Arrastei a bolsa até a janela e a joguei de lá, de certa forma estavamos fazendo um favor a ele. Lucca não falou nada apenas pegou sua mochila da escola e jogiu algumas roupas dentro, a mochila caiu do outro lado da janela e ele desceu primeiro para me pegar. Seus braços me mantinham segura e aquecida na cidade fria, nossas respirações se transformava em fumaça por onde passávamos, o inverno em Nova York estava chegando.
- Está com fome? - assenti, não tinhamos almoçado e nem jantado. Ele saia cedo e os cereais tinham acabado novamente, as frutas ficaram podres e não tinha mais nada para fazer panquecas ou macarrão instantâneo. Lucca sempre cozinhava para mim mesmo suas panquecas sempre saindo torradas era melhor do que ficar com fome. - Fique aqui escondida, eu volto já.
Ele me abaixou atrás de uma lata de lixo e beijou minha testa, sorriu para mim e desapareceu no escuro. Eu não sabia onde estávamos. Me abracei para passar o frio, eu tremia tanto que achei ouvir meus dentes baterem.
- Hey, toma. É chocolate. - ele sussurrou, Lucca tinha voltado e sentou atrás de mim me puxando para o seu colo. Ele trouxe algumas barras de chocolate, eu estava com tanta fome.
- Volta aqui seu peste! Eu sei que você me roubou! - um homem correu gritando, ele me abraçou com força e soprou fraco em meu ouvido.
- Dorme um pouco Cosi... eu estou aqui. -
[···]
- Ela é minha irmã e eu vou leva-la! - eu ouvi a voz de Lucca, já estava morta? Será que eu estava morta? Tentei falar mas não tinha forças, meu corpo estava dormente, eu não sentia nada. Será que estou morta?
- Isso aqui é um hospital militar! Ela vai ficar aqui, eu posso cuidar da Cosima! - Daniel estava discutindo com o Lucca? Que merda estava acontecendo?
- Pouco me importa o que isso é! Ela vai ficar comigo! Vou leva-la para o Hospital de Homeland, lá eles vão poder cuidar da minha irmã. - ouvi o barulho de algo metálico caindo, várias coisas sendo derrubadas.
- Vai mesmo levar ela para aquele monte de animais? Cosima precisa da ajuda de pessoas de verdade! - Daniel apoiava os Novas Espécies até o momento que eu fui atacada em minha primeira missão solo, o momento que eu nunca esqueceria.
[···]
- Gosta de animais, sua vadia? Sente tesão por eles? - ele falava e esfregava meu rosto em seu membro ereto e nojento. Eu tentava pensar em outra coisa e esquecer aquilo, desligar minha mente do presente. - Vou te mostrar o que é um homem de verdade! A Doutora Kisha disse que podíamos fazer o que quisessemos com você.
Um balde enorme com água foi posto a minha frente, eles abaixaram minhas roupas e começaram a me estuprar enquanto outro afundava meu rosto na água. Doía, sufocava, latejava eu estava quase perdendo a consciência quando me jogaram no chão. O ar voltando aos meus pulmões com dificuldade, o riso daqueles monstros enquanto olhavam para mim. Para que ser alguém bom? Não vale a pena.
- Agora ele mesmo vai acabar com você ! - levantei minhas roupas antes deles me arrastarem pelos cabelos, os corredores frios pareciam cortar a minha pele enquanto me arrastavam por eles.
Quando fui jogada dentro da sua cela eu sabia que não sobreviveria aquele lugar só era usado para lutas, 427 virou para mim. Seus olhos alaranjados nunca deixavam de ser lindos, eu acabei o amando desde o primeiro momento que ele me olhou. Seus passos predatórios e cheios de perigo, nunca tinha ficado perto dele quando estava solto, eu sabia que era perigoso demais. Sorri para ele, para que soubesse que o perdôo, que não tenho ressentimentos, que o amo. Suas garras afundaram em minha cintura e seus dentes em meu ombro tão profundamente que eu perdi a consciência ali.
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Rage - Novas Espécies [L6]
FanfictionLivro 6 Zona oito. Criados para a guerra, temíveis executores de qualquer criatura que esteja em seu caminho. Rage foi encontrado abandonado para morrer em uma instalação evacuada por ter conseguido matar a doutora Kisha e dois substitutos. Um erro...