Pistas estão em todos os lugares, mas como Camila vai conseguir conectar todas as que foram deixadas em seu armário na faculdade? Livros, letras de músicas, autores antigos, todos levam a uma só pessoa. Camila procura incansavelmente por quem quer q...
Los Angeles, 25 de março de 2019 Eram 17:30. Lauren já havia entrado em seu Cadillac 1969 preto. Ela estava com as mãos paradas no volante, mas não havia dado partida no carro ainda. Ela estava parada, respirando fundo. É claro que ela já havia tido primeiros encontros, mas nenhum tinha a deixado tão nervosa. Mas com Camila é diferente. Ela tem uma aura, uma energia única, em que Lauren poderia se perder por horas. Ela era simplesmente diferente. Mas depois de conseguir recuperar seu auto-controle, Lauren ligou o carro e seguiu em direção à casa da Camila. E ao contrário da calmaria das ruas, o coração da morena batia em uma intensidade absurda. Ela sentia que se alguém estivesse ao seu lado, seria capaz de ouvir os batimentos desregulados de seu coração. Ela avistou a casa da latina, que era muito maior do que havia imaginado. Ela estacionou o carro na frente da moradia de Camila e desceu. Ela caminhou até a porta lentamente, enquanto admirava a arquitetura da casa. Ela se portou à frente da porta antes de tocar a campainha. Em poucos segundos, a porta se abriu, revelando uma adulta, mais ou menos da mesma altura de Camila, em um terno social feminino.
-Posso te ajudar? - a mulher disse. -Sim... - ela respondeu sem jeito. - Meu nome é Lauren. Eu vou sair com a Camila. -Ah, sim. Você é a amiga da Camila. Por favor, entra. - Lauren colocou os pés para dentro e conseguiu ficar mais impressionada com o interior da casa do que com o exterior. - Meu nome é Sinu. Sou mãe da Camila. -Sua casa é linda, Sra. Cabello. -Obrigada, querida. Eu vou chamar a Mila. Espere aqui.
Sinu deixou Lauren sozinha na sala de estar por alguns instantes, enquanto gritava Camila no pé da escada para que ela descesse. Depois de um curto período de tempo, a latina apareceu, vestida casualmente, mas mesmo assim, tirava o fôlego de qualquer um. Inclusive o de Lauren, que teve que respirar um pouco mais fundo para se recompor do que havia acabado de ver. Elas deixaram a casa e entraram no carro de Lauren. Ela dirigia pela cidade sentindo que seu estômago sairia pela boca de tanta ansiedade. No caminho, elas vieram cantando algumas músicas que tocavam no rádio e rindo de praticamente qualquer coisa que acontecia na rua. Quando Lauren estacionou o carro, Camila reconheceu o lugar na hora. Book Soup. Ela já havia passado por lá, quando recebeu o colar que usava de Normani. Era quando Camila ainda estava na sua busca incessante por Lauren. As duas desceram do carro e passaram a caminhar lado a lado para a entrada da livraria. E mesmo que Camila estivesse tentando se controlar, ela não conseguiu se conter em segurar a mão de Lauren. Quando a morena sentiu os dedos da latina se entrelaçando nos seus, ela corou e virou o rosto para ela, deixando um grande sorriso estampar seu rosto. Isso fez com que Camila pudesse sentir seu sangue correndo pelas veias, tanto de animação quanto de ansiedade. Para não demonstrar o quão apaixonada estava logo de cara, ela apenas retribuiu o sorriso. As duas passaram pela porta dupla da livraria juntas. Lauren cumprimentou um dos vendedores, que era pai de Ally, uma de suas amigas de infância, Jerry Hernandez. As duas se sentaram em um espaço específico do lugar para a socialização. Um espaço entre prateleiras, cheio de puffs coloridos no chão, para que pudessem se sentar.
-Você se lembra daqui? - Lauren perguntou, enquanto ambas se sentavam. -Claro que eu lembro. - Camila disse retirando o colar de dentro da blusa. Ao fazer isso, ela notou o pingente de Sol, e precisou tirar a dúvida que tinha sobre ele. - Posso te perguntar o porquê de ter escolhido um Sol? -Hmm, claro. - Lauren recolheu a manga e mostrou para ela uma pulseira preta, cheia de pingentes. - Eu tenho uma Lua, está vendo? Achei que te dar o Sol seria romântico. -Foi muito bem pensado. - Camila disse enquanto mexia nos outros pingentes. - O que é este aqui? - ela disse selecionando um entre os vários. -Isso é uma torre de castelo em Frankfurt. -Por que Frankfurt? -Eu não sei, sempre tive essa fixação por lá. Quando eu era criança, eu achava que com 20 anos eu já estaria morando lá, casada e com filhos. - Camila riu. - Mas hoje, acho que só gostaria de conhecer ou até mesmo passar minha lua-de-mel em Frankfurt. -Parece um bom plano. -Você já esteve lá? -Não, nunca. Já estive em Berlim, que é maravilhoso, mas nunca em Frankfurt.
As duas ficaram conversando por um bom tempo, até praticamente serem expulsas da livraria, porque precisava fechar. Camila e Lauren saíram de mãos dadas pela porta e quando Camila estava se aproximando do carro, Lauren a puxou pela mão e continuou andando para outro lugar. Ela disse que gostaria de levar Camila para seu segundo lugar favorito em Los Angeles. Era uma sorveteria. Uma das melhores na opinião de Lauren. Elas entraram e Camila se ofereceu para pagar, mas foi impedida por Lauren. Elas ficaram mais um tempinho comendo e conversando antes de voltar a caminhar na rua. Elas apostaram corrida até o carro, e quando Camila ganhou, ela se recostou sobre o mesmo para recuperar o fôlego. Lauren se aproximou dela, tomando coragem para o que estava prestes a fazer. Os universos castanhos encontraram as galáxias verdes, enquanto seus rostos se aproximavam. Eram como se estivessem hipnotizadas uma pela outra. Camila se sentia como se estivesse prestes a explodir e Lauren estava, surpreendentemente, calma e confiante. Porém, quando seus lábios se tocaram, era como se uma corrente elétrica atravessasse o corpo das duas, fazendo com que seus corpos ficassem sem reação por poucos segundos. O beijo era lento, suave e apaixonante. Logo, como num reflexo involuntário, os nervos de Camila ordenaram que seus dedos se cruzassem atrás da nuca de Lauren, que agora tinha suas mãos na cintura da latina. Quando seus lábios se separaram, elas permaneceram se encarando por um tempo, enquanto tentavam normalizar suas respirações descompassadas e as batidas de seus corações que se assemelhavam a baterias de escola de samba. Elas se distanciaram, para que Camila desencostasse do carro e Lauren pudesse abrir a porta para ela. Dentro do carro, silêncio, porém com muitos sorrisos e trocas de olhares. Lauren deixou Camila em sua casa, se despedindo com um curto selinho na latina, observando-a descer do carro e seguindo-a com o olhar até que ela entrasse em casa.
Roupas da Lauren e da Camila no encontro:
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******* Espero que tenham gostado. Beijos delusionals, bia💕
