Capítulo 3

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                    *Mary Narrando*
       
                       ( Começando )

Ontem tinha festa do Lucas e do Richard, e eu só não fui por que eu e a minha cunhada Andressa fomos pro show do meu irmão Dário, e ficamos até tarde no show - esperando o meu irmão terminar o show, e nos trazer pra casa, como estava tarde, então a Andressa dormiu aqui em casa.

A Andressa Fontenele, é  minha cunhada, - ela namora com o meu irmão Dário -, a Andressa foi uma das pessoas que mais me apoiou, quando meu irmão morreu, mas não somos tão próximas assim - não na escola - por que ela anda muito com a Anne na escola - não é que eu tenho ciúmes - mas por que mesmo a Anne sendo filha da diretora, ela é muito mal falada, e eu não gosto que fale mal da minha família, e como a Andressa namora o Dário, então ela é da minha família, e então eu não gosto que falem mal dela, mas mesmo assim ela insiste em andar com a Anne - uma vez falei pra ela que se ela não parasse de andar com a Anne, eu ia dizer pro meu irmão, qual era a reputação dela na escola, ela até disse que ia parar, só estava esperando o dia certo e até hoje ela não parou de andar com a Anne -. A Andressa, tem três irmãs, mas duas são casadas e moram em outra cidade, e então ela é a filha única que mora com os pais e namora, ela tem a irmã mais nova mais ela ainda não namora, os pais dela são donos de uma das redes de restaurante mais conhecido do Estado.

O Dário, o meu irmão segundo mais velho - o que é adotado na mesma época que o Matheus, por isso dizemos que eles são gêmeos - depois que o Matheus morreu o Dário é o mais velho a um ano - o Dário é alto, branco, de olhos claros e cabelo negros que nem a noite, irmão gêmeos do Math, ele toca e canta. Ele tem 19 anos, e namora com Andressa desde os 16 - foi um namoro arranjado pelos nossos pais, já que a Andressa tinha 13 anos, pior que até hoje eles ainda estão juntos e felizes - os nossos pais são tipo meio casamenteiros - tipo a Tathiana tem namorado, o Marcos tem uma namorada, e eu sou a segunda mais nova, então com certeza eles já estão atrás de um para mim -.Depois da morte do Math o Dário ficou muito triste e tinha parado de fazer show. Então ontem foi o primeiro show dele depois da morte do Math, e então eu e a Andressa fomos ver o show, como era já era muito tarde a Andressa dormiu aqui em casa com o Dário - os nossos pais nunca se importaram com isso, só que antes eles avisaram para gente ter cuidado.

Termino de me arrumar, e olho para uma caixa que tinha em cima da minha penteadeira, nela tem a chave de um carro que meu irmão Math ia me dar no meu aniversário de 16 anos, se ele não tivesse morrido. Eu gostava de acompanhar ele nos rachas - corrida de carro - desde meus 14 anos - eu não sei qual é o carro que ele ia me dar - mas ele tá lá na garagem vai fazer um ano -. Como hoje faz um ano da morte do Math então decidir, dirigir o tal carro, e enfrenta a morte do meu irmão ou pelo menos tentar enfrentar a realidade.

Abro a caixinha e pego as chaves do tal carro, saio do quarto e desço até a sala, quando chego lá tá Andressa e o Dário conversando no sofá.

- Oi, Mary - eles falam junto com um sorriso.

- Oi casal lindo - eu falo retribuindo o sorriso para eles.

- Vocês querem que eu levem vocês hoje na escola? - O meu irmão pergunta para nós duas.

- Ah não sei, Mary o que você acha? - a Andressa me pergunta.

- Sinceramente, acho melhor ele te levar - eu falo olhando para ela.

- Por que? - Eles me perguntam.

- Porque eu vou no meu carro - eu falo balançando a chave do carro.

- A, então eu vou contigo - a Andressa fala se levantando do sofá.

- Sério, que legal Mary, já tava na hora que você pilotar aquela máquina - o meu irmão fala se levantando e vindo me dá um abraço.

