Amanda narrando
Se eu queria aquilo? Aqueles lábios nunca foram tão doces como agora, aquele corpo nunca me atraiu tanto, eu o sentia, mais do que pele a pele, era algo além daquilo tudo.
Encostamos num canto, não queria acabar, não queria que ele me soltasse mesmo ficando comigo. Nossas respirações se completavam, estavam ofegantes e o calor da pele estava pedindo por mais privacidade, um lugar só nosso
Rodrigo: vamos sair daqui - gemeu baixo apertando minha cintura. Segurei em sua mão e começamos a andar no meio daquela multidão rumo a saída. Ele me levou até o carro de Ju, abriu a porta para mim e logo em seguida entrou. Partimos pra Deus sabe onde.
Julia narrando
Toda aquela atmosfera havia me deixado tensa mas eu estava ali, com ele, o que importava?
Raphael: não vai se livrar de mim tão cedo - sorriu enlaçando minha cintura e puxando para um selinho
Julia: não tenha mais um ataque desses ok? Se não sou capaz de arrancar seu colega fora - me referi ao seu pênis, ele deu um sorriso e me beijou com vontade.
Um tempo depois decidimos procurar Amanda e Rodrigo. Procura falhou pois nenhum dos dois estavam em lugar algum.
Raphael: será que?
Julia: com certeza - ri baixinho - sorte que eu fiquei com as chaves dela
Raphael: borá sair daqui - ele balançou a cabeça em direção a saída - vamos a uma festa de verdade
Enlacei meus dedos nos dele e saímos juntos.
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Paramos no beco, onde mais seria? Festa de verdade era ali mesmo.
O beco estava bombando, tico e teco estavam no controle da música, as pessoas se amontoavam em volta dos litrões, a festa não parava.
Raphael: quer? - ele segurava dois copos de plástico, segurei um e senti o álcool descendo pela garganta. Era vodca pura.
Raphael: eles também não estão aqui
Julia: deixa de ser ingenuo amor - sorri - a essa hora Amanda já é mulher - sussurrei
Ele olhou sem entender e entramos naquela multidão. Ali sim começou uma festa de verdade.
Rodrigo narrando
Parei o carro perto daquele penhasco, por que ali? Queria lhe mostrar a coisa toda e se fosse pra acontecer algo, que saísse dos padrões de quatro paredes e uma cama. Saímos do carro, a encostei no capô, ela sentou no mesmo e eu fiquei entre suas pernas, mordi seu pescoço e nos beijamos com vontade. Ela estava foguenta, sua mão percorria todo meu corpo sem nenhuma restrição o vetação. Uma questão brotou em minha cabeça, ela era virgem? Não, com certeza, sua ousadia não era de menina, era de mulher.
Apertei sua coxa e levantei seu vestido, ela se arrepiou, a olhei e ela lançou aquele sorriso safado. Passei a mão pelo seus seios e vi que ela se animou, grudou as mãos em minha nuca e puxou meus cabelos, caraca, aquela mulher era A mulher.
Amanda: Rô - sua voz era baixa e rouca, minha mão que estava no meio de suas pernas voltaram para suas coxas e eu a olhei - eu sou... - virgem?
Rodrigo: já suspeitava - sorri de lado e me recolhi
Amanda: não - ela puxou minha mão e segurou minha nuca novamente, seu olhar estava fixo ao meu - eu quero você - sorriu - quero que você seja o meu primeiro
Rodrigo: tem certeza? - ela assentiu.
Era sua primeira vez e eu não poderia simplesmente transforma-la nuns pega, tinha que ser algo memorável - vem comigo
Ela abaixou seu vestido e desceu do capô, a levei até a beira do penhasco, tirei minha jaqueta e a estendi no chão.
Ela tirou seus sapatos e sentou na mesma, eu logo ao seu lado. Estávamos frente a frente, sem luz alguma, a não ser a lua.
Rodrigo: relaxa - sussurrei e a puxei pela cintura a sentando no meu colo de frente pra mim.
Ela assentiu e abraçou minha cintura com suas pernas, segurei sua nuca com delicadeza e voltamos a nos beijar, beijos se transformaram em caricias e logo ela se deitou, me puxou para cima dela e ali começamos pra valer.
Foi uma noite boa, chegamos ao prazer de ambos juntos. Ficamos ali ate o pôr do sol. Foi diferente, especial.
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Estacionei bem atrás do carro de Amanda, já eram 6 da manhã mas o beco ainda estava em festa. Amanda estava com minha jaqueta, a neblina pairava por aquela imensidão de gente bêbada e louca, sorri e segurei a cintura de Amanda, entramos na multidão.
Raphael: ai estão vocês - ele sorriu gozado, estava bebaço e rindo que nem um louco - usaram camisinha? Ó, camisinha é essencial
Amanda: cadê Ju? - a olhei de soslaio, ela estava vermelha
Raphael: esta ali - apontou, ela estava conversando com algumas meninas.
Amanda: ja volto - ela saiu, encarei o Raphael que ria de mim
Raphael: parabeeens mulequeeee - levantou a mão para fazer um toque - é nois porraaa - ele fungou. Seu nariz estava entupido. Gelei. Ai caralho.
Rodrigo: você ta - puxei o mesmo pelo braço e o arrastei para cima - você ta usando o estoque?
Raphael: foi só uma cheiradinha meu irmão, uns cara tava ali e foi só uma. Eu to assim por causa da bebida
Rodrigo: você ta ficando louco? - coloquei a mão na cabeça - tua mina ta aqui e tu ta nessa? Porra Raphael
Raphael: eu ja disse que eu to assim porque - e foi ai que eu ouvi um barulho de sirene. Era a policia. A multidão se afastou e cerca de 4 policias saíram de duas viaturas.
Rodrigo: vaza daqui, pega as mina e vaza
Raphael: mas cara
Rodrigo: vai e da o carro pra Amanda - dei a chave do carro - não faz mais merda
Desci aquele pequeno grupo de escadas de encontro com os policiais, eles estavam em ação e eu não poderia arrumar briga com a policia.
Rodrigo: bom dia - aproximei do que parecia ser o chefe - algum problema?
Policial: bom dia - ele me lançou um olhar duro - Rodrigo Antoniazzi certo? - assenti - recebi uma denúncia de tráfico por essa região
Rodrigo: uou - sorri de nervoso - se tem não é daqui pois ninguém do meu grupo esta traficando, aqui não é ponto e muito menos biqueira
Policial: é o que vamos ver - ele deus dois tapinhas em minhas costas e saiu em direção a um dos policiais.
Sentei em uma dos galões de chop e fiquei observando o trabalho deles. Carros foram revistados, motos e até a mata local. Um certo tempo depois uma terceira viatura chegou, eles saíram armados de encontro com o policial com que falará mais cedo. Ele me olhou apreensivo e dois policias juntos dele se aproximaram.
Policial: esta tudo limpo - ele me encarou - mas fica esperto cara
Suspirei aliviado, apertei a mão do policial e esperei o beco todo se esvaziar.
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Cheguei em casa já passava das 8 horas.
Despejei as chaves na mesinha da porta e subi, tirei minha blusa no meio do caminho e assim que abri a porta do quarto pude perceber que não estava sozinho. A luz que vinha do corredor iluminou bem seu rosto sereno, ela usava uma camisa minha. Sorri. Estava cansado de mais. Fechei a porta de vagar, tirei minhas calças e deitei ao seu lado. A observei por um momento depois simplesmente apaguei.