- Eu vou ir lá buscar as crianças- ele se aproximou para dar um selinho nela, porém ela desviou fazendo pegar na bochecha.
Paula havia ligado para a diretora e liberado Breno de pegar Gabriel na escola. O loiro foi até a escola e os gêmeos entraram no carro.
- Onde o Gabriel espera?- ele questionou deixando os filhos confusos.
- Perto da sala dele, por quê?- Luiza questionou.
- A mãe de vocês não pôde vir e pediu para eu pegar ele. Um de vocês podem ir lá?
Pablo saiu do carro e foi até o irmãozinho o guiando até o carro.
- O que aconteceu com ela? Tá tudo bem?- Pablo perguntou preocupado.
- Mais ou menos- Breno respondeu deixando os filhos nervosos.
Ele estacionou o carro na frente da casa de Paula, fechou os vidros e puxou o freio de mão.
- A gente vai descer também?- Luiza quem perguntou.
- Sim, filha!
Todos desceram do carro e então entraram na casa encontrando Paula sentada no sofá com a cabeça apoiada para trás e os olhos fechados.
- Mamãe?- a voz de Gabriel a tirou de seus devaneios.
- Oi, meu amor- o menino foi até ela e a abraçou- Olá!- ela se levantou e beijou o rosto dos outros dois filhos.
- Oi, o que aconteceu?- o jovem perguntou.
- Gabe- Paula se virou para o pequeno- Você não quer ficar lá no seu quarto vendo desenho? Na hora de comer a mamãe te chama.
- Tá bom-ele sorriu e subiu as escadas animado.
A morena respirou fundo tentando tirar o medo e a tensão de seu corpo.
- A gente precisa falar sobre algo muito sério- ela se sentou em um dos sofás- sentem.
Os gêmeos sentaram no outro e Breno se sentou na mesa de centro.
- O que eu vou falar pode parecer confuso pra vocês e pode ser até que vocês fiquem bravos comigo- ela estava tomando muito cuidado com cada palavra que proferia.
- Você tá nos assustando, mãe- era nítido que estavam apreensivos.
- Isso envolve o nosso pai?- Pablo olhou para o homem.
- Sim, filho- Breno respondeu.
- Eu vou começar contando tudo do início- ela se ajeitou no sofá- Quando a gente estava em Bogotá, aconteceu que, um dia depois da festa que a gente foi com a Bruna, lembram?- os dois concordaram com a cabeça ainda confusos- Eu e o pai de vocês acabamos nos envolvendo...
- Vocês transaram?- Luiza foi direta.
- Sim- Paula preferiu não entrar em detalhes e explicar que a transa ocorreu apenas no outro dia.
- Mas vocês não se odiavam?- Pablo quem perguntou.
- É complicado isso, filho- Breno falou- As vezes o ódio pode ser outro sentimento reprimido.
- Vocês tão namorando?- Luiza arregalou os olhos.
- Não!- eles exclamaram.
- Então era tesão reprimido?
- Sim- Breno era sem filtro igual a filha.
- Enfim... depois daquele dia, quando nós voltamos para o Brasil, acabou se repetindo mais vezes- a morena contou.
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All These Years
FanfictionPor conta de uma gravidez na adolescência, Paula e Breno criaram um laço que nem mesmo o "ódio" que sentiam um pelo outro poderia romper.