Capítulo 12 - Assalto

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Jaken e a senhora Kaede caminhavam pela varanda da casa dela, conversando serenamente. Seguiam à horta para colher algumas raízes e estavam quase fora da área coberta, quando o youkai sapo farejou um cheiro estranho.

– Acho que estou sentindo o cheiro de um youkai.

– Sim, agora que você falou, percebo uma aura sinistra - confirmou a velha e, voltando-se às moças que se achavam no pátio, orientou: – Kagome, Sango, Rin, fiquem atentas. Tem um youkai rodeando a casa.

– Sim! - elas responderam em uníssono.

Sango correu à sua casa e foi buscar seu Osso Voador. Kagome também foi atrás de seu arco-e-flecha. Rin, um tanto assustada, apenas acompanhou a movimentação das duas, que foram e voltaram ao pátio praticamente ao mesmo tempo, e Sango veio acompanhada de Kirara, esta em sua forma crescida.

– Kagome, cuide das coisas por aqui. Eu vou sobrevoar a área.

– Certo. Mas e quanto as suas filhinhas, Sango?

– Ainda estão dormindo. Shippou está olhando elas.

– Muito bem! - respondeu Kagome. – Rin, vai lá pra dentro também e ajude o Shippou.

A adolescente obedeceu sem pestanejar. Ela mal pisara no primeiro degrau do alpendre que levava à casa de Sango, e escutou um grito estridente, que a fez gritar de susto também.

Kaede, Jaken e Kagome correram ao portão, enquanto Sango alçou vôo em Kirara. Alcançando o outro lado, a ex-exterminadora ficou horrorizada com o que encontrou: havia sim um youkai ali, porém ele não visava a mansão, mas atacava um jovem camponês. A aparência do youkai era de uma doninha gigante e ele já havia comido metade da perna esquerda do rapaz.

– Pare aí seu miserável! - bradou e disparou o Osso Voador.

A arma em forma de boomerang, arremessada com impressionante força, seguiu uma trajetória precisa e cortou o youkai ao meio; ambas as partes cortadas secaram até virarem ossos e logo tudo se tornou pó.

– Desça, Kirara! Temos que ajudar ele.

Após um curto miado, a felina youkai se precipitou abaixo. O homem se achava tombado no chão, agonizando. Aproximando-se, Sango deduziu que ele deveria ter uns dezoito anos; tinha boas feições, cabelos escuros e olhos de um castanho-mel. Pesarosa com a sorte dele, ela se aproximou e tocou de leve em seu ombro.

– Ei, não se entregue. Eu conheço uma pessoa que poderá aliviar sua dor.

– Minha perna, minha perna... - ele choramingava.

Levantando-se, Sango veio ao portão, agitou o sino e gritou:

– Abram! Eu já acabei com o youkai, mas tem um ferido aqui.

A uma certa distância, Kohaku vinha chegando; ele tinha ido ao mercado. Ao avistar a irmã, que se esforçava para erguer o rapaz, veio correndo até ela.

– O que aconteceu aqui?

– Me ajude, Kohaku. Esse moço foi atacado por um youkai.

Assim que os dois entraram, Kagome sobressaltou-se com o rastro de sangue que a ferida da vítima deixava. Kaede se aproximou.

– Que desgraça. É preciso tratar dessa ferida rápido. Levem-no para minha casa.

Como o portão ainda estivesse aberto, Jaken se aproximou do local onde os restos do youkai doninha ainda se achavam, farejando o ar.

"Que estranho. O cheiro que senti antes não era esse.", ele pensou consigo, mas não se demorou muito ali.

Um pouco depois, estavam todos na ala da casa que pertencia à anciã. O rapaz achava-se estirado num futon, Kaede a seu lado e Kagome auxiliava-a. Sango e Kohaku estavam próximos, de prontidão. Rin e Shippou continuavam cuidando das bebezinhas.

As Crônicas de SesshoumaruOnde histórias criam vida. Descubra agora