Capitulo 7

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Julia narrando.

Um pouco antes de acabar o show fui a procura de um banheiro quimico, minha bexiga estava quase estourando. Achei um, entrei e logo sai. Perto daquele lugar - que era o mais afastado do palco - tinha alguns noiados e assim que passei por eles alguns mexeram. Ah, namoral, eu tinha nojo deles. Continuei meu caminho até que eu olhei de relance e quando distingui o rosto de um não acreditei. Era Raphael, SIM, AQUELE IDIOTA, VAGABUNDO, FILHO DA PUTA TAVA SE DROGANDO  e não pense que era maconha, ele estava cheirando, continha um pó branco nas costas da mão. Senti todos os meus nervos a flor da pele e fui me aproximando furiosa. Ele levava um sorriso debochado no rosto, os olhos vermelhos e estava totalmente grog. Peguei em seu braço o puxando fortemente para longe daqueles nojentos, xingando e bufando. O levei para o estacionamento e assim que paramos dei um leve empurrão

Julia: QUAL É A TUA EIN GAROTO?

Raphael: me deixa sua louca - começou a rir e andar de volta para o show, o puxei e ele voltou

Julia: vou te deixar, ter uma overdose, se perder, virar um noiado. Você é ridiculo garoto, nem viciado é e ta nessa de mimimi de maconha e o caralho a 4. EU TENHO NOJO DE VOCÊ, NOJO - eu ja estava em cima dele cuspindo aquelas palavras em sua face

Raphael: eu fumo o que eu quiser, você não tem nada a ver com a minha vida e se você tem nojo de mim por que se preocupa tanto comigo? - eu estava sem palavras e ele todo irritadinho. Ele estava pálido, se encostou no capo de um carro qualquer e abaixou a cabeça

Julia: Raphael, o que você misturou?

Raphael: bebida, maconha e cocaína

Julia: você precisa ir pro hospital

Raphael: eu to bem - sua boca já estava branca, ele estava caindo e se levantando toda hora. Se ele caísse as coisas poderiam ficar mais serias. Peguei meu celular e disquei o numero de Rodrigo, pedi a ele que trouxesse a chave do carro da Amanda. Raphael se desencostou do carro e quando foi dar um passo a frente quase caiu, só não desabou pois eu o segurei. Ele fedia a bebida, estava péssimo  e eu estava desesperada. Pouco tempo depois Amanda e Rodrigo aparecem, Rô me ajudou a coloca-lo no banco de trás e fomos pra o hospital.

Raphael narrando.

Abri os olhos e apenas enxerguei o branco, desci mais meu olhar e vi Amanda deitada desconfortavelmente numa poltrona. Olhei para meu canto direito e vi que minha mão estava ligada ao um tubo, subi mais e vi que era soro. Ah não porra! Eu tinha dado PT. Minha cabeça doía mais que o normal. 

Raphael: Amanda - sussurrei meio alto - psssssssiu, Amanda - ela num pulo acordou

Amanda: como você ta se sentindo? - se aproximou - deu um susto em tanto em nós ontem

Raphael: o que eu fiz?

Amanda: bebeu, se drogou, nada que um bom soro e alguns tapas de Julia não te façam novo novamente - sorriu

Raphael: cadê ela?

Amanda: passou a noite toda aqui, eu cheguei e quase obriguei ela a ir pra casa

Raphael: acho que eu devo desculpas

Amanda: e um juramento que vai ficar longe das drogas - fiz uma careta e ela saiu rindo - tudo bem, vou chamar o médico.

Algum tempo depois e eu já estava saindo do hospital com Amanda. Voltamos pra casa onde estavamos e apenas Gian estava na sala.

Gian: olha só, se renovou de ontem - veio ao meu encontro e mandou um toque

Quase sem pararOnde histórias criam vida. Descubra agora