Capítulo 4 - Tempestuoso

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Assim que Jaken e Sesshoumaru chegaram à clareira na qual Rin havia ficado, ela se aproximou depressa dos dois, sorridente e alegre.

– Que bom que voltaram! Eu já estava ficando preocupada.

– Mas já estamos de partida - retrucou Jaken. – Viemos apenas te buscar.

Olhando para o youkai branco, ela aguardava uma confirmação, mas ele nada disse.

Em pouco tempo se puseram a caminho. Era um quente começo de tarde. Seguiam atravessando a floresta, quando os sentidos aguçados de Sesshoumaru lhe permitiram captar o cheiro de Inuyasha e de sua amiga humana.

– Me parece que Inuyasha também está seguindo o rastro de Naraku - disse ele.

– O Inuyasha? - abismou-se Jaken. – Já terá se recuperado assim tão rápido?

– É o que parece. Está um tanto à nossa frente, mas isso não importa. Ele não tem a menor condição de enfrentar Naraku, por isso quem irá derrotá-lo serei eu.

– Isso mesmo, senhor Sesshoumaru! - vibrou Jaken.

Indiferente ao entusiasmo de seu servo, ele refletia naquilo que havia presenciado no vilarejo.

"Qual será o objetivo de Naraku? Da outra vez, ele cuidou de eliminar seu rastro e sua energia, mas agora qualquer um poderia seguí-lo facilmente. Ele está agindo de modo estranho desde o início."

Atenta à expressão pensativa do youkai branco, Rin se sentiu curiosa sobre o que ele estaria pensando.

"O senhor Sesshoumaru parece ter muitos problemas." imaginou ela.

O tempo em que eles caminharam num ritmo constante e em silêncio foi bastante longo. Como de costume, Jaken e Sesshoumaru seguiam a pé e Rin vinha montada em Arurun. Subitamente, o youkai branco falou:

– Temos que ir mais depressa. Já estão muito a nossa frente - e fez um gesto para que Arurun parasse. – Me dê espaço, Rin - ordenou ele, referindo-se à montaria.

– Sim - ela respondeu de pronto e se afastou, mas não antes de corar levemente.

– Pro alto, Arurun - ordenou o youkai branco, tomando as rédeas.

– Espere! Não me deixe pra trás, senhor Sesshoumaru! - gritou Jaken, se agarrando à calda do youkai voador, que já se achava a um palmo do chão. A muito custo, ele conseguiu se segurar em Rin e assim seguiram os três, montados no youkai voador.

ooOOOoo

O sol ia quase se pondo quando eles chegaram a circunvizinhança da morada de Naraku - um suntuoso castelo do qual ele havia se apossado. Sesshoumaru já podia avistar a edificação e, sobretudo, sentir as fortíssimas emanações de energia sinistra que vinham de lá.

"Naraku e Yeda estão lutando com toda certeza. E Kagura deve estar por perto também..." - considerou ele em pensamento.

– Escutem, Rin, Jaken, quero que fiquem escondidos aqui. Irei sozinho daqui pra frente.

– Sim! - concordaram em uníssono.

Sem olhar para trás, ele os deixou e seguiu adiante. Um tanto à frente, pôde captar a aproximação de Inuyasha e sua companheira. Ocultando-se entre as árvores, viu que os dois corriam em direção ao pátio do castelo.

"Naraku deve estar ocupado demais para me notar, mas Inuyasha não passa de um inepto. Sequer percebe meu cheiro mesmo estando tão próximo." - pensou consigo e esperou para ver o que o irmão faria.

Aproximando-se um pouco mais, ele avistou Yeda tombada ao chão, bastante ferida, e Naraku em pé, próximo a ela. Não pôde ouvir o que falavam, pois seu tom era baixo demais para a distância a que estava, mas o modo como se olhavam não passou despercebido por ele. Reparou ainda que o castelo se achava em ruínas e deduziu que isso deveria ter acontecido em função da luta entre os dois. Eis então que Inuyasha saltou no meio do pátio, gritando:

As Crônicas de SesshoumaruOnde histórias criam vida. Descubra agora