Capitulo 29

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                                                                    Amanda narrando.

Acordei com uma gritaria, senti meu olho arder e um zumbido em minha orelha. Levantei bruscamente, meus olhos demorar a se acostumar com a luz mas pouco tempo depois deparei com a situação. Seus olhos me encaravam com uma certa raiva, balancei a cabeça em negação mas quando me dei conta suas unhas já estavam cravadas em meu braço.

Amanda: ME SOLTA SUA LOUCA - berrei sem dó, ela me encarou com mais raiva e me puxou pra fora do quarto. Me coloquei pra trás fazendo com que sua unhas que estavam cravadas em meu braço arranhasse profundamente. Senti a dor e soltei um gemido. 

Claúdia: não criei filha minha para ser vagabunda - ela aumentou seu tom de voz

Amanda: você não esta em sua casa pra fazer esse showzinho, abaixa o tom - ela rangeu os dentes e, segurou meu braço com ainda mais força mas assim que recuei novamente ela me virou um tapa na cara. Ardeu. Puxa, como ardeu! Coloquei a mão no rosto e me afastei, vi Carlos se aproximar e se colocar no meio de nos, logo após Tales e por fim Julia.

As lágrimas molharam meu rosto, minha bochecha esquerda ardia como nunca e a vontade de gritar era mais forte que eu. Me contive. Passei por toda aquela gritaria até achar a porta. Eu estava apenas com a blusa dele, mas não recuei e continuei a fuga daquele inferno. Andei a pequena rua sem saída até a avenida principal. Meu coração estava em pedaços, meu rosto inchado de tanto chorar e meus pés descalços doíam.

Uma moto que vinha em direção oposta a minha foi diminuindo a velocidade, eu reconhecia aquela moto, reconhecia o motoqueiro e sem pensar, assim que ele saiu da moto o abracei com todas minhas forças.

Raphael: o que você esta fazendo aqui? - perguntou com a voz abafada. Seu coração estava acelerado, minhas lágrimas continuas molhavam sua camisa enquanto seu abraço me segurava com força. Me afastei dele assim que me dei conta que aquilo estava de mais, ele me olhou, seus olhos percorreram todo meu corpo até parar em meu braço - por que esta sangrando?

Amanda: foi minha mãe - sussurrei olhando para o mesmo, seus arranhões estavam sangrando - ela invadiu a casa e me arrancou a força da cama

Raphael: ela ainda está lá? - dei de ombros - vem comigo - ele me puxou, montou na moto e eu o acompanhei.

                                                               Julia narrando.

Aquela gritaria estava me dando nos nervos. Aquela situação estava um caus, meus sentimentos estavam exaltados de mais devido Rodrigo.

Julia: DA PRA PARAR - gritei com todas as forças. Todos pararam de discutir e voltaram pra mim - olha Dona Clauda, eu respeito senhora de mais mas você não esta respeitando minha casa, não me leve a mau mas a senhora pode se tetirar?

Claudia: eu quero saber onde esta minha filha - ela retirou os cabelos da cara 

Paulo: o que esta acontecendo aqui? - ele apareceu no final do corredor, sua voz estava seria e fria

Claudia: quem é o senhor?

Paulo: pai do Rodrigo

Claudia: não sabia que aquele marginalzinho tinha pai - ela olhou pra Tales

Carlos: mãe, ja deu mano, vaza daqui

Paulo: e você é quem? Posso saber por que a senhora esta fazendo esse furdunço aqui?

Claudia: Claudia, mãe de Amanda, vim resgata-la

Paulo: você esta a vendo por aqui? - ele olhou para todos os lados 

Quase sem pararOnde histórias criam vida. Descubra agora