- ela disse- Eu vou indo lá, desculpa a confusão- Paula beijou o rosto dos filhos e foi para o seu carro, que ela havia pagado um bom dinheiro para tirar do depósito, e foi para o novo emprego.
Ela entrou no local, cumprimentou as pessoas e foi para a sua sala se sentando na poltrona e respirando fundo. Havia dito que estava bem, mas não era uma verdade. A morena, além de estar tonta, sentia um forte enjoo que ela estava controlando para não ter que pôr todo o café da manhã para fora.
- O que é isso?- ela sussurrou para si mesmo enquanto fechava os olhos com força tentando dissipar a tortura.
Ela resolveu deixar os problemas físicos de lado e ir trabalhar. Ligou o sistema de seu computar e passou a fazer tudo o que devia. Quando chegou o horário de almoço ela apenas se recostou na cadeira e fechou os olhos respirando fundo. Não conseguiria comer nada pois só de pensar em qualquer tipo de alimento seu estômago revirava, então decidiu que ficaria descansando.
Durante aquele tempo com os olhos fechado, Paula ficou pensando o que poderia ser a causa daquele desconforto físico. Sabia que não havia comido nada de diferente então não poderia ser intoxicação alimentar e nem nada do tipo, então resolveu fazer uma reflexão mais profunda sobre seu corpo. Pensou em tudo que estava sentindo nos últimos dias e quais foram as circunstâncias dos sintomas e então abriu os olhos rapidamente e os arregalou ao lembrar do momento. A última vez que esses sintomas se juntaram em seu corpo havia sido há cinco anos atrás, meses depois de uma viagem que ela havia feito com Joaquim e que meses depois gerou Gabriel.
- Não pode ser- ela sussurrou negando com a cabeça- É impossível, a gente nunca transou sem camisinha- ficou pensando nas vezes que ficaram e não conseguiu lembrar de uma que haviam feito sem.
Paula seguiu fazendo o seu trabalho, mas encucada com a possível causa dessa somatória de sintomas que estava. Quando acabou o seu horário de trabalho, ela pegou suas coisas e foi até seu carro partindo para a casa de Breno.
- Olá!- ele falou sorrindo e a puxando para dentro.
- Oi- ela decidiu deixar os problemas de lado para aproveitar o momento com o loiro.
- A Luiza me ligou falando que você passou mal na escola deles. Tá tudo bem?- perguntou preocupado enquanto acariciava as sobrancelhas dela com o dedo.
- Tá tudo bem sim, foi só uma tontura besta. Deve ser essa minha mania de não usar óculos- falou se aproximando dele e passando os braços pelo pescoço.
- Eu acho que você deveria usar. Além de fazer bem pra você te deixa muito sexy- ele beijou o pescoço dela.
- Eu fico com cara de senhora- ela riu.
- Que senhorinha, viu?- ele posicionou as mãos na bunda dela e deu uma leve apertada as mantendo ali.
- Besta- ela sorriu e beijou a pontinha do nariz dele.
- Trouxe mais roupas pra deixar aqui?
- Trouxe sim. Posso fazer uma proposta?- perguntou um pouco apreensiva.
- Claro, linda- ele começou a acariciar a bunda dela revezando com as costas.
- Hoje eu não posso demorar muito, to cheia de coisa pra fazer lá em casa, a gente pode só tomar um banho juntinho e aproveitar um ao outro?- Paula acariciava a orelha dele.
- Eu já te falei que faço tudo que você quiser- ele sorriu e deu um selinho nos lábios dela- Quer ir tomar um banho já?
- Eu aceito, to precisando relaxar.
Breno se afastou dela e pegou sua mão a guiando até o banheiro. Ele fechou a porta e a trancou para ter certeza que não seriam flagradas por ninguém mesmo que fossem os únicos no local. O loiro se aproximou de Paula e começou a acariciá-la suavemente, o rosto, os braços, logo foi até a barriga e subiu a blusa dela a retirando do corpo e se abaixando um pouco para deixar um pequeno beijo no local, fazendo a morena engolir seco. Logo ele colou o corpo no dela e, enquanto beijava a boca da morena de maneira lenta, desabotoou sua calça e foi a descendo lentamente até chegar nos pés onde Paula a chutou para o lado juntamente com o sapato. Ela deu um beijo um pouco mais quente em Breno e começou as mesmas carícias que ele havia feito nela. Subiu a blusa dele com cuidado enquanto acariciava seu tronco e a jogou para o lado, logo desceu as mãos arranhando seu abdômen e tirou a calça dele. Quando ambos estavam apenas de roupas íntimas eles se separaram para observar ao outro.
- Coisa mais linda- ele abriu um lindo sorriso enquanto a olhava de cima a baixo admirando aquela mulher que ele podia fazer sua quando quisesse.
Paula não falou nada, apenas fez a mesma observação e se sentiu orgulhosa de ter um homem desses "em sua cama" todos os dias. O casal tirou o restante das roupas e entrou no chuveiro. Enquanto ensaboavam ao corpo do outro, o clima carinhoso se tornou quente e eles se entregaram à luxúria existe.
- Eu queria aproveitar muito mais com você, mas eu to ocupada hoje- ela fez um biquinho.
- Amanhã a gente compensa- ele sorriu e deu um selinho nos lábios dela.
- Breno, alguma vez a gente transou sem camisinha?- a dúvida estava corroendo ela.
- Claro que não, acho que se a gente se beijar sem camisinha já sai um bebê- ele zoou e ela forçou uma risada fingindo não estar aflita- Por quê?
- Só curiosidade mesmo- ela sorriu e ajeitou a bolsa no braço- Mais tarde a gente se fala- deu um lindo selinho nele- Tchau.
- Tchau- abraçou ela por trás e foi até a porta com a mesma, logo se despedindo com um beijo no pescoço.
Paula pegou seu carro e resolveu ir até a farmácia para tirar essa história a limpo, sabia que não havia chances de estar grávida, mas precisava da confirmação para poder respirar em paz novamente. Ela comprou um teste de gravidez que a moça do balcão recomendou ser o mais certeiro e foi para sua casa. Paula correu até seu quarto, tirou a roupa e ficou sentada no vaso sanitário por uns dez minutos esperando sua urina dar sinal de vida. Quando conseguiu realizar o teste, ela o apoiou na caixinha e saiu do local para cronometrar o tempo restante para o resultado. Sentou em sua cama e ficou batendo o pé no chão enquanto olhava os minutos passarem lentamente na tela do celular. Quando deu os minutos de espera, ela se levantou rapidamente e foi até o banheiro pegando o teste, viu o resultado que estava ali e olhou na caixinha para ver o que significava, e quando descobriu, tudo que conseguiu fazer foi chorar.
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All These Years
FanfictionPor conta de uma gravidez na adolescência, Paula e Breno criaram um laço que nem mesmo o "ódio" que sentiam um pelo outro poderia romper.