Finn corria pela rua. Havia vários carros estacionados na rua, várias pessoas chegando na festa, outras indo embora, mas ele não prestava atenção a nada, a ninguém, buscava apenas por uma pessoa, pensava apenas em uma pessoa. Millie.
Já estava cansado de andar, parecia perdido, perdido sem sua amiga ao seu lado, perdido por não saber mais se era apenas uma amiga que ele estava buscando. Então ele olhou para o céu, lindo, em uma noite repleta de estrelas.
-As estrelas...
FLASHBACK ON- O que você pensa que são as estrelas?
- Corpos celestes- o garoto respondeu com sua habitual falta de interesse.
- Seu tonto... Meu pai me dizia que as estrelas podem ser aquilo que você desejar, elas mostram o que existe em seu coração...
FLASHBACK OFFO Wolfhard sorriu... Bastava seguir as estrelas, bastava permitir que as estrelas mostrassem o que havia em seu coração.
Ele caminhou, não sabia para onde ia, não estava mais perdido, bastava seguir as estrelas. Ainda não sabia para onde Millie tinha ido, mas algo o dizia que ela iria querer ficar o mais próximo das estrelas que pudesse, e o morro de onde ela gostava de olhar o céu, não era muito longe da casa do Caleb, ele foi para lá.
Ele tinha medo, medo de não encontrá-la, medo de não poder estar ao lado da sua Mills. Seus pensamentos estavam confusos, desejo, raiva, medo, tudo se misturava a vontade de encontrá-la.
Caminhou até o topo da elevação, pode então ouvir os soluços da amiga, ela chorava. Millie estava sentada no chão tinha a vista de toda a cidade diante de si.
Ele estava aliviado, por a ter encontrado, por saber que chegara a tempo de secar suas lágrimas.
A castanha estava encolhida como uma criança, chorava, abraçando os joelhos e escondendo o rosto. Ela estava ofegante, tinha corrido até o topo da elevação. O vento frio em seu rosto a fazia despertar, agora da bebedeira restava apenas uma leve tonteira e a vergonha.
Vergonha por ter sido tão boba a ponto de beber, de ter dançado daquela forma na frente de todos, de ter falado daquela forma com Finn sobre Iris. Isso talvez fosse o que doesse mais, a forma como tinha falado com o amigo. Queria não pensar nele, queria não ter visto Iris, queria não ter passado aquela vergonha.
Mas não conseguia, por mais que ela corresse o rosto de Finn estava sempre a sua frente, por mais que fechasse os olhos, ele estava sempre diante de si, estava sempre dentro do seu coração.
"Coração tolo"
- Se você continuar chorando as lágrimas não vão te permitir ver as estrelas.- a voz do cacheado era doce, como se consolasse uma criança.
- O que você faz aqui? - tentou secar as lágrimas rápido, mas não conseguia, cada lágrima que ela secava mais uma rolava pela sua face.
Ele sentou-se em frente a Millie, segurou as mãos dela e secou as lágrimas da menina. Elas pararam de rolar.
- Digamos que depois que você parou de dançar em cima da mesa, a festa ficou muuuito chata...- respondeu em um tom de brincadeira.
Ela riu e encostou a cabeça no peito do amigo.
- Onde está Iris?- a voz da Brown soou tímida, temia a resposta, temia que ele dissesse que estava esperando por ele, que ele iria atrás dela e a deixaria sozinha de novo.
- Não sei... E sabe de uma coisa? Nesse momento eu não me importo.
- Porque não?
- Porque tem alguém com quem eu me importo demais, alguém que sempre está perto quando eu preciso, esse alguém precisa de mim agora. E se eu não puder estar com essa pessoa, nesse momento, como eu poderia querer que essa pessoa tão especial, esteja lá por mim?
Ela riu, não sabia o que dizer, ainda estava um pouco tonta e abraçou o amigo. Não chorava mais. Não chorava porque ele estava lá e porque sempre estaria lá por ele.
O sol está nascendo...- a castanha falou em uma voz baixa
Finn sentou-se ao lado da menina para ver o sol nascer.
Os dois ficaram ali, sentados um ao lado do outro, observando o novo dia que surgia no horizonte.
O sardento olhou para a amiga que virou-se para encara-lo.
- Bom dia.- a voz de Finn estava rouca, baixa e doce.
- Bom dia.- a voz dela era tremula.
Eles se olhavam, mergulhavam fundo um nos olhos do outro. Parecia que o tempo havia parado, que o sol não terminaria de se levantar.
- Eu gosto de você como eu não gosto de ninguém no mundo. Eu não me importo se o mundo inteiro for embora, porque eu sei, sei que você sempre vai estar lá para mim. Eu sei que sempre posso acreditar em você. Você não sabe o quanto é importante para mim! Sei que você é o meu sol, que sempre nasce depois da noite escura. – Finn falou enquanto aproximava seu rosto ao de Millie- Não sei que dia nascerá amanhã, a única certeza que eu tenho é que sempre existirá o sol. Meu sol.
Eles se aproximavam, cada vez mais, como que puxados por uma força mais forte do que eles. Como se não houvesse nada que pudesse afasta-los
Os lábios de Finn tocavam os de Millie, de uma forma tão doce e calorosa, como ela jamais sentira na vida. Ele roçava seus lábios nos dela.
O cacheado sentia o calor da boca da castanha, era um calor intenso e suave. Seus lábios eram tão macios. Ele colocou a mão do rosto dela e o acariciou antes de puxa-la pela nuca ao seu encontro.
Eles se beijaram, um beijo profundo, carinhoso e possessivo.
O Wolfhard segurou firme a cintura da menina e a trouxe para mais perto de si. Queria senti-la perto dele, queria ter a certeza de que ela estava ali, ao seu alcance, queria não ter que soltá-la nunca mais.
Millie não conseguia pensar em nada, apenas sentia os lábios dele colados ao seu. Apenas podia ouvir seu coração batendo, como nunca ouvira em toda a sua vida. Apenas ouvia sua própria voz berrando dentro de si:
"Eu te amo"
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minha estrela
Fanfiction"Sabe, Finn, algumas pessoas são como estrelas. Você olha para elas e sabe que jamais poderá alcança-las, mas olhar para elas já te faz feliz. Você sempre foi a minha estrela. Eu olhava para você e já era feliz. Nunca sonhei em te alcançar. Te amei...