Rage - Novas Espécies [L6]

Capítulo 21

Quem não indicou, corre lá que ainda dá tempo!

A noite chegou, Rage precisou sair com Gross para alguma reunião com os machos do local, arrancar ele daqui deve ter sido a voisa mais difícil que Gross fez em toda a sua vida. Garantindo que eu estaria segura, além do cheiro do seu território nenhum humano ousava colocar os pés aqui, seria a mesma coisa de tentar suicídio.

O incentivei a sair já que perdeu muito tempo comigo nesses dois dias. Sozinha em casa eu decidi lavar a louça a mão mesmo para passar o tempo, fiz algo para que ele comesse quando voltasse e me joguei no sofá agarrada a um enorme pacote de batatas fritas. Liguei a televisão em um filme de terror e afundei em meio as almofadas macias. It a coisa era um filme bom, embora eu não sei o que estava fazendo na categoria terror, me deixei levar pelas cenas atacando as batatinhas.

Depois de quarenta minhtos de filme o celular começou a tocar na cozinha, coragem me faltava para ir buscar. Deixei que parasse e voltei a me concentrar no filme interessante... o palhaço cheio de dentes afiados aparece de repente... o celular tocou me causando um susto, esbravejei alguns palavrões e me levantei para busca-lo.

- Quem ousa interromper minha paz? - esbravejo sem paciência me jogando novamente no sofá largo, odiava atender ligações sou uma pessoa inquieta.

- O dono dos seus orgasmos. - tenho certeza que se Rage estivesse aqui quebraria meu celular e eu teria que explicar quem está falando.

- O que é, Daniel? - falei sem empolgação para que ele entendesse que eu não estou para brincadeiras.

- Eu disse que o filho não era meu. - ele rio empolgado com a notícia, revirei os olhos.

- Parabéns, eu acho... ou deveria dizer que ela te fez de trouxa? - tinhamos um empasse aqui, quando eles começaram a namorar nós nos distanciamos, mas ai ela o traiu e as coisas ficaram mais confusas.

- Não importa, o filho não é meu. Isso é importante. - fez uma pausa suspirando. - As folhas não são exatamente o que queríamos, tem mais duas partes espalhadas e estamos tentando acha-las.

- Então, ainda não têm a fórmula?  - ele negou com um frêmito. - E o que temos?

- Algumas humanas foram feitas de cobaia, eles podem engravidar humanas. Claro que isso está sendo mantido em sigilo total, o governo quer que eles se reproduzam e isso é ótimo. Mas nas mãos erradas... - o choque foi imediato, eles podem engravidar humanas. Eu posso estar grávida do Rage. Ai merda. - Cosima, você está ai?

- Ah, sim. Claro, assim que vocês tiverem mais alguma noticia pode me avisar. Vou precisar desligar agora. - ele ia retrucar mas eu desliguei o telefone rapidamente.

E se eu estiver grávida do Rage? Não seria possível assim tão rápido, não é? Era como se eu quisesse me enganar, sabendo como é fácil engravidar de alguém me permiti fazer sexo com ele duas vezes sem proteção. Subi as escadas preocupada, eu sempre ando com camisinhas e um teste de gravidez na mala, nunca se sabe quando algo pode acontecer mas a minha mala estava em Homeland. Entrei no banheiro e liguei a torneira da banheira, me sentei em sua borda e digitei uma mensagem para Lucca.

Cabeça de fósforo?
Eu preciso da minha mala, poderia mandar alguém trazer amanhã?

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Lucca demorou uns quinze minutos para responder.

Não sou seu empregado, venha buscar.

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Filho da mãe.

Eu to falando sério, preciso da minha mala.

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Aff. Ta, eu mando amanhã.

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Respirei fundo tentando esquecer isso, foram só duas vezes, quais as chances de estar grávida? Praticamente todas, como eu fui idiota em achar que nada iria acontecer. Desliguei a torneira e coloquei sabão na água, retirei as roupas e me sentei devagar deslizando o corpo para dentro da enorme banheira.

Não posso estar grávida, não posso estar grávida, não posso estar grávida.

Eu repetia mentalmente, se eu estiver terei que me afastar do trabalho para sempre, não sei cuidar de criança e muito menos tenho o desejo de ter uma. Eu espero que tudo isso seja apenas minhas paranóias atacando sem aviso. Suspirei, o cheiro do sabão iria deixar Rage distraído até essa confusão de medo e preocupação passar completamente.