Cinco dias depois da visita da Ella eu estou novamente no banheiro encarando a caixa do teste de gravidez e tentando decidir se faço ou não. Rage não tem me deixado sossegada ele realmente quer me engravidar e se continuar desse jeito não vai demorar muito para abrir uma creche. Abri a caixa devagar e retirei o teste seguindo suas instruções, o resultado iria demorar então deixei ao lado da pia.
- Cos, está doente? - a voz de Rage do outro lado da porta quase me fez saltar.
- Não, eu só vou demorar um pouco no banho. - respondi guardando novamente a caixa dentro da carteira.
Eu acho que tenho medo de saber o resultado, está tão bom sendo apenas nós dois. Me deitei na banheira relaxando o corpo o máximo que podia, essas férias estão sendo as melhores mas temo que algo de errado. Fechei os olhos e deixei que aquela sensação gostosa da água em meu corpo me deixasse mais leve.
[···]
- Cosima, já disse que banheira não é lugar de dormir. - Rage me acordou, eu não fazia ideia do tempo que tinha passado ali mas meus dedos já estavam ficando azulados. Sorri sem graça para ele e me levantei agarrando a toalha.
- Desculpe, eu acho que estava muito cansada. - resmunguei enquanto me espreguiçava. Ele me pegou nos braços e me levou oara o quarto tomando o cuidado de me colocar gentilmente sobre a cama.
- Gross disse que precisa de você na base de segurança, não sei se deveria ir. - ação? Finalmente. Dei um pulo da cama e corri para o closet onde eu guardei as poucas roupas que levava para a base militar. - Mas parece que quer...
- Provavelmente é algo importante, não se preocupe. - coloquei minhas peças intimas e uma calça larga, uma regata justa e o cinto tático com minhas armas.
- Eu vou com você. Porque está usando armas? - ele apontou para a minha cintura, ele não deve ter boas lembranças dessas coisas.
- Eu faço parte dos fuzileiros, sabe o exército americano. - eu devo ter esquecido de lhe contar isso. Sorri de lado amarrando o cabelo em um rabo de cavalo alto e bagunçado.
- São pessoas ruins? - ainda não tinha tido tempo de trabalhar isso com ele, Rage sentou na cama e me apressei em ficar sobre suas pernas de um jeito que ficaria perto do seu rosto.
- São pessoas boas, como a força tarefa da ONE. Não precisa vir comigo, eu sei me defender. - ele rosnou inconformado. - Rage, está tudo bem. Ninguém vai encostar em mim.
Nem seriam loucos, eu tenho certeza que o cheiro desse macho possessivo toma cada parte do meu corpo marcando seu território. Quem seria louco o suficiente para se meter com ele? Com toda certeza, ninguém. Ele bufou mas assentiu. Beijei sua testa e em seguida seus lábios.
- Não demore a voltar para mim, Cos. - como não o amar? Tão doce e protetor. Rage tinha seus momentos possessivos e tinha aqueles que só queria um pouco de atenção e carinho.
- Não vou. - ele tomou meus lábios em um beijo bruto ao seu modo e apertou minhas coxas com força. Gemi em seus lábios sentindo sua excitação abaixo de mim.
- Não quero te deixar sair. - ronronou esfregando seu rosto em mim e distribuindo beijos pelo meu pescoço.
- Mas eu preciso ir, terminamos isso quando eu voltar. - mesmo contra sua vontade ele me soltou e me acompanhou em silêncio até a porta da frente.
Depois de alguns beijos e rosnados de insatisfação segui a trilha ampla até a base de segurança, eu espero que seja algo realmente sério. O caminho foi longo, não imaginava que a casa de Rage fosse tão distante da base. Ao chegar os fleches do dia em que nos reencontramos invadiram meu campo de visão, ele estava em casa antes de vir aqui, eu estava em pé exatamente no local onde o tinha visto aquele dia.
- Que bom que veio, como você está? O Rage tem machucado você? - Gross parecia preocupado mesmo que nosso primeiro encontro não tivesse sido muito amistoso.
- Ele nunca me machucaria, Gross. - o encarei de soslaio, ele encarou as próprias mãos e depois assentiu seguindo em minha frente para dentro da base estreita.
- Estamos tentando rastrear o IP do hacker, Ella também está trabalhando nisso. Mas recentemente chegou uma mensagem estranha em um tipo de servidor do computador, eu não sei muito bem do que se trata. Para falar a verdade eu sou péssimo nisso. - o interior não era tão escuro quanto eu imaginei, acho que estou assistindo filmes demais.
A sala onde os computadores conectados com a rede de Homeland estavam era iluminada com uma luz azul que deixava a sala um pouco escura, provavelmente pos causa da visão delicada. No momento em que sentei a frente do computador senti meu coração apertar de um jeito doloroso, como se algo de ruim estivesse para acontecer. Eu só senti isso uma vez, quando Lucca sofreu um acidente de carro.
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Rage - Novas Espécies [L6]
FanfictionLivro 6 Zona oito. Criados para a guerra, temíveis executores de qualquer criatura que esteja em seu caminho. Rage foi encontrado abandonado para morrer em uma instalação evacuada por ter conseguido matar a doutora Kisha e dois substitutos. Um erro...