Capítulo 2

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- Newmman! Péssimas notícias!  - ouvi a voz de Guto gritar por mim, rapidamente me levantei e o segui empurrando qualquer coisa que estivesse em minha frente.

- O que foi agora? - questionei cruzando os braços abaixo dos seios, era noite e estava frio, meu casaco estava com a Luiza, novata nas tropas.

- Dois dias, aqueles putos só nos deram dois dias! - gritou ele revoltado, suspirei vendo o ar frio dos meus pulmões se transformar em fumaça branca.

- Calma, vai ter que ser o suficiente.  Chame Daniel, diga que estou em meu quarto. - Daniel era o Mestre de armas mais requisitado dos fuzileiros jovens, eu tinha sorte.

Entrei no acampamento improvisado e estiquei o mapa sobre o saco estirado no chão, só tinhamos dois dias para arquitetar e atacar sem ter muitas informações da área. Eu não tinha muito conhecimento de território mas era boa em dar ordens e uma stiradora de elite, isso bastava para ser posta como Sargento-Mor.

- Sentiu saudades? - murmurou Daniel entrando e se jogando ao meu lado, apenas o encarei sem emoções, não tinha tempo para brincadeiras.

- Temos dois dias para ir e voltar, quero tudo que você sabe sobre o local. - ele encarou o mapa e começou a desenhar nos pontos.

- Os "x" são os guardas locais e os "pontos" são os patrulheiros, as "interrogações" são possíveis esconderijos para atiradores de elite e o "circulo" é o local onde as folhas estão. - observei tudo atentamente, tinhamos poucos pontos de acesso e mesmo assim correndo o risco dos patrulheiros nos pegarem. - Eu tive pouco tempo, as informações são quase nulas.

- Se não levarmos isso, vamos passar mais um ano nesse inferno até ter outra chance. - murmurei jogando os cachos rebeldes para trás.

- Eu até que gosto desse inferno, tem curvas deliciosas. - era difícil fazer o Daniel falar sério quando estávamos sozinhos, impressionante como o tesão dele nunca passava, parecia beber viagra o tempo inteiro.

- Que você não vai tocar, já conversamos sobre isso. Você tem uma namorada gravida te esperando. - apertei seu punho retirando sua mão boba que subia em minhas pernas.

- O filho não é meu e ela não é minha namorada, que saco Cosima! Depois daquela carta você nem quer que eu chegue perto mais! - suspirei revirando os olhos para sua pequena explosão.

- Vamos focar em pegar as páginas desse maldito diário, ta bem? - minhas palavras não funcionaram, eu gostava da foda com o Daniel mas para mim era apenas isso e ele queria transformar em outra coisa.

- Depois que eu te fizer gemer um pouco,  vem aqui. - mostrei o dedo do meio para ele que me mostrou três dedos. - Eu sei que você gosta.

- Vai se fuder, Daniel. Sai daqui, eu faço isso sozinha. - ele gargalhou se jogando no chão e ficou lá deitado. Bufei encarando o mapa novamente, precisamos de um espaço seguro para chegar até lá.

- Sabe que eu sempre consigo o que eu quero. - pior que era verdade. Daniel me pegou pelo ponto fraco, começou a massagear meus ombros e destribuir beijos em meu pescoço, meu coroo relaxava e excitava commos toques. - Você está muito tensa minha Mérida... vou te fazer relaxar.

- Eu odeio você... - suspirei quando suas mãos desceram sobre meus seios os apalpando com força.

- Odeia nada... Está louca para que eu te engravide e você largue essa vida... - gargalhei gemendo baixo.

- Se não colocar a porra da camisinha eu corto fora o seu pau! - foi a vez dele gargalhar com os lábios em minha pele, sua mão desceu por minha barriga e ele desafivelou o cinto tático para abrir minha calça.

- SARGENTO! LUIZA FOI ALVEJADA! - Guto gritou, me levantei rapidamente afivelando o cinto e pegando a arma. Daniel não fez questão de reclamar mas esbravejou alguns palavrões enquanto destravava o fuzil.

Com o meu em mãos me esgueirei para fora da barraca, Luiza estava sendo socorrida por Guto que tinha o curso básico de técnico. Mirei em nada na verdade mas algo me dizia que devia atirar e eu aprendi a confiar em meus instintos, atirei sobre os protestos de Daniel.

- Está ficando maluca?! - ele gritou puxando o meu braço.

- Me puxa novamente e o próximo tiro é na sua testa! Lembre-se Daniel, quem manda nesse cacete sou eu! - gritei de volta alterando o meu tom, ele deu um passo atrás.

- A Sargento acertou na cabeça dele! - gritou Fred, sorri de lado satisfeita. Esses imbecis querem guerra com a pessoa errada.

- Você dizia, Daniel? - alfinetei, agora eu precisava cuidar de Luiza.

Rage - Novas Espécies [L6]Onde histórias criam vida. Descubra agora