CAPÍTULO TRINTA E SEIS - O PRÍNCIPE DE YAS

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QUATRO ANOS DEPOIS...


Deposito o bebê de pouco mais de um mês nos braços de Nicolai.

Ele segura a criança de forma desajeitada, típica dos homens que nunca seguraram um bebê no colo. Sua expressão, primeiro, é de preocupação, mas quando o bebê continua dormindo tranquilamente, Nico abre um sorriso e seus olhos parecem brilhar.

– Ele parece tanto com você! – ele fala baixinho, olhando para mim.

E é verdade. Tem meu cabelo muito escuro e meu nariz de porquinho, mas quando ele abre seus olhos, não resta dúvida para ninguém que ele é também metade do pai.

Estamos sentados no meu salão privado, cada um em uma poltrona, com o fogo da lareira crepitando baixinho. O calor ali dentro é reconfortante. A companhia de Nicolai me traz tanta alegria, ainda mais vendo-o com meu bebê nos braços, que sinto que meu coração poderia explodir de felicidade.

– E como está Eira? – eu pergunto, enquanto Nicolai passa os dedos pelo cabelinho ralo da criança.

– Está ótima! Queria muito estar aqui, mas os médicos de Agneya disseram que mulheres grávidas não podem viajar.

– Seus médicos não sabem de nada! – eu falo, dando de ombros. Pois eu mesma viajara sem parar até minha barriga estar quase do tamanho de um tambor. Conhecer e descobrir cada novo pedacinho do meu reino era um dos meus maiores prazeres.

– Eira disse que se o calor em Agneya aumentar, ela é capaz de derreter – Nicolai fala, rindo – Não entendo porque vocês, de Yas, são tão dramáticos.

Não foi nenhuma surpresa para mim, quando depois de muitas visitas à Yas, Nicolai acabou se afeiçoando a minha amiga Eira, e ela a ele. Eles eram, na verdade, duas pessoas muito parecidas, embora é claro que Eira fosse a centrada e séria dos dois e aquilo fizesse muito bem ao meu amigo brincalhão.

Fiquei tão feliz por eles quando se casaram, mesmo tendo de abrir mão da minha amiga mais querida, que foi ser rainha de Agneya. E agora eu contava os dias para que fossemos as duas, não apenas duas jovens rainhas, mas também jovens mães.

– Você acha que ela vai ter uma menina? – eu pergunto, me divertindo com a ideia de ver Nicolai como pai.

– Com certeza! – ele fala, balançando meu bebê de forma tão desajeitada que tenho vontade de rir – Ela quer tanto isso que tenho a até pena da criança se for um menino. Ei, Kay, se for uma menina, podemos obrigar nossos filhos a se casarem, o que você acha?

Sorrio diante da impossibilidade de Nicolai de levar qualquer assunto a sério.

– Tenho uma proposta diferente – eu falo – Vamos deixar que eles cresçam e decidam por si próprios.

– É claro! Mas nós podemos dar uma ajudinha ao destino! Obriga-los a passarem os verões sempre juntos, trancá-los em um quarto até que eles aceitem nossa vontade... coisas simples, eles não vão nem reparar o que estamos tramando.

Eu seguro uma risada e quando o bebê se mexe desconfortável nos braços de Nicolai, ele se apressa em passá-lo de volta para mim. Balanço-o com delicadeza e ele logo cai no sono de novo.

Alguém bate na porta e um criado entra, anunciando que está na hora do jantar.

– Pode ir na frente, Nico, eu desço em um instante.

Ele concorda com a cabeça e me dá um beijo no rosto. Quando está quase saindo do salão, eu chamo seu nome.

– Nico...

– Sim? – ele pergunta, se virando para me encarar.

– Eu te amo.

Seu rosto fica vermelho e ele sorri, sem graça.

– Eu também te amo, Kay.

Depois disso ele sai, me deixando sozinha com meu bebê.

Ele sabe a que tipo de amor eu me refiro e fico feliz por poder dizer isso em voz alta. Uma parte do meu coração vai sempre pertencer a Nicolai e eu me sinto afortunada de ter tido a oportunidade de amar alguém assim, antes de me unir para sempre a quem o meu coração reconhece como meu verdadeiro amor.

O bebê acorda e eu admiro seus olhos verde-esmeralda. Levanto-me com cuidado e caminho com ele pelo salão, até chegarmos a janela, de onde tenho uma visão ampla da neve infinita do lado de fora.

Apoio o rosto do bebê em meu ombro e mostro para ele aquela imagem que faz meus olhos se encherem de lágrimas.

– Esse é o seu reino, meu amor. E você vai conhecê-lo todinho, cada pedacinho dele.

Alguém deposita um beijo em meus cabelos e não preciso me virar para saber que Lucas está ali, ao meu lado. Ele passa os braços pela minha cintura e ficamos os três ali, abraçados, diante da janela que se abre para a imensidão de Yas.

Eu beijo o topo da cabecinha do bebê e sussurro para ele.

– É tudo seu, meu bebê. É tudo seu, Kari.

FIM

***

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Foi um prazer ter vocês por aqui e espero vê-los de novo, lendo, comentando e curtindo minhas outras histórias! Muito obrigada!

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Princesa de Dois Reinos [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora