Raphael narrando.
Pousamos a moto longe da casa de Olavo, caminhamos em silêncio até a casa do mesmo. Todos nos carregávamos o fardo de culpa pela morte daquele cara. Nos mas os parceiros de Olavo adentramos todos em silêncio, nos reunimos na cozinha.
Rodrigo: cara - quebrou o silêncio - não era nossa intensão parar naquelas bandas, nem causar tudo aquilo, os caras chegaram do nada e até agora eu não entendi o que estava acontecendo
Olavo: relaxa amigo - disse dando um abraço nele - você ver Joeu morrer? - ele assentiu - aqueles caras são dureza, estamos a procura deles a meses, eles nos deve geld³ - fez um sinal de dinheiro - o líder deles me roubou e fugiu
Gian: foi mau pela causa ai cara
Olavo: relaxa amigo - pousou a mão em seu ombro - aconteceu, sentimos pelo nosso amigo - seu celular começou a tocar, ele pediu licença e saiu. Os cara também saíram, se despedimos e ficamos nos quatro
Rodrigo: o cara morreu na minha frente mano - apertou a cadeira onde se apoiava - ele olhou nos meus olhos velho
Raphael: o cara já morreu - todos me olharam - agora vamos esquecer isso e dormir
Rodrigo: dormir? - ele me encarou - imagina se fosse você lá, se nós não tivemos saído porque alguem queria dar rolézinho a noite aquele cara ainda estaria vivo!
Raphael: se eu soubesse que aquele cara ia morrer eu nunca teria dado essa ideia gênio - o encarei. Era só o que me faltava, a culpa é minha que ele morreu? Esse Rodrigo tem umas ideia muito errada cara
Carlos: vocês não vão começar a discutir por isso beleza? - parou na frente do Rodrigo - cara, tu ta mal, a culpa não é do Raphael. Relaxa mano, borá dormir que amanha é outro dia.
Carlos e Rodrigo subiram ficando apenas eu e Gian.
Gian: é irmãozinho, é foda - ele abriu a geladeira - só tem jenever nessa porra - pegou uma e dois copos, nos serviu
Raphael: que porra é essa? - perguntei, virando um pouco
Gian: acho que é licor - pegou olhando a garrafa. Terminamos e subimos. Rodrigo tava na cama, cotovelos apoiados no joelho, suas mãos grudadas na parte de cima e ele olhando pro nada
Raphael: cara? - ele me olhou - ta tudo bem?
Rodrigo: ta - disse saindo do transe - foi mau la embaixo - o interrompi
Raphael: relaxa - deitei na cama. Dormimos.
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3- dinheiro
Amanda narrando.
Abri os olhos e mau pude acreditar no dia anterior, ou melhor, quem dormia ao meu lado. Felipe ainda dormia, sorri com aquilo, sorri com nossa noite. Pra quem acha que rolou sexo ou afins, nada disso. Assim que saímos do parque voltamos pra casa e ficamos conversando sobre tudo, rolava alguns beijos mas nada de mais. Confesso que gostava da sensação de alivio que aquilo me trazia, ele sempre me deixava assim, leve, mas agora não era apenas a leveza mas as batidas mais aceleradas. Era estranho pensar que meu melhor amigo de anos estavam afim de mim, que sempre esteve.
Felipe: ta pensando no que? - olhei de relance, ele acordava. Sorri
Amanda: no quão estou atrasada pra faculdade - sorri
Felipe: falta hoje, vou voltar e você vai ficar sem mim - me abraçou puxando pra deitar
Amanda: falto - sorri e me aconcheguei em seus braços - mas só porque estou morrendo de preguiça