Amanda narrando
Aquela atmosfera tensa só deixava as coisas piores, mil e uma coisas passavam pela minha cabeça. Poderia ser qualquer um, entrando por aquela porta e acabando com o nosso almoço, mais do que ele estava arruinado.
Pouco tempo depois a campainha toca, Carlos levantou com aquele sorriso mistérioso no rosto e abriu a porta, cumprimentou o convidado e ele entrou. Não, não era um convidado mais sim uma convidada. Possuia cabelos pretos, olhos castanhos e um sorriso lindo, andava finamente e parecia ter uns 20 poucos anos. Olhei confusa, quem seria aquela mulher?
Tales: mas - ele olhou para mulher, abriu um pequeno sorriso e fechou a cara depois que olhou para Carlos - o que esta fazendo aqui?
- seu irmão me convidou - a mulher soltou um riso vergonhoso, isso não estava me cheirando bem
Carlos: familia - sorriu - essa é Natasha, a namorada de Tales
Amanda: que? - segurei o riso - desde quando você namora? - levantei e me aproximei da mulher, a cumprimentei com um beijo no rosto - bem vinda a familia
Vi que Tales ficou meio constrangido, Dona Claúdia sugava a alma de Natasha enquanto meus irmãos trocavam olhares amedrontadores
Daniel: eu estou com fome - se levantou - quem esta afim de comer?
Rodrigo narrando
Já era fim de tarde, eu e Gian estavamos preparando algo grandiozo para tirar o tédio e a rotina do beco.
Gian: eu ainda acho que deviamos contratar uma banda
Rodrigo: eu também acho mas onde íamos encontrar uma as sete horas da noite?
Gian: sei lá cara,damos um jeito, to afim de fazer um bagulho memóravel
Rodrigo: que banda então?
Gian: tem Armandinho, Filipe Ret
Rodrigo: todos são do Rio cabaço - dei um tapa em sua cabeça
Gian: ouvi falar que o Criolo ta por aqui
Rodrigo: agora achar ele é outros quinhentos
Gian: fica esperando irmão - ele pegou o telefone e saiu com o mesmo. Esse cara, as vezes, me dava medo.
Senti meu estômago roncar, fui pra cozinha, abri a dispensa e peguei um pacote de salgadinho mesmo, senti meu bolso vibrar, peguei meu celular e olhei no visor. Mensagem de número anônimo, estranhei e abri a mesma.
"O cara que você pensa que morreu esta mais vivo do que nunca, circulando de baixo do seu nariz"
Li essa mensagem umas 3 vezes. Senti meu corpo todo se contrair, deixei o saco de salgadinho em cima da mesa e voltei pra sala.
Gian: advinha quem vai tocar no beco?
Rodrigo: Criolo?
Gian: issaê - ele me encarou por um segundo - aconteceu alguma coisa cara? Cê ta meio branco
Rodrigo: se liga nisso - joguei o celular, ele pegou e olhou pro mesmo
Gian: não cai nessa - ele me encarou, seu rosto estava duro - pode ser Olavo
Rodrigo: ou meu pai
Gian: tu viu teu pai morto no caixão cara
Rodrigo: eu nunca viu seu corpo morto - o encarei - e aquele dia no sitio
Gian: isso aqui tem fortes correntes de Olavo, se quiser saber mais sobre isso ja sabe com quem falar
Rodrigo: é - parei por um momento - Criolo então? Vou avisar Carlos
Gian: demoro