Amanda narrando
Haviamos acabado de chegar em São Paulo, estava a poucos quilometros de casa e eu sentia o corpo de Rodrigo mais rigido que o normal, assim foi a viagem inteira. Sem gracinhas, risadas e bobagens. As motos e o carro pararam então na frente de casa, aproveitando que Tales não estava por lá poderiamos descansar um pouco e depois eles irem pra onde tinha que ir.
Amanda: ta tudo bem? - falei assim que sai da moto, tirei o capacete e entreguei
Rodrigo: ta sim - murmurou abaixando a cabeça - cê vai ficar bem ai com ela?
Amanda: não quer entrar? Comer alguma coisa?
Rodrigo: tenho que resolver isso o mais rapido possível - sorriu - a gente se vê?
Amanda: claro - sorri, ameacei dar um passo pra trás quando ele segurou em minha mão lançando meu corpo pra perto do seu e no fim nossos lábios se encostaram - cuidado viu?
Rodrigo: pode deixar - me soltou e olhou pra trás - quer dar uma paradinha ali no motel? É melhor do que na rua
Raphael: te fode - mandou o dedo, se desgrudou de Julia dando por fim o último beijo - não vou demorar muito não
Rodrigo: gays - riu e me olhou dando partida na moto, piscou e saiu acelerando. Esse menino não tem jeito.
Ajudei Ju com a mala e entramos. A casa estava no maior silêncio. Abri as janelas deixando o sol invadi, respirei bem fundo e no meio sorriso olhei pra Julia.
Julia: fala vai - riu - diz que ta apaixonadinha pelo meu primo e ah, EU AVISEI - joguei uma almofada na mesma - vai se ferrar - riu
Amanda: eu não to apaixonadinha, to na dele - peguei meu celular e olhei a foto de Felipe que se econtrava no papel de fundo - mais ainda tem ele - mostrei a foto pta mesma
Julia: Amanda, melhor um na mão do que dois voando - pegou meu celular e começou a mexer no mesmo - se fosse ao contrario ele não pensaria duas vezes
Amanda: ele é importante pra mim
Julia: o que os olhos não vêem o coração não sente - devolveu o celular cujo plano de fundo era uma foto minha e dela - relaxa amiga e curte o momento
Amanda: eu vou - sorri - agora borá que temos um TCC pra começar - bati as mãos
Julia: me mata que é menos torturante - sua voz suou manhosa, ri e subimos.
Rodrigo narrando
Assim que estacionamos uma penca de gente caiu em cima, pareciam literalmente um episodio de The walking dead, era sinistro.
Rodrigo: CALMA PORRA - gritei fazendo aquela multidão se calar - quem de vocês aqui sabem da dogra? - todos levantaram as mãos. Porra. Fudeu. - então relaxem pois acham errado - respirei fundo - ela nem aqui esta, esta longe e o beco foi apenas um paradeiro. Vocês não serão prejudicados
Camila: será mesmo? - sua intonação era provocante, já pude saber que entregou tudo
Rodrigo: sai procurando por ai - encarei frente frente - se você achar algo traga a mim que eu vou te garantir que isso não é nosso - olhei a todos - a única droga que tem aqui vem de fora, não somos traficantes e se vocês pensaram nessa possibilidade sem chances. Aqui, nesse beco quem manda ainda sou eu e quando eu estiver aqui não existira trafico interno sacou? Se vocês querem se drogar beleza desde que assumam total responsabilidade individual e não me venham com problemas com a policia. Eu fui claro? - a grande multidão se dispersou. Logos os skatistas foram para a rampa, os drogados pra sua brisa e Camila lá pra cima comigo.
