As Crônicas de Sesshoumaru

Capítulo 44 - Incertezas

Dez dias depois, desde a partida do youkai branco, Rin tentava não se sentir triste com sua ausência, mesmo que ele estivesse se demorando mais do que o esperado. Naquele momento, ela estava na ala de Kagome, escutando conversas cotidianas entre a recém-casada e a ex-exterminadora e estava à espera de uma deixa para fazer uma pergunta.

– Ô de casa, estou entrando!

As três reconheceram a voz da youkai lobo.

– Yeda! - exclamou Rin, muito contente.

– Oi, querida! Tudo bem por aqui?

A jovem assentiu com a cabeça.

– Boa tarde, Yeda! - saudou Sango. – E como vai a construção?

– Muito bem! Seu irmão tem nos ajudado muito!

Rin apontou uma das almofadas próximas e logo Yeda se acomodou. Kagome se encarregava de inteirar a youkai das novas, mas então Yeda estranhou a quietude de Rin.

– Rin, algum problema?

Após alguns instantes fitando a youkai, a jovem esposa respondeu:

– Não é bem um problema, mas tem uma coisa que eu gostaria de entender... Yeda, como dá pra gente saber que tem um neném na nossa barriga antes que a barriga fique assim grandona? Porque a sua não está e você já sabe que tem um neném aí.

As duas humanas e a youkai ficaram surpresas com o questionamento.

– Mas que história é essa, Rin? - disparou Kagome. – Você acha que está grávida? Você é muito novinha para já estar grávida! Você não se preveniu?

– Hã? Como assim não me preveni? - a jovem esposa replicou confusa.

– Kagome, vai com calma... - advertiu Sango. – Aqui não tem os remédios lá do seu tempo. Depois que uma mulher se casa, não demora a vir os filhos.

Kagome bateu na própria testa.

– Esquece o que eu disse, Rin! Tem horas que eu esqueço que aqui é a Era Feudal.

Yeda deu um largo sorriso e se dirigiu a jovem humana:

– Rin, você saberá que está esperando um bebê quando os seus sangramentos pararem.

– Os meus sangramentos? Mas o que uma coisa tem a ver com a outra?

– Você nunca conversou sobre essas coisas com a vovó Kaede? - perguntou Kagome. – Ela entende tudo sobre gestações!

– Eu sei disso, mas como a vovó Kaede nunca se casou eu achei que seria indelicado perguntar coisas assim para ela.

Sango meneou a cabeça em concordância.

– Você pensou certo. Embora a senhora Kaede realize muitos partos, foi melhor você falar sobre isso com a gente.

Rin assentiu e ficou pensativa.

– Então tá, eu vou te explicar como é, Rin! - começou Kagome em um tom professoral. – Todos os meses, as mulheres armazenam aqui no útero os nutrientes necessários para alimentar uma sementinha que pode se transformar em um bebê. E essa sementinha vem dos nossos maridos, é claro - ela fez uma pausa. – Como a sementinha entra na gente eu não preciso te explicar, né?

Rin corou violentamente e fez uma negativa enérgica com a cabeça. Sango rolou os olhos e Yeda deu uma risadinha.

– Muito bem! Então se a sementinha não vier, aqueles nutrientes que foram guardados ao longo do mês são descartados e expelidos no sangramento.