Minha Indomável Paixão (Livro 3) - CONCLUIDO

Capitulo 28

A última noite antes da véspera do ano novo chega com o peso de mil elefantes. Durante o dia, a difícil tarefa de ficar com Martin, durante a noite, o peso da noite anterior quando fui brutalmente acordada do meu sono e no dia seguinte ainda fiquei de mal com meu único amigo nessa salva. Aquele que me abrigou sobre o seu teto.

Depois dessas pequenas provações, o que eu poderia pedir para mim no início do ano que vem?

Vejo uma nova mensagem chegar enquanto vejo vídeos de gatinhos na internet, era impossível não me acalmar com os felinos passando na tela, caindo, tentando atingir seus objetivos, brigando com os cachorros — incluindo um onde o gato dá um tapa no focinho do cachorro e ele fica tipo que merda é essa!

Eu abro o aplicativo e noto que se trata de uma mensagem de Amara, um pouco mais a baixo, o perfil de Johanna, agora com uma foto nova dela... e Nadja. Ela sorria aparentemente contente, enquanto a pequena lambia seu dedinho, vestida como uma joaninha, ambas pareciam felizes num parque.

Johanna escreve em um status com a mesma foto: "Momentos especiais com a minha pequena paixão. Mamãe te ama, Nadja"

Owt!

Eu balanço a cabeça, verifico a mensagem de Amara. Era um daqueles desejos de boa noite que nossos tios geralmente enviavam; um anjo segurando uma plaquinha luminosa que dizia, "Boa noite!".

Referências? Muitas. Elas me lembravam o passado, os meus desenhos que ficaram em Dublin, a tatuagem de anjo nas costas de Johanna, nossas conversas sobre como os anjos nos agraciaram com um filho apenas por eu ser boa e pura de coração.

Respondo com uma porção de corações azul que são logo visualizados em seguida.

"Espero que ao menos os anjos consigam te animar hoje, amiga — Amara".

"Você nem faz ideia de como essa mensagem foi poderosa. Obrigada por se importar comigo — Cecilia".

Ela leva alguns segundos para responder.

"Ocupada? — Amara".

"Não, apenas vendo vídeos de gatinhos — Cecilia".

"Adoro gatinhos! Gatinhos fazem por nós o que não podemos fazer por nós mesmos — Amara".

"E o prêmio de melhor poesia vai para Amara! — Cecilia" — envio seguidamente uma sequência de carinhas de riso. "E você, como vai à noite?".

"Atribulada, minha amiga. Chegamos a pouco de um pequeno cocktail beneficente cedido pelo prefeito. Você nem imagina, conheci um cara incrível lá — Amara".

Oh...

Amara Xian, a pessoa que eu havia conhecido a pouco tempo e que sabia que não tinha tempo para namorar ou ficar, havia conhecido uma pessoa, o que isso implicava para mim?

Para outras pessoas, nada, ela era livre para amar e ser amada, fosse por quem fosse.

Mas para mim...

Eu digito algo, mas apago, depois digito de novo e apago novamente, olho para o teto onde o ventilador com asas de madeira estava desligado e tento novamente.

Deus, por que não consigo dizer nada? Por que não consigo ficar feliz por ela encontrar um cara para dar uns beijos?

"Parabéns — Cecilia".

"Só... parabéns? É só isso o que você tem para me dizer! — Amara".

"O que queria que eu dissesse? — Cecilia" — adiciono o emoji de uma menina acenando sem entender. Fiquei tensa com a sua reação.