Capítulo 32

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- Atrapalho algo?- seu tom de voz é debochado.

- Não, eu... Cadê as crianças?

- Você tá bêbada?- ele analisou ela e chegou nessa conclusão- É óbvio que sim.

Ela saiu e fechou a porta atrás de si.

- O que houve?- perguntou se encostando na parede ao lado da porta por se sentir um pouco tonta da bebida.

- A gente não pôde se ver a tarde e eu resolvi vir agora- seu tom ainda continha uma certa ironia- Por quê? Tá fazendo algo que eu não posso saber?

- Não, eu só fiquei surpresa- o nível de álcool não permitiu que ela entendesse suas insinuações- Achei que nosso lance fosse só às escondidas.

- Eu não vou te beijar na frente do seu cunhadinho, só quero acompanhar vocês.

- Tudo bem, entra!

Breno entrou na casa já indo até onde Daniel estava.

- E aí?- ele sorriu forçado.

- Oi- Daniel parecia confuso.

- Vinho? Eu adoro!- ele se sentou no chão ao lado de Daniel- Vem, Paula, senta do meu lado.

A morena se aproximou e sentou no chão ao lado do loiro.

- Você quer vinho?- ela perguntou.

- Eu quero- ela foi se levantar e ele a segurou- Não precisa buscar outra não, eu tomo na sua, você já bebeu demais- Breno pegou a taça dela e começou a beber o vinho que tinha dentro- Podem continuar a conversa.

- Tá tarde, acho melhor eu subir- Daniel estava confuso com a presença do pai dos filhos de Paula que até outro dia ela dizia que odiava.

- Boa noite!- Breno falou.

- Paulinha, qualquer coisa que precisar é só me chamar. Eu vou dormir no quarto do Pablo- ele subiu as escadas deixando os dois sozinhos.

- Você quer alguma coisa?- Paula perguntou.

- Eu quero saber que palhaçada tava acontecendo aqui- ele a encarou sério.

- O que? Não tava acontecendo nada.

- Vocês estavam sozinhos, sentados no chão bem pertinho e bebendo vinho. E outra, você já tá bêbada.

- É que eu não sou mais acostumada a beber, mas qual o motivo desse show?- perguntou sem entender nada.

- Você é minha- ele puxou o cabelo dela prendendo a cabeça contra o assento do sofá e passou uma perna por cima da morena ficando de joelhos- Entendeu? Ninguém mais tem o direito de beijar essa boca- ele passou a boca pela dela- Nem de tocar nesse corpo, porque da mesma forma que eu sou completamente seu agora, você também é completamente minha!

Paula sorriu olhando para Breno e ele desceu o rosto lentamente dando um selinho nos lábios úmidos pelo vinho.

- Você é linda- deu mais um selinho- Cheirosa- outro selinho- Gostosa- outro- E toda minha- prendeu o lábio inferior dela entre os seus e puxou lentamente.

- Eu não sou sua- ela sussurrou.

- Você é!

- Então prova!- Paula abriu os olhos e encarou os verdes de maneira provocativa.

Breno se levantou, a puxou pelos braços para ela se levantar e pegou a morena no colo subindo as escadas enquanto beijava o seu pescoço com vontade.

- A gente vai cair- ela riu.

- Vamos mesmo, lá no chão do seu quarto, gostosa!- ele deu um apertão na coxa dela a caminha do quarto.

Quando entraram lá Breno a deixou no chão e já tirou a própria camisa rapidamente para ter um contato direto com a pele dela. Paula observou o loiro e fez o mesmo, tirando a blusa e revelando que estava sem sutiã.

- Você estava sem sutiã na frente dele?- o loiro a puxou pela cintura fazendo o contato direto dos abdomens e dos peitos.

- Sim, mas ele não reparou- deu um sorriso malicioso.

- Com certeza ele reparou, não tem como não reparar nisso- Breno subiu a mão pela barriga dela e apertou o local.

- Você não reparou.

- Aí que você se engana- ele puxou o cabelo dela e grudou a boca em sua orelha- Eu sempre reparo.

Ele abocanhou a orelha dela e a chupou, fazendo a morena descer as mãos por suas costas e apertar sua bunda com vontade.

- Você quer no chão ou no banheiro?- ele seguia distribuindo os beijos.

- No chão- ela sussurrou.

Breno se afastou dela e pegou o edredom de cima da cama para por no chão já que o dia não estava tão quente. Eles terminaram de se desnudar e então se entregaram um ao outro.

- Aquele vinho tinha me deixado com sono e você veio pra me deixar mais relaxada ainda- a morena comentou enquanto sentia o corpo nu do loiro a abraçar por trás.

- Então dorme que daqui a pouco eu vou embora- ele beijou a nuca dela e começou a acariciar seu cabelo para ela dormir.

O que Breno não esperava era que, juntamente com a morena, ele também cairia em um sono profundo.



Em certa hora da madrugada, Gabriel acordou e se levantou indo até o banheiro e então resolveu que iria dormir com a mãe. Ele abriu a porta do quarto lentamente e viu que a morena não estava na cama então entrou no local e viu duas pessoas no chão com o edredom. A mãe tinha o rosto virado para cima as mãos segurando o braço do homem que a acompanhava e passava por cima dela, e estava coberta com o edredom do peito para baixo, já o homem ele não conseguiu ver o rosto pois estava enfiado no pescoço de Paula, mas viu os cabelos loiros e que o edredom também cobria boa parte do corpo do homem, menos a bunda, que estava exposta.

O pequeno se assustou e resolveu voltar para a sua cama e tentar dormir novamente pensando quem seria aquele homem dormindo com sua mãe.



Paula acordou de madrugada sentindo seu estômago se revirar. Ela olhou para o lado e viu que Breno estava agarrado à ela e dormindo, então se desvencilhou dos braços dele e correu para o banheiro despejando tudo que havia bebido e comido no vaso.

- Paula?- Breno entrou no banheiro sonolento e viu o estado da morena- Tá tudo bem?- ele segurou os cabelos castanho para não sujar.

Breno era muito nojento para essas coisas então ele teve que olhar para cima se não vomitaria juntamente com ela.

- Acho que meu corpo jogou toda a bebida pra fora- ela falou ofegante depois que seu estômago não tinha mais nada para mandar para fora.

- Vem, escova os dentes.

Ele a ajudou a se levantar e ela foi até a pia escovando os dentes três vezes e usando o enxaguante.

- Você tá bem mesmo?- ele segurou o rosto dela.

- To sim- ela sorriu- Acho que a gente acabou pegando no sono.

- É, seu corpo tava tão quentinho que eu não consegui me separar.

- Acho melhor você ir embora porque nossos filhos tão sozinho no seu apartamento.

Breno amava ouvir quando a morena se referia aos gêmeos como "nossos filhos".

- Tá bom, eu vou voltar e cuidar bem direitinho dos nossos filhinhos- fez uma voz infantil e deu vários selinhos nela-Não hesite em me ligar se se sentir mal novamente.

- Tá bom.

Breno se vestiu e abraçou forte o corpo dela.

- Boa noite- ele deu pequenos beijinhos no pescoço dela.

- Boa noite- Paula deu um selinho nele e então Breno partiu para o seu apartamento.

All These YearsOnde histórias criam vida. Descubra agora