Capítulo 51 - Celebração

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Dois anos haviam se passado desde o nascimento dos gêmeos. Sesshoumaru e Rin estavam no pátio, sentados lado a lado em uma roda com os amigos e ao redor deles a algazarra de uma celebração em família. No transcorrer desse tempo, o dia-a-dia daquele grupo tão peculiar havia se modificado um pouco.

Inuyasha e Kagome pareciam estar de volta aos tempos do início de seu convívio. Mesmo estando casados, o casamento deles não tinha nada de ortodoxo, ao menos não para a Era Feudal. Kagome acompanhava o meio-youkai em todas as caçadas e por vezes os dois se refugiavam por dias na era moderna e então retornavam cheios de bugigangas e histórias.

Em contrapartida, Sango e Miroku haviam passado por alguns desentendimentos até que o monge compreendesse que agora que seus filhos estavam maiores, ele deveria consentir que Sango retornasse à ativa, pois a maçante rotina dos afazeres domésticos começava a desgastar os nervos e a jovialidade da outrora famosa exterminadora de youkais.

Yeda vivia sempre atarefada, carregando Nakuru consigo onde quer que fosse e às voltas com todo tipo de trabalhos, mas mesmo em meio aos compromissos e contratempos, ela sempre arranjava tempo para visitar as amigas na mansão. E ela costumava compartilhar com Rin como se sentia feliz por ver que, a cada dia, Inuyasha e Naraku passavam a ter uma convivência que beirava a normalidade.

Kohaku e Kagura formalizaram seu romance, assim Kohaku passou a morar no casarão de Naraku e Yeda. Sango e Rin ficaram entristecidas com a partida dele, mas precisaram se conformar em face à alegria que o valente exterminador demonstrava por poder estar ao lado daquela que havia sido seu primeiro amor.

A sacerdotisa Kaede mantinha a lucidez e uma ótima disposição para uma idosa de mais de setenta anos, feito esse que a própria atribuía a uma alimentação bem equilibrada. No entanto, o dom espiritual que ela detinha e que fora lapidado ao longo dos anos e sua grande vontade de querer ajudar a todos também tinham sua parcela na longevidade da anciã.

Jaken vinha desfrutando de uma vida muito tranquila antes do nascimento dos gêmeos, mas agora precisava se desdobrar em mil para conseguir dar conta de ajudar Rin com as duas crianças. Tal como acontecia quando Rin era apenas uma garotinha, ele reclamava dos pequenos a todo instante, mas claro que os amava incondicionalmente.

Shippou finalmente ganhara alguns centímetros em estatura e, conforme Rin e Kagome haviam suposto, ele não escondia seu afeto por Kanna, com quem passava a maior parte do tempo.

– Dá pra acreditar que esses pirralhos já têm dois anos? - exclamou Inuyasha. – Parece que foi ontem que os pestinhas nasceram.

Disposta a tirar sarro do companheiro, Kagome deu um risinho e então atraiu a sobrinha para si, dizendo:

– Rini lindinha, vem aqui com a tia, vem!

Esperta e risonha, a criança se jogou nos braços de Kagome, que depois de afagá-la um pouco nos cabelos a deixou sobre os joelhos do marido.

– O que você estava dizendo, Inuyasha?

– Que não é justo que o Sesshoumaru tenha uma filha tão bonitinha! - ele falou com cara de bobo, causando risadas nos amigos e depois indagou: – Kagome, já tem um tempão que nós descobrimos que podemos sim ter filhos, então quanto tempo ainda terei que esperar pra gente fazer uma criancinha linda dessas, hein?

– Ih, não começa com esse papo de novo, Inuyasha. Eu já disse que enquanto eu não terminar meu aperfeiçoamento espiritual não posso ter filhos.

– Hunf! Cada hora você inventa uma desculpa!

– Pelo visto agora é a vez dela te dar um chá de cadeira, meu amigo - comentou Miroku, risonho.

As Crônicas de SesshoumaruOnde histórias criam vida. Descubra agora