- Pois é também achei - eu falo retribuindo o abraço.

- Então vamos né, já tá na hora de a gente ir para escola né Mary - falou a Andressa interrompendo o nosso momento de irmãos.

- É mesmo tá na hora de vocês irem, ei Mary já sabe com ela qual é o seu carro? - ele falou olhando para mim.

- Não, mas Aposto que deve ser uma das melhores máquinas, afinal foi meu irmão que me deu - minhas expressões faciais muda para triste quando eu lembro do acidente do meu irmão Matheus.

- Ei, Mary não pensa nisso não - o meu irmão fala me abraçando de novo me dando um beijo na testa e complementa - ele ia ficar muito orgulhoso nesse momento.

- Você acha mesmo? - eu pergunto.

-E desde quando seu irmão lindo aqui já mentiu - eu olho para ele eu o encaro.

- Agora por exemplo - e todos nós rimos.

Depois de um tempo fomos para garagem onde tinha alguma Ferrari do pessoal daqui de casa e bem lá no canto da garagem tem um carro coberto por um pano cinza aquele era o presente do meu irmão para mim, aquele era o único presente que eu não queria usar sem ele estar aqui. Como eu e meu irmão disputamos rachas então conheciamos de carro e vindo o presente do meu irmão, acredito que não é qualquer carro deve ser oh carro. É acho que já tá na hora de usar meu presente e Honrar o nome do meu irmão, já que eu o matei, bom ironicamente  porque o primeiro racha que eu ia disputar, eu acabei batendo o carro e ele capotou e até que o socorro chegou mais só conseguiram me tirar do carro quando foram tirar o meu irmão já era tarde demais o carro explodiu com ele dentro. Então eu o matei sim, porque se eu não tivesse batido o carro e se os socorrista não tivesse me tirado primeiro e sim ele, ele estaria vivo hoje. É por isso que eu digo que eu matei, e é por isso que eu nunca dirigir o carro que meu irmão me deu. Até hoje, faz um ano da morte dele e eu acho que muitos esqueceram quem ele era, e como meu dever acho que devo fazer os outros relembrarem dele é o mínimo que eu posso fazer depois do que eu fiz com ele.

- Mary - o Dário estala os dedos na minha frente fazendo com que eu volte a realidade.

- Oi! Que foi Dário - eu olho séria para ele e os dois começaram a rir e faz com que eu também sorria.

- Vai nos matar de curiosidade mesmo é Mary - eu me lembro do que eu ia fazer ali.

- É Mary cuida que a gente já está atrasada - a Andressa completa.

- Eu também estou curiosa, se acalmem - eu falo um pouco nervosa e rindo.

Eu chego perto do carro e fico parada encarando - o Dário e a Andressa atrás de mim, eu olho para eles, e depois sem pensar eu tiro o pano que cobria o tal carro.

- Um Porsche 918 Spyder vermelho escuro! Nossa que carro - eu falo empolgada.

- Nossa é mesmo carro LINDO - a Andressa fala.

- É mesmo, e combina com você né Mary - o Dário fala com sorriso.

- Também acho que ele combina comigo - eu falo entusiasmada - vamos Andressa não quero me atrasar mais - falo me despedindo do meu irmão entrando no carro.

-Tá bom, Se cuidem heim, e dirige com cuidado maninha - fala o Dário pegando o controle pra abri o portão principal.

- Tchau amor - fala a Andressa se despedindo do meu maninho e entrando no carro.

- Tchau - ele acena, e abre o portão e eu piso fundo.

Não demora muito a gente chega na escola, deixo a Andressa na porta, e eu procuro uma vaga para estacionar. Acho a vaga e estaciono, como sei que a Andressa não tá mais na porta da escola - com certeza deve estar com aquele pessoal metido - eu vou direto para sala. Como tava com muita dor de cabeça nem vi o tempo passar, logo tocou o sinal de sair eu acabo indo embora sem me despedir das minhas amigas.

O GAROTO DA SALA 15 Onde histórias criam vida. Descubra agora