Capítulo 38

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  - Eu vou ir lá buscar as crianças- ele se aproximou para dar um selinho nela, porém ela desviou fazendo pegar na bochecha.

  Paula havia ligado para a diretora e liberado Breno de pegar Gabriel na escola. O loiro foi até a escola e os gêmeos entraram no carro.

  - Onde o Gabriel espera?- ele questionou deixando os filhos confusos.

  - Perto da sala dele, por quê?- Luiza questionou.

  - A mãe de vocês não pôde vir e pediu para eu pegar ele. Um de vocês podem ir lá?

  Pablo saiu do carro e foi até o irmãozinho o guiando até o carro.

  - O que aconteceu com ela? Tá tudo bem?- Pablo perguntou preocupado.

  - Mais ou menos- Breno respondeu deixando os filhos nervosos.

  Ele estacionou o carro na frente da casa de Paula, fechou os vidros e puxou o freio de mão.

  - A gente vai descer também?- Luiza quem perguntou.

  - Sim, filha!

  Todos desceram do carro e então entraram na casa encontrando Paula sentada no sofá com a cabeça apoiada para trás e os olhos fechados.

  - Mamãe?- a voz de Gabriel a tirou de seus devaneios.

  - Oi, meu amor- o menino foi até ela e a abraçou- Olá!- ela se levantou e beijou o rosto dos outros dois filhos.

  - Oi, o que aconteceu?- o jovem perguntou.

  - Gabe- Paula se virou para o pequeno- Você não quer ficar lá no seu quarto vendo desenho? Na hora de comer a mamãe te chama.

  - Tá bom-ele sorriu e subiu as escadas animado.

  A morena respirou fundo tentando tirar o medo e a tensão de seu corpo.

  - A gente precisa falar sobre algo muito sério- ela se sentou em um dos sofás- sentem.

  Os gêmeos sentaram no outro e Breno se sentou na mesa de centro.

  - O que eu vou falar pode parecer confuso pra vocês e pode ser até que vocês fiquem bravos comigo- ela estava tomando muito cuidado com cada palavra que proferia.

  - Você tá nos assustando, mãe- era nítido que estavam apreensivos.

  - Isso envolve o nosso pai?- Pablo olhou para o homem.

  - Sim, filho- Breno respondeu.

  - Eu vou começar contando tudo do início- ela se ajeitou no sofá- Quando a gente estava em Bogotá, aconteceu que, um dia depois da festa que a gente foi com a Bruna, lembram?- os dois concordaram com a cabeça ainda confusos- Eu e o pai de vocês acabamos nos envolvendo...

  - Vocês transaram?- Luiza foi direta.

  - Sim- Paula preferiu não entrar em detalhes e explicar que a transa ocorreu apenas no outro dia.

  - Mas vocês não se odiavam?- Pablo quem perguntou.

  - É complicado isso, filho- Breno falou- As vezes o ódio pode ser outro sentimento reprimido.

  - Vocês tão namorando?- Luiza arregalou os olhos.

  - Não!- eles exclamaram.

  - Então era tesão reprimido?

  - Sim- Breno era sem filtro igual a filha.

  - Enfim... depois daquele dia, quando nós voltamos para o Brasil, acabou se repetindo mais vezes- a morena contou.

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