Capitulo 36

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Amanheceu, e nisso, minhas energias foram restauradas.

Eu despertei de um sonho e quando acordei, sabia que não se tratava apenas de um sonho daqueles em que você até sorri enquanto é levado cada vez mais para longe do seu corpo físico. Era real, o suficiente para me fazer sorrir quando acordei, entre os braços de Johanna, aninhadas numa conchinha e com as mãos dadas.

Me virei na cama na sua direção e a tinha ali, vulnerável, bonita, e toda para mim. A partir do momento em que disséssemos "Sim" uma para outra, nossas almas estariam ligadas para todo o sempre até que a morte nos separasse. Muito além de um compromisso, dividiríamos uma vida e eu estava mil vezes mais empolgada para tal acontecimento.

Havia vencido.

Havia vencido as minhas inibições e as minhas concorrentes. No fundo comemorava por saber que Johanna não havia escolhido a carne ao invés do coração novamente, mas também não me sentia bem por saber que Beatrice voltou com a intenção de reconquistar Johanna e descobrir que ela tinha mudado de vida.

Não... na verdade, eu estava satisfeita, nunca lhe desejei mal, mas também não queria que tivesse voltado para deixar Johanna dividida.

Posso ver na placidez em que dorme que sonha com algo agradável, eu quero desperta-la com um beijo, mas apenas aninho sua cabeça sobre meu peito e acaricio os fios soltos do seu cabelos em minha palma.

— Eu te amo tanto, meu amor.

— Também te amo... — ela responde a baixo de mim para minha surpresa e também diversão. — De um tantão bem grandão.

Ela se levanta um pouco e tem um sorriso de olhos pequenos sobre mim, acaricia meu rosto, meus braços, minha cintura com um ágil dedo sobre o véu da minha camisola.

— Que horas são? Não tem nenhum compromisso para hoje?

— Hoje é o meu feriado para apreciar você.

— Sério?

— Não — ela cerra os olhos, brincalhona. — É aniversario do meu pai e como o amo muito, vou a festa dele.

— E... a sua mãe?

— Ela ainda deve nos odiar pelo o que fizemos.

— Mas ela é a sua mãe, meu amor, você não pode odiá-la para sempre. Assim como eu fiz. Encontrei o meu pai lá.

— Sério? — ela usa o mesmo tom que eu.

Foi numa noite de chuva em que lhe contei todo o meu drama com o velho, acompanhada de muitas xicaras de chá.

— Sim... e... consegui perdoa-lo, consegui sentir o perdão vindo dele pois estava arrependido de verdade. Tenho tantas outras histórias para te contar! Mas, o agora é mais importante. Sua mãe deve sentir saudades de você, ela te ama muito, da para ver pela forma com que te trata.

— Não parece que ela ama o suficiente — ela bufa com a boca. — Faz quase um ano que não nos falamos. Ela sequer veio conhecer Nadja.

— E essa festa é uma boa razão para vocês se reaproximarem.

— Ela é orgulhosa demais para isso.

Johanna se levanta de sua espaçosa cama, é tão grande que seus pés não chegam a ponta, se ajoelha e espreguiça expondo aquele par de seios perfeitos para mim, eu a agarro em um bote e a tenho em meus braços para sairmos rolando pela cama entre os lençóis.

— Falo que você deve tomar a dianteira.

Toco seus lábios com um dedo e depois tenho uma mão inteira sobre seus seios, apertando, sentindo a macieis daquele fenômeno natural tão impressionante.

Minha Indomável Paixão (Livro 3) - CONCLUIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